[Resenha] Em outra vida, talvez? — Taylor Jenkins Reid - Minha Vida Literária
Minha Vida Literária
17

abr
2018

[Resenha] Em outra vida, talvez? — Taylor Jenkins Reid

Título: Em outra vida, talvez?
Título original: Maybe In Another Life
Autor: Taylor Jenkins Reid
Tradutor: Claudia Costa Guimarães
Editora: Record
Número de Páginas: 322
Ano de Publicação: 2018
Skoob: Adicione
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Hannah está perdida. Aos 29 anos, ainda não decidiu que rumo dar à sua vida. Depois de uma decepção amorosa, ela volta para Los Angeles, sua cidade natal, pois acha que, com o apoio de Gabby, sua melhor amiga, finalmente vai conseguir colocar a vida nos trilhos. Para comemorar a mudança, nada melhor do que reunir velhos amigos num bar. E lá Hannah reencontra Ethan, seu ex-namorado da adolescência. No fim da noite, tanto ele quanto Gabby lhe oferecem carona. Será que é melhor ir embora com a amiga? Ou ficar até mais tarde com Ethan e aproveitar o restante da noite? Em realidades alternativas, Hannah vive as duas decisões. E, no desenrolar desses universos paralelos, sua vida segue rumos completamente diferentes. Será que tudo o que vivemos está predestinado a acontecer? O quanto disso é apenas sorte? E, o mais importante: será que almas gêmeas realmente existem? Hannah acredita que sim. E, nos dois mundos, ela acha que encontrou a sua.

Em Outra Vida, Talvez? é o primeiro livro de Taylor Jenkins Reid publicado no Brasil. Sem deixar de ser uma obra leve e gostosa de ser lida, o livro explora as possibilidades surgidas dentro dos “e se” que nos deparamos ao longo de nossas vidas e questiona o significado de destino.

Hannah tem quase 30 anos e muda constantemente de cidade, sempre em busca daquilo que dará sentido à sua existência. Após sofrer uma desilusão amorosa, ela decide retornar para Los Angeles, onde nasceu, para tentar — mais uma vez — recomeçar sua vida. Para comemorar sua chegada, Gabby, melhor amiga de Hannah, propõe uma reunião em um bar com velhos amigos; entre eles, quem comparece é Ethan, ex-namorado de Hannah. Na hora de ir embora, ela se vê dividida entre duas opções: continuar no bar com Ethan e descobrir o que ainda pode haver entre eles ou ir embora com Gabby, e deixar a possibilidade com o ex mais ao acaso. É quando a narrativa se divide em realidades alternativas e os capítulos passam a intercalar os dois diferentes cenários, cada um de acordo com o caminho escolhido por Hannah.

A narrativa em primeira pessoa de Em Outra Vida, Talvez? permite que facilmente mergulhemos na trama, afinal, não demoramos a nos conectar com Hannah e seus medos e anseios. Também, a escrita de Taylor Jenkins Reid faz com que a leitura se torne bastante rápida: a autora faz uso principalmente de períodos mais curtos, além da narrativa em si ser bastante direta e de fácil compreensão.

Mesmo que a leitura como um todo seja bastante leve e que não haja um grande aprofundamento de temáticas, Taylor Jenkins Reid foi muito feliz em sua maneira de explorar as questões abordadas. Quem de nós nunca se perguntou sobre o que poderia ter acontecido se tivéssemos feito uma escolha diferente no passado? Ao permitir que o leitor conheça as duas possibilidades para Hannah, Em Outra Vida, Talvez? tanto percorre os caminhos dados como inevitáveis — e abre espaços para nos questionarmos sobre a existência do famigerado destino — quanto constrói situações bastante diferentes em cada uma das realidades, que ocorrem justamente por uma questão de causa e consequência, ação e reação.

Porém, mais do que divagar a respeito dos mistérios do destino, o que me fez amar Em Outra Vida, Talvez? foi a presença de elementos como a força da amizade, o amadurecimento da protagonista e um romance cativante, independentemente da maneira em que se dá. Sobre o primeiro aspecto: Gabby foi uma das minhas personagens favoritas e simplesmente amei a força e o apoio existentes entre ela e Hannah. Em relação ao amadurecimento da protagonista, Taylor Jenkins Reid explorou questões ligadas à autodescoberta e à responsabilidade advinda de nossas escolhas, algo que muito me agradou. Por fim, sobre o romance, fiquei encantada como a autora teve habilidade para desenvolver situações diversas e, em partes, fugir do esperado no início da leitura. Não esperava que ela fosse construir o caminho construído e adorei sua escolha, especialmente por ter trazido um diferencial para a história.

Em linhas gerais, Em Outra Vida, Talvez? foi uma agradável surpresa. O livro não foi daqueles que marcou minha vida, mas me trouxe não só momentos de prazer e entretenimento como também de singelas reflexões. Me encantei pelas personagens, por seus aprendizados e me peguei torcendo por elas. No fim, a principal mensagem que Taylor Jenkins Reid me trouxe foi a de que, não importa como, nós somos capazes de viver o melhor para nós mesmos — e isso é um alívio e tanto quando nos vemos torturados pela necessidade de fazer escolhas.





