Título: Em outra vida, talvez?
Título original: Maybe In Another Life
Autor: Taylor Jenkins Reid
Tradutor: Claudia Costa Guimarães
Editora: Record
Número de Páginas: 322
Ano de Publicação: 2018
Skoob: Adicione
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Hannah está perdida. Aos 29 anos, ainda não decidiu que rumo dar à sua vida. Depois de uma decepção amorosa, ela volta para Los Angeles, sua cidade natal, pois acha que, com o apoio de Gabby, sua melhor amiga, finalmente vai conseguir colocar a vida nos trilhos. Para comemorar a mudança, nada melhor do que reunir velhos amigos num bar. E lá Hannah reencontra Ethan, seu ex-namorado da adolescência. No fim da noite, tanto ele quanto Gabby lhe oferecem carona. Será que é melhor ir embora com a amiga? Ou ficar até mais tarde com Ethan e aproveitar o restante da noite? Em realidades alternativas, Hannah vive as duas decisões. E, no desenrolar desses universos paralelos, sua vida segue rumos completamente diferentes. Será que tudo o que vivemos está predestinado a acontecer? O quanto disso é apenas sorte? E, o mais importante: será que almas gêmeas realmente existem? Hannah acredita que sim. E, nos dois mundos, ela acha que encontrou a sua.
Em Outra Vida, Talvez? é o primeiro livro de Taylor Jenkins Reid publicado no Brasil. Sem deixar de ser uma obra leve e gostosa de ser lida, o livro explora as possibilidades surgidas dentro dos “e se” que nos deparamos ao longo de nossas vidas e questiona o significado de destino.
Hannah tem quase 30 anos e muda constantemente de cidade, sempre em busca daquilo que dará sentido à sua existência. Após sofrer uma desilusão amorosa, ela decide retornar para Los Angeles, onde nasceu, para tentar — mais uma vez — recomeçar sua vida. Para comemorar sua chegada, Gabby, melhor amiga de Hannah, propõe uma reunião em um bar com velhos amigos; entre eles, quem comparece é Ethan, ex-namorado de Hannah. Na hora de ir embora, ela se vê dividida entre duas opções: continuar no bar com Ethan e descobrir o que ainda pode haver entre eles ou ir embora com Gabby, e deixar a possibilidade com o ex mais ao acaso. É quando a narrativa se divide em realidades alternativas e os capítulos passam a intercalar os dois diferentes cenários, cada um de acordo com o caminho escolhido por Hannah.
A narrativa em primeira pessoa de Em Outra Vida, Talvez? permite que facilmente mergulhemos na trama, afinal, não demoramos a nos conectar com Hannah e seus medos e anseios. Também, a escrita de Taylor Jenkins Reid faz com que a leitura se torne bastante rápida: a autora faz uso principalmente de períodos mais curtos, além da narrativa em si ser bastante direta e de fácil compreensão.
Mesmo que a leitura como um todo seja bastante leve e que não haja um grande aprofundamento de temáticas, Taylor Jenkins Reid foi muito feliz em sua maneira de explorar as questões abordadas. Quem de nós nunca se perguntou sobre o que poderia ter acontecido se tivéssemos feito uma escolha diferente no passado? Ao permitir que o leitor conheça as duas possibilidades para Hannah, Em Outra Vida, Talvez? tanto percorre os caminhos dados como inevitáveis — e abre espaços para nos questionarmos sobre a existência do famigerado destino — quanto constrói situações bastante diferentes em cada uma das realidades, que ocorrem justamente por uma questão de causa e consequência, ação e reação.
Porém, mais do que divagar a respeito dos mistérios do destino, o que me fez amar Em Outra Vida, Talvez? foi a presença de elementos como a força da amizade, o amadurecimento da protagonista e um romance cativante, independentemente da maneira em que se dá. Sobre o primeiro aspecto: Gabby foi uma das minhas personagens favoritas e simplesmente amei a força e o apoio existentes entre ela e Hannah. Em relação ao amadurecimento da protagonista, Taylor Jenkins Reid explorou questões ligadas à autodescoberta e à responsabilidade advinda de nossas escolhas, algo que muito me agradou. Por fim, sobre o romance, fiquei encantada como a autora teve habilidade para desenvolver situações diversas e, em partes, fugir do esperado no início da leitura. Não esperava que ela fosse construir o caminho construído e adorei sua escolha, especialmente por ter trazido um diferencial para a história.
Em linhas gerais, Em Outra Vida, Talvez? foi uma agradável surpresa. O livro não foi daqueles que marcou minha vida, mas me trouxe não só momentos de prazer e entretenimento como também de singelas reflexões. Me encantei pelas personagens, por seus aprendizados e me peguei torcendo por elas. No fim, a principal mensagem que Taylor Jenkins Reid me trouxe foi a de que, não importa como, nós somos capazes de viver o melhor para nós mesmos — e isso é um alívio e tanto quando nos vemos torturados pela necessidade de fazer escolhas.
Oi, Aione.
Essa espécie de processo criado pela autora, é bem único. Essas possíveis possibilidades é que dá um toque a mais no livro, trazendo incertezas e até mesmo apreensão, quanto à escolha da Hannah.