Título: As Sete Irmãs
Título original: The Seven Sisters
Autor: Lucinda Riley
Tradutor: Viviane Diniz
Editora: Arqueiro
Número de Páginas: 480
Ano de Publicação: 2016
Skoob: Adicione
Compare e compre: Amazon ♥ Americanas ♥ Submarino
Filha mais velha do enigmático Pa Salt, Maia D’Aplièse sempre levou uma vida calma e confortável na isolada casa da família às margens do lago Léman, na Suíça. Ao receber a notícia de que seu pai – que adotou Maia e suas cinco irmãs em recantos distantes do mundo – morreu, ela vê seu universo de segurança desaparecer.
Antes de partir, no entanto, Pa Salt deixou para as seis filhas dicas sobre o passado de cada uma. Abalada pela morte do pai e pelo reaparecimento súbito de um antigo namorado, Maia decide seguir as pistas de sua verdadeira origem – uma carta, coordenadas geográficas e um ladrilho de pedra-sabão –, que a fazem viajar para o Rio de Janeiro.
Lá ela se envolve com a atmosfera sensual da cidade e descobre que sua vida está ligada a uma comovente e trágica história de amor que teve como cenário a Paris da belle époque e a construção do Cristo Redentor.
As Sete Irmãs é o primeiro livro da série homônima de Lucinda Riley, na qual a autora faz uma releitura da mitologia das Sete Irmãs das Plêiades. Em cada livro, será narrada a história de uma das diferentes irmãs, todas adotadas por Pa Salt, em busca de suas verdadeiras origens.
No primeiro livro, é contada a trajetória de Maia, irmã mais velha e a mais ligada ao pai. Após a morte de Pa Salt, cada filha recebe uma carta e pistas sobre o próprio passado, para o caso de quererem descobrir mais sobre suas famílias biológicas. É quando Maia se vê pela primeira vez querendo deixar a vida que conhece e partindo para o Rio de Janeiro em uma aventura que a levará para a história de seus ancestrais e também para a história de construção do Cristo Redentor.
O que mais chama a atenção nos livros de Lucinda Riley é o primor com que ela desenvolve as tramas no passado e no presente, tanto em relação à forma de interligá-las quanto — e principalmente — em relação ao detalhamento histórico que ela insere na narrativa. Em As Sete Irmãs, isso aparece de forma ainda mais significativa para nós, brasileiros, considerando-se que a cidade maravilhosa contextualiza a leitura. Talvez seja vergonhoso pensar que fui conhecer mais detalhes a respeito da história do Cristo Redentor em uma obra estrangeira, mas foi o que ocorreu aqui, sendo um dos pontos altos da leitura para mim. Também, fiquei sensibilizada pelo respeito e carinho com que Lucinda Riley retratou o Rio e os brasileiros, especialmente por não ter encoberto o fato de sermos um país tão socialmente desigual.
Apesar de eu ter adorado o plot em si e de ter me envolvido com a leitura por conta de todo detalhamento proporcionado pela autora, As Sete Irmãs confirmou a impressão que eu já havia tido em A Casa das Orquídeas: tenho um problema com a narrativa de Lucinda Riley, sobretudo no que se refere à construção dos diálogos. Minha sensação com a leitura é que, nesses momentos, ela acaba soando por vezes artificial, talvez até mesmo por um floreamento excessivo de algumas passagens. Também, muito das personagens é apresentado ao leitor por meio de declarações nos diálogos que afirmam suas qualidades, o que torna meu envolvimento com elas menor do que se eu entendesse quem elas são através de passagens que demonstrassem suas qualidades.
Por conta disso, ainda que eu estivesse encantada pela história em si e por suas referências, não consegui me afastar da sensação de ter um livro em mãos enquanto eu fazia a leitura. Com isso, quero dizer que tive dificuldade em de fato adentrar na história e sentir como se ela e as personagens fossem reais, como se eu vivesse os acontecimentos com elas. O tempo todo eu me sentia experimentando algo arquitetado e planejado que, embora seja algo próprio da construção de qualquer obra, é uma sensação que não pode ocorrer na leitura para termos a experiência de completa imersão.
No resumo, gostei de As Sete Irmãs por sua construção geral, mas com ressalvas em relação à experiência de leitura — o que certamente varia de leitor para leitor e, dada a enxurrada de comentários positivos sobre a obra, a minha certamente contraria a geral. Como Lucinda Riley mantém de propósito abertura em diversos pontos para os livros seguintes, é claro que me senti instigada a prosseguir para sanar muitas das curiosidades deixadas. Contudo, ainda estou avaliando se darei continuidade ou não à série; considerando-se que os livros são volumosos e numerosos, talvez seja um investimento grande de tempo em algo que não me foi tão prazeroso em comparação a tantas outras leituras que ainda desejo fazer. Vale lembrar que minha experiência com O Segredo de Helena, outro título da autora, foi bem diferente em termos de narrativa, tendo sido uma das leituras que mais gostei de fazer no ano passado.
Sou apaixonada pelas letras da Lucinda e sempre procuro intercalar minhas leituras com algum livro dela. Esse floreamento dela é uma marca mesmo.rs e por vezes, até irritante de se ler. Mas…sei lá, eu até que gosto!
Acabei lendo este livro emprestado de um amiga tem um bom tempo e não vejo a hora de conferir a vida das demais irmãs!
Pah é fantástico e conseguiu deixar um legado bem interessante!
Leitura super recomendada.
Beijo