[Resenha] A Última Camélia – Sarah Jio - Minha Vida Literária
Minha Vida Literária
28

ago
2020

[Resenha] A Última Camélia – Sarah Jio

Às vésperas da Segunda Guerra Mundial, o último espécime de uma camélia rara, a Middlebury Pink, esconde mentiras e segredos em uma afastada propriedade rural inglesa.
Flora, uma jovem americana, é contratada por um misterioso homem para se infiltrar na Mansão Livingston e conseguir a flor cobiçada. Sua busca é iluminada por um amor e ameaçada pela descoberta de uma série de crimes.
Mais de meio século depois, a paisagista Addison passa a morar na mansão, agora de propriedade da família do marido dela. A paixão por mistérios é alimentada por um jardim de encantadoras camélias e um velho livro.
No entanto, as páginas desse livro insinuam atos obscuros, engenhosamente escondidos. Se o perigo com o qual uma vez Flora fora confrontada continua vivo, será que Addison vai compartilhar do mesmo destino?

 

Ficha Técnica

Título: A Última Camélia
Título original: The Last Camellia
Autor: Sarah Jio
Tradução: Ana Paula Mello
Editora: Novo Conceito
Número de Páginas: 320
Ano de Publicação: 2017
Skoob: Adicione
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Resenha: A Última Camélia

A Última Camélia estava há anos parado na minha estante e minha curiosidade por mais essa obra de Sarah Jio falava alto, já que amo seus outros romances, especialmente Violetas de Março

Quando a paisagista Addison vai com o marido para a Mansão Livingston fugindo de seu passado, ela encontra um livro antigo, o qual a leva a crer que há um mistério envolvendo as camélias da propriedade. Quase meio século antes, a americana Flora foi contratada para se infiltrar na Mansão e roubar um espécime raro da flor. A busca de ambas, no passado e no presente, é afetada por perigosas circunstâncias.

Assim como nos demais livros da autora, A Última Camélia alterna os tempos narrativos através das perspectivas em primeira pessoa das protagonistas Flora e Addison, separadas por mais de 60 anos. Com uma escrita fluida e delicada, Sarah Jio nos conduz por paisagens cativantes em meio a uma narrativa permeada pelo suspense — que não é incomum aos seus títulos, visto que isso também acontece em Neve Na Primavera, por exemplo. Ainda, o cenário histórico de Flora agrega positivamente à leitura pelo contexto a ela trazido.

A trama é bem construída, principalmente por essa alternância de momentos. Da mesma maneira que não sabemos o que acontecerá com Flora ao acompanharmos sua jornada, o mistério permanece no presente, uma vez que Addison também busca descobrir o que houve na mansão mais de meio século antes. Ainda, ela  guarda os próprios segredos, que são pouco a pouco revelados ao leitor. Me agradou como Sarah Jio reservou os dramas da personagem a seu passado e não os colocou em seu casamento. O marido de Addison é seu apoio e conforto, e gostei muito da relação entre eles.

Embora eu tenha gostado da leitura, esse foi o livro de Sarah Jio que menos me despertou emoções. O Bangalô, por exemplo, me causou desconforto em alguns de seus pontos, mas foi uma leitura bastante intensa e envolvente. Aqui, não consegui me envolver de fato com os acontecimentos e personagens, mesmo que não tenha encontrado algum motivo que me desagradasse. Gostei da construção dos personagens e do enredo como um todo, e achei a história bastante bonita — só foi uma história que acompanhei mais de longe. 

Vale dizer que as flores são um aspecto importante de A Última Camélia, de maneira que os comentários sobre botânicas trouxeram um acréscimo a leitura. A flor ao redor da qual o enredo se desenvolve é fictícia, o que torna ainda mais interessante a trama que Sarah Jio criou. Mesmo que tenha sido uma leitura mais morna para mim, fica a recomendação para quem gosta de narrativas misteriosas, mas que não perdem a sensibilidade. O final é digno da autora, recheado de emoções e tornando ainda mais significativo tudo aquilo que foi construído anteriormente.





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9 Respostas para "[Resenha] A Última Camélia – Sarah Jio"

eliane - 28, agosto 2020 às (18:26)

OLA
A capa é linda mas mesmo sendo um romance historico que é um dos meus generos favoritos ,esse livro não me chamou tanto a atenção .talvez futuramente quando a minha pilha de livro diminuir eu leia , mas no momento não dá para coloca-lo na lista

Angela Cunha - 29, agosto 2020 às (08:12)

Eu não me lembrava desse livro até começar a ler sua resenha. A época boa da Novo Conceito que trazia uns kits maravilhosos e deixava a gente doida por eles.
Eu não sei se seria um livro que eu iria gostar, até pela narrativa mais lenta que normalmente me irrita mais do que me agrada!!!
Beijo

Theresa Cavalcanti - 29, agosto 2020 às (11:08)

Olá,

Não conhecia essa autora, então não sabia muito o que esperar.
Não fiquei tão empolgada para ler esse livro :/ Só gostei pois é um romance histórico e ler sobre a Segunda Guerra Mundial me fascina muito.

Beijos

Anna Mendes - 29, agosto 2020 às (15:04)

Oi Aione!
Adorei a resenha!
Já ouvi falar dos livros da autora, mas ainda não li nenhuma obra dela.
Gostei bastante da premissa de A Última Camélia. Achei legal a autora ter intercalado a narrativa entre as protagonistas e também da narrativa ser intercalada entre passado e presente.
E esse tom de mistério que a história possui despertou ainda mais a minha curiosidade para fazer a leitura.
Com certeza é um livro que lerei no futuro.
Bjos!

Luis Carlos - 30, agosto 2020 às (20:46)

Sabe que eu adoro livros que alterna passado e presente?! Desde que a história seja fluida e bem construída, a alternancia entre passado e presente deixa a leitura mais dinâmica. E foi justamente isso que me interessou em A Última Camelia. Além disso, esse ar de mistério deixa a história ainda melhor.

RUDYNALVA CORREIA SOARES - 30, agosto 2020 às (22:43)

Aione!
Uma pena que não tenha conseguido se envolver tanto com essa leitura.
Sou apaixonada pela autora.
Ela praticamente consegue escrever dois livros dentro de um só, traz uma história do passado e outra no presente e depois consegue fazer conexão entre as duas e dá um desfecho arrasador.
Quero ler mais esse livro dela.
cheirinhos
Rudy

Scheila - 31, agosto 2020 às (08:53)

Oii Aione!

Eu já tinha visto esse livro da Sarah, mas nunca me chamou atenção para a leitura..
A capa dele é maravilhosa, mas o enredo nunca me conquistou.
O que eu mais gostei foi sobre a autora usar o presente e passado da personagem, isso eu acho super legal nas histórias.
E sobre a flor, que eu amo, também poderia ser um ponto positivo para eu tentar a leitura.
Ótima resenha, obrigada!

Beijos.

Amanda Almeida - 31, agosto 2020 às (09:00)

O tanto de livro que eu tenho parado na estante e deveria ler, não é brincadeira.. O livro parece ser uma graça, mas interessante também por trazer comentários sobre as flores. Não conhecia a autora, mas, infelizmente, não me chamou atenção.
Beijos

Elizete Silva - 31, agosto 2020 às (23:53)

Olá! Ainda não conhecia este livro, mas já tinha ouvido falar coisas boas sobre a autora. O enredo parece ser muito emocionante e misterioso, outro aspecto que eu acho muito bacana é o fato da autora mesclar passado e presente.

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