[Resenha] Daisy Jones & The Six — Taylor Jenkins Reid - Minha Vida Literária
Minha Vida Literária
17

set
2019

[Resenha] Daisy Jones & The Six — Taylor Jenkins Reid

Título: Daisy Jones & The Six
Título original: Daisy Jones & The Six
Autor: Taylor Jenkins Reid
Tradução: Alexandre Boide
Editora: Paralela
Número de Páginas: 360
Ano de Publicação: 2019
Skoob: Adicione
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Todo mundo conhece Daisy Jones & The Six. Nos anos setenta, dominavam as paradas de sucesso, faziam shows para plateias lotadas e conquistavam milhões de fãs. Eram a voz de uma geração, e Daisy, a inspiração de toda garota descolada. Mas no dia 12 de julho de 1979, no último show da turnê Aurora, eles se separaram. E ninguém nunca soube por quê. Até agora.
Esta é história de uma menina de Los Angeles que sonhava em ser uma estrela do rock e de uma banda que também almejava seu lugar ao sol. E de tudo o que aconteceu — o sexo, as drogas, os conflitos e os dramas — quando um produtor apostou (certo!) que juntos poderiam se tornar lendas da música.
Neste romance inesquecível narrado a partir de entrevistas, Taylor Jenkins Reid reconstitui a trajetória de uma banda fictícia com a intensidade presente nos melhores backstages do rock’n’roll.

Conheci a escrita de Taylor Jenkins Reid por Em Outra Vida, Talvez?, que se transformou num dos meus queridinhos de 2018. Com Daisy Jones & The Six, publicado pela editora Paralela, a autora certamente entrou para meu hall de favoritas.

O livro narra a trajetória de uma banda fictícia entre os anos 1960 e 1970, desde sua ascensão à sua até então misteriosa ruptura. Dizendo assim, Daisy Jones & The Six parece não ter muitos atrativos, mas o diferencial da história não está em sua premissa, e sim na maneira de como é contada.

Em primeiro lugar, a narrativa toda é um compilado de depoimentos dos personagens, que estão sendo entrevistados muitos anos após o término da banda. Assim, além da leitura em si ser extremamente fluida por conta disso, ela se torna mais interessante por fugir do padrão narrativo e por, também, revelar as nuances e características dos personagens e de próprios discursos do tipo — é muito fácil encontrar informações conflitantes entre o que é dito, já que cada elocução está sujeita a uma perspectiva particular de cada assunto, bem como sofre com a ação do tempo e da memória de cada personagem.

Depois, a habilidade de escrita de Taylor Jenkins Reid é tanta que ela não só envolve o leitor em um piscar de olhos quanto constrói a história, os conflitos e as personagens com uma maestria digna de se tirar o chapéu. Foi impossível não me apaixonar pelos integrantes da banda e não me encantar especialmente pelas figuras femininas. Suas personalidades são tão marcantes e tocam em temas tão relevantes — como sororidade, maternidade, empoderamento, entre outros — que, embora a história esteja acontecendo algumas décadas no passado, a mensagem conversa perfeitamente com nossos dias atuais.

E não apenas cada persona foi bem delineada, mas a forma de como os conflitos foram trabalhados. Aos poucos e sem que o leitor perceba, Taylor Jenkins Reid vai criando uma teia de conflitos que, quando damos por nós, estamos tão envolvidos neles quanto os personagens e sofremos com todas as reviravoltas que o livro traz. Fiquei sem fôlego em diversos momentos e boquiaberta com algumas das revelações — que prefiro não comentar absolutamente nada a respeito para que seja tão impactante aos demais leitores quanto foi para mim.

Ao fechar meu exemplar de Daisy Jones & The Six, tive uma crise de choro compulsiva, sem entender exatamente o porquê de eu estar chorando. A verdade é que  Taylor Jenkins Reid criou uma história tão sincera e intensa que transborda emoção em cada página, mesmo que não seja essa a impressão inicial. Terminei a leitura encarando sentimentos que eu não sabia se eram meus ou das personagens e tenho certeza de que esse foi um dos melhores livros que li no ano, daqueles que levarei comigo para sempre. Vale ressaltar que o processo de construção do álbum da banda é tão incrível que minha única tristeza em relação ao livro foi a de não poder ouvir as músicas criadas — cujas letras, felizmente, a autora disponibiliza ao final do romance.





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14 Respostas para "[Resenha] Daisy Jones & The Six — Taylor Jenkins Reid"

Tereza Cristina Machado - 17, setembro 2019 às (20:10)

Confesso também que pela premissa não rolou aquela empolgação, mais fiquei intrigada pela sua crise de choro, costumo gostar de livros que causam abalos emocionais porque a gente leva esses tipos de livro pra vida inteira… as letras no fim também gostei hahahah são românticas ?! 😬🤣 no fim eu até que gostei da ideia, mas não rolou aquele sentimento marcante hahahahaha mais fica de dica 😉

Angela Cunha - 18, setembro 2019 às (07:48)

Engraçado que quando li a primeira resenha deste livro, nunca em sã consciência imaginaria que era uma história de uma banda fictícia. Puxa, é tão real a gente ficar lendo não somente a parte da união, da formação, mas dos problemas que todos enfrentaram, ainda mais nesta época tão grandiosa da música mundial.
Sou fã de rock desde que me entendo por gente e poder sentir isso na pela, como é mostrado neste livro deve e é uma experiência única!
Fiquei fascinada com isso das letras também no final(melodia criada na cabeça??)
Com certeza, quero demais fazer esta viagem com a banda e na música!!!
Beijo

Maria Cecília Vieira - 19, setembro 2019 às (13:57)

Nossa, já quero ler esse livro para ontem! A premissa realmente não demonstra que a leitura será isso tudo, mas como eu amo esse tipo de narrativa que foge do padrão, certeza que vou adorar. Ainda mais porque quero saber o motivo da ruptura da banda.
Deu para ver que você gostou bastante da leitura. Com certeza foi para a minha lista de desejados!

