[Resenha] Lisbela e o Prisioneiro - Osman Lins - Minha Vida Literária
Minha Vida Literária
25

abr
2016

[Resenha] Lisbela e o Prisioneiro – Osman Lins

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Título: Lisbela e o Prisioneiro
Autor: Osman Lins
Editora: Planeta
Número de Páginas: 120
Ano de Publicação: 2015
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Lisbela, filha do Tenente Guedes, delegado da Cadeia de Santo Antão, forma par amoroso com o funâmbulo Leléu, um Don Juan nordestino. Esse casal anticonvencional assume riscos em nome de sentimentos intensos. Lisbela foge com Leléu, no dia de seu casamento com Dr. Noêmio, advogado vegetariano, por isso mesmo personagem destoante do meio em que se encontra, prestando-se a alvo de muitas tiradas cômicas.


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Lisbela e o Prisioneiro é uma das obras de destaque do autor pernambucano Osman Lins. Escrita nos anos 60, foi sua primeira peça a ser encenada, obtendo sucesso de público e de crítica. Certamente, quem aprecia o cinema nacional já deve ter assistido à adaptação cinematográfica que se tornou um dos filmes mais atrativos dentre outros do gênero comédia.

O livro é escrito em formato de peça e é uma comédia dividida em três atos. A narrativa possui boa fluidez e o autor utiliza muitas expressões populares no decorrer da história.

A trama se passa dentro de uma cadeia na cidade de Vitória de Santo Antão, em Pernambuco. Lá conhecemos diversos personagens de nomes bem característicos, como o preso Testa-Seca ou o soldado Jaborandi. Mas os personagens de maior destaque são Lisbela, filha do Tenente Guedes, e Leléu, um artista de circo que se encontra preso e que é conhecido pela sua fama de galanteador.

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Dentro da cadeia e em meio a conversas e devaneios de todos os gêneros, os personagens demonstram características marcantes que são responsáveis muitas vezes pelo tom cômico dos diálogos. No entanto, a centralidade da trama se baseia no romance de Lisbela e Leléu, um amor impossível que encontra diversas barreiras ante a sua concretização.

Para quem é familiarizado com o filme, provavelmente, ao ler a obra, sentirá falta de alguns elementos, por exemplo: as cenas em outros espaços, pois, no livro, todas as cenas se passam na cadeia; a comédia em si, pois, apesar de haver situações e diálogos engraçados, eu não diria que foi um livro que me arrancou risadas do início ao fim, mesmo que tenha me divertido suficientemente, sem dúvidas.

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Desse modo, foi uma boa experiência de leitura para mim, principalmente porque acho um privilégio termos acesso à obra que deu origem a um filme tão querido. Não poderia deixar de mencionar o fato de esta edição possuir uma capa belíssima e um posfácio muito rico em informações acerca do autor. É sempre um prazer se deleitar sobre livros da nossa literatura nacional e, através de uma leitura como essa, abrir caminhos para tantas outras do gênero.





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5 Respostas para "[Resenha] Lisbela e o Prisioneiro – Osman Lins"

Lis Volpe - 25, abril 2016 às (21:04)

Oi
Sou apaixonada pela adaptação do cinema mas nunca tive a chance de ler o livro, nem imaginava que se passava em um único cenário.
A cultura nordestina muito me cativa, e o enredo tem muito disso na essencia, sem contar que essa capa é linda.
Ótima resenha 😉
Beijos

rayane colomes - 28, abril 2016 às (09:43)

nunca li o livro mas adorei o filme. mto fofinho!!!! hahah adoro lisbela e o prisioneiro

Micheli Pegoraro - 29, abril 2016 às (20:28)

Olá Clivia,
Ainda não vi o filme, mas quero muito assistir. Não sou muito acostumada em ler esse tipo de obra, ainda mais sendo em formato de peça, mas como estou buscando ler mais livros da nossa literatura nacional vou anotar o título e comprar assim que for possível.
Beijos

Lara Cardoso - 29, abril 2016 às (22:05)

Oi!! Olha só como somos, conhecia o filme (inclusive assisti várias vezes), mas não sabia que existia o livro! Me despertou o interesse em ler!!! 🙂 Ótimo post! 🙂

Ricardo Biazotto - 01, maio 2016 às (21:13)

Apesar de todo o sucesso do filme, não conhecia a história até pegar pra ler o livro nas últimas semanas. Até curti a leitura, apesar de algumas ressalvas, mas ontem quando assisti ao filme percebi que foram muitas mudanças e elas deram muito certo. Claro que tem que levar em consideração as diferenças no teatro/cinema, mas o filme é muito melhor. rsrs Mas não dá para negar a qualidade literária da obra.

Beijos,
Ricardo – http://www.overshockblog.com.br

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