Título: Os Sete Maridos de Evelyn Hugo
Título original: The Seven Husbands of Evelyn Hugo
Autor: Taylor Jenkins Reid
Tradução: Alexandre Boide
Editora: Paralela
Número de Páginas: 360
Ano de Publicação: 2019
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Com todo o esplendor que só a Hollywood do século passado pode oferecer, esta é uma narrativa inesquecível sobre os sacrifícios que fazemos por amor, o perigo dos segredos e o preço da fama.
Lendária estrela de Hollywood, Evelyn Hugo sempre esteve sob os holofotes ― seja estrelando uma produção vencedora do Oscar, protagonizando algum escândalo ou aparecendo com um novo marido… pela sétima vez.
Agora, prestes a completar oitenta anos e reclusa em seu apartamento no Upper East Side, a famigerada atriz decide contar a própria história ― ou sua “verdadeira história” ―, mas com uma condição: que Monique Grant, jornalista iniciante e até então desconhecida, seja a entrevistadora.
Ao embarcar nessa misteriosa empreitada, a jovem repórter começa a se dar conta de que nada é por acaso ― e que suas trajetórias podem estar profunda e irreversivelmente conectadas.
Os Sete Maridos de Evelyn Hugo era uma das leituras mais aguardadas por mim, depois de ter me encantado pelos outros livros de Taylor Jenkins Reid. O romance, primeiramente enviado aos assinantes da TAG Inéditos, foi agora publicado pela Paralela, que já havia lançado este ano Daisy Jones and The Six.
Como no outro sucesso da autora, o contexto desse é tanto o de celebridades — porém agora nos bastidores de Hollywood ao invés do meio musical — quanto o de uma entrevista, ainda que aqui tenhamos de fato uma narrativa, não transcrições múltiplas de falas dos entrevistados. Em Os Sete Maridos de Evelyn Hugo a icônica celebridade Evelyn Hugo decide contar todos os detalhes e segredos de sua vida para a jornalista Monique Grant, que não entende o porquê de ter sido escolhida para esse trabalho capaz de alavancar sua carreira.
Em primeira pessoa, conhecemos, de início Monique e sua situação atual. A jornalista está passando por um divórcio recente e sofrendo com a separação quando começa o trabalho com Hugo. Então, a partir da entrevista, a narrativa, também em primeira pessoa, se desloca para o passado da atriz e faz dela a grande protagonista do livro. Ainda assim, as narrativas continuam se intercalando, sendo a do presente sempre na voz de Monique, o que tanto permite que o leitor observe as mudanças que o contato com Hugo causa nela quanto também garanta muitas das quebras no discurso de Evelyn que são essenciais na construção dos clímax e na manutenção da curiosidade de quem lê.
A curiosidade, aliás, é a grande força motriz da trama, uma vez que ela é permeada por toda uma aura de mistério. Embora a protagonista seja uma celebridade com muitos acontecimentos de sua vida conhecidos pelo público, os pormenores — que na realidade são suas verdades e o que de fato a constituem como ser-humano — são desconhecidos. Logo nos primeiros capítulos, Monique faz uma recapitulação dos feitos principais de Evelyn, fazendo com que o leitor ocupe a mesma posição do público de Hugo e inicie a jornada pela vida da atriz sabendo um resumo do que encontrar — com quem ela casou, os filmes que participou etc — mas não os fatos que de fato importam. Quem realmente é Evelyn Hugo? Por que ela escolheu Monique para entrevistá-la? Quais são os segredos que a atriz esconde? A habilidade narrativa de Taylor Jenkins Reid se comprova ao conseguir nos manter grudados e imersos a cada página da leitura, alimentando esses questionamentos e ansiando pelas respostas.
Mais do que tudo, o maior trunfo da autora é a própria personagem que ela constrói. Evelyn Hugo é uma figura que cativa por todos seus defeitos e qualidades, mas, principalmente, pela sinceridade e clareza com que é capaz de olhar para si, sua vida e para tudo que a rodeia. A verdade é que senti que aprendia com ela um pouco mais a cada página, especialmente no que diz respeito a um olhar mais cru sobre muitos aspectos da vida. Ao mesmo tempo, foi impossível não sentir os altos e baixos de sua vida amorosa — outro ponto mais do que positivo da leitura. Taylor Jenkins Reid acertou ao criar o grande amor da vida de Hugo, tanto em termos de narrativa — por conta das reviravoltas e implicações que causa no enredo — quanto pela representatividade e discussões que provoca. Aliás, é característico das obras da autora incluir personagens empoderadas e que promovem importantes debates a respeito das questões de gênero, ainda que em Em Outra Vida, Talvez? esse aspecto apareça de maneira mais branda.
Finalizei Os Sete Maridos de Evelyn Hugo impactada pela força da história, talvez a mais melancólica de Taylor Jenkins Reid. Ainda que Daisy Jones and The Six tenha me provocado mais lágrimas e mexido comigo de uma forma mais intensa, não consigo definir de qual das duas gostei mais, me incluindo ao coro dos que recomendam os romances com fervor.
Estou absolutamente apaixonada! Já estava doida para ler antes, sua resenha me deixou ainda com mais certeza do porque eu quero conhecer a história de Evelyn Hugo 😍❤️