Francine Cândido - 19, setembro 2019 às (20:10)

Ouvi tu falar tanto desse livro que sinto a obrigação de pegar e ler. Tem tudo para ser maravilhoso!! Quero muito.

RUDYNALVA - 19, setembro 2019 às (22:59)

Aione!
Nossa! Que leitura intensa para você, acho tão bom quando os livros trazem essa emoção.
Todo o universo do Rock para mim é mais que interessante, sou da geração do rock. Nasci nos anos 60, época dos melhores cantores no estilo, então, muito me interessa.
Gostaria de acompanhar essa leitura que me parece ter um final agridoce.
cheirinhos
Rudy

MARIA - 21, setembro 2019 às (13:32)

Olá!
Li a resenha e sinopse e jurei que era uma banda de verdade! Tive que jogar no google para confirmar que não, mas vi que tem uma minissérie, dos EUA, sobre esse livro. Fiquei bem interessada, as banda de rock daquela época eram tão doidas e intensas que só poderia dar um livro interessante e emocionante. E quando a gente lê que alguém chorou tanto assim quando terminou um livro significa que superficial ele não é.

Rayane B. de Sá - 21, setembro 2019 às (18:58)

Oiii ❤ Achei a proposta da autora de contar a história de uma banda através de entrevistas, muito criativa. É legal também poder ver a opinião de cada personagem.
Deve ser legal poder acompanhar como a banda se formou, qual era a relação dos personagens, como era uma banda dos anos 70 e porquê se separaram.
Adorei que as músicas da banda trabalham temas importantes, como empoderamento.
Bom saber que é uma história emocionante, que nos conecta aos sentimentos dos personagens, pois adoro essa sensação.
Vou querer fazer essa leitura.
Beijos ❤

Rayssa Bonai - 22, setembro 2019 às (15:09)

Olá! ♡ Eu adorei a premissa do livro e principalmente a forma como o mesmo é narrado, isso é o que mais chamou a minha atenção sobre o livro. Ainda não conheço a escrita da autora, mas quero muitooo, já que a mesma parece bem fluída e cativante.
Estou muito animada para conhecer a banda e as particularidades de cada um dos personagens que parecem únicos e muito bem construídos pela autora.
Estou bem curiosa para ver como a banda se formou e quais foram os motivos de sua ruptura.
Muito obrigada pela indicação, com certeza vou querer conferir! Beijos! ♡

Mirian Kely - 25, setembro 2019 às (21:20)

Adoro históris de bandas, embora só twnha assistido a filmes sobre. Posso ver que você criou uma ligação com a história então, ja sei que a leitura é bem fluida e envolvente. Devido aos conflitos que seguem os personagens. Mal posso esperar para ler.

Anna Mendes - 28, setembro 2019 às (14:29)

Oi Aione! Amei demais você ter feito a resenha desse livro!
Eu vi esse livro em um Book Haul de algum canal e logo fiquei muito curiosa para fazer a leitura!
Achei muito diferente a narrativa ser feita através de uma entrevista! Também quero muito conhecer a escrita da autora. Em Outra Vida, Talvez? já está na minha lista de desejados e Daisy Jones & The Six já vai para lá também.
Quero saber que revelações são essas e quais emoções essa história irá despertar em mim!! 🙂
Bjos!

Elizete Silva - 28, setembro 2019 às (22:07)

Olá! Não dá para negar que o enredo do livro é extremamente criativo, um documentário de banda que (infelizmente) não existe, tenho certeza que acompanhar os altos e baixos dessa banda será incrível, realmente é uma pena que a autora não tenha disponibilizado uma playlist para que pudéssemos acompanhar durante a leitura.

Scheila - 30, setembro 2019 às (09:58)

Oi, Aione!
Achei uma história bem diferente do que costumo ler, envolvendo assim a música..
Mas me chamou atenção! Até por ser voltada por uma época que eu nem era nascida hehehe.
E como lhe trouxe tantas emoções assim, me deixou bem curiosa!
Vai para a lista!
Beijão!

Ana I. J. Mercury - 30, setembro 2019 às (21:20)

Oi, Aione
Eu adoro bandas de rock, adoro ler biografias dos meus ídolos, e imagino que esse livro traga muita emoção, alegria e a magia toda da música.
Imagino sua emoção. Quando a gente é muito fã de algo, e ainda é envolvente, nos deixa tocados mesmo.
Gostei muito da premissa, ainda mais pelos depoimentos que compõe o texto.
Assim que der comprarei o meu!
bjs

Dheifen Sara - 27, julho 2020 às (16:03)

Aione,
Vi sua indicação desta obra na lista do My best Brasil e supeeer me interessei, vim conferir a resenha e ameei. Acredito muito que uma história aparentemente “normal”, se relatada de maneira especia,l pode sim se tornar mágica!
Bjjs e Obrigada! ♥♥♥

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