Estava saindo do Pilates, na primeira segunda-feira de julho, quando recebi uma mensagem da Clara Savelli. Ela me disse que tinha conseguido, junto da Secretaria de Cultura do Rio de Janeiro, uma mesa na Flip para falar sobre a escrita na era digital. Junto dela, participariam as autoras Aimee Oliveira e Larissa Siriani. Será que eu não queria participar também?
Em duas horas, ela já tinha me passado valores de hospedagem, eu já tinha surtado, confirmado minha participação e comprado minha passagem. E passei os dez dias seguintes surtando! Eu já morria de vontade de conhecer a Festa Literária Internacional de Paraty, uma das mais conceituadas do Brasil, só nunca tinha imaginado que minha primeira vez no evento seria como autora convidada.
Eu, Clara e Aimee chegamos na sexta-feira. Além de conhecer o Centro Histórico e andar bastante pela Flip, assistimos à mesa da Flipei que trouxe o tema “Os desafios do jornalismo em tempos de Lava Jato”. Os convidados foram Glenn Greendwald, Alceu Castilho, Gregorio Duviver e Sergio Amadeu, mediados pela Sabrina Fernandes