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9 Respostas para "[Resenha] Em outra vida, talvez? — Taylor Jenkins Reid"

Daiane Araújo - 18, abril 2018 às (06:00)

Oi, Aione.

Essa espécie de processo criado pela autora, é bem único. Essas possíveis possibilidades é que dá um toque a mais no livro, trazendo incertezas e até mesmo apreensão, quanto à escolha da Hannah.

Anna Mendes - 18, abril 2018 às (11:07)

Oi Aione!
Amei a resenha!
Eu estava muito curiosa para saber mais sobre este livro e, após ler sua resenha, fiquei ainda mais curiosa para lê-lo!
Gostei muito da premissa e parece ser uma leitura muito envolvente, leve e com personagens cativantes.
Tudo isso me deixou muito empolgada para fazer a leitura.
E a capa desse livro também é muito linda e delicada. Dá ainda mais vontade de mergulhar nessa história 🙂
Bjos!

Rayme - 18, abril 2018 às (13:19)

Oii!
É, desde que ouvi falar deste livro imaginei que não fosse lá grande coisa… mas estou curiosa para saber como foi desenvolvido esses dois lados da história
Já teve um outro livro neste estilo publicado recentemente, não teve? Me lembro vagamente…
Enfim, apesar de parecer não ser tão bem desenvolvido, tenho curiosidade em ler…

Evandro - 18, abril 2018 às (15:57)

Embora realmente o enredo parece ser desenvolvido de forma leve, a autora soube despertar a atenção do autor diante dessas possibilidades possíveis. Quantas vezes não ficamos em situações de escolha em nossas vidas, isso ocorre em todos os momentos e dias e sabemos que cada ação nos levaria à caminhos diferentes. Fiquei bastante curioso com a leitura.

Micheli Pegoraro - 20, abril 2018 às (17:07)

Oi, Aione
Logo de cara quando vi o lançamento desse livro eu já o coloquei na minha lista de desejados, pois amei essa sinopse. Então, fico feliz em saber que esse livro proporciona uma leitura marcante ao trazer essa mensagem de que não devemos viver com o peso de nossas escolhas, ou imaginar como poderia ter sido se tivéssemos seguido outro caminho. Já me identifiquei com a Hannah, seus medos, inseguranças e principalmente a jornada de seu autoconhecimento e amadurecimento irá proporcionar uma leitura especial para mim. Além de trazer algumas reflexões a respeito das realidades alternativas vivenciadas pela protagonista, a leitura mostra a importância da amizade e nos presenteia com um romance cativante.
Resumindo, estou ansiosa para ler esse livro.
Beijos

Catarina Pinheiro - 29, abril 2018 às (22:00)

Oi Aione!
Pelo que eu vi na sua resenha “Em outra vida, talvez?” parece ser um livro bem leve mas com algumas mensagens bem legais (claro que nada tão aprofundado). uma ótima leitura pra uma ressaca quem sabe. Vou anotar aqui pois adoro livros assim quando leio um livro bem pesado.
Bjs

Ana I. J. Mercury - 30, abril 2018 às (14:22)

Parece ser uma leitura leve e fofa, sem muita emoção ou aprofundamento, mas que nos faz repensar em nossas escolhas, o que podemos mudar e como recomeçar!
Vou querer ler em breve!
bjoss

suzana cariri - 30, abril 2018 às (14:31)

Oi!
Essa é uma leitura que estou na duvida se irei ou não fazer, acho toda essa premissa do livro bem interessante, pois essa ideia de escolhas pequenas que fazemos e tem um grande impacto sempre me chama atenção, ainda mais em livros, mas a historia da personagem ainda não me despertou aquela curiosidade para saber mais, o que me faz achar que a leitura vai ficar arrastada !!

Ana - 17, dezembro 2018 às (17:36)

Acabei de ler o livro. Li a sinopse e não sosseguei enquanto não li o livro. Mas, o livro me deixou um gosto amargo. A amizade de Hannah e Gabby é incrível, o melhor do livro. Os Hudson são fantásticos. Gosto de como a autora tentar dar uma cara de realidade para a história. Sabe todos os personagens podem ser reais, não são perfeitos ou maus. São verossímeis. Gosto do livro te dizer que a vida se ajeita, independente do caminho que se toma e das consequências que há. Mas o lance do destino, me incomoda. Porque o livro bate nessa tecla o tempo todo e não. No final, o livro te diz que as coisas são como são e tudo bem nisso. Mas, não é o destino que dita isso. Então, essa coisa de ficar se perguntando se as coisas tem motivo e tomar as decisões nessa muleta me incomodou muito. Porém, de qualquer forma achei a leitura válida. Acho que um livro deve te incomodar um pouco, para o bem ou para o mal.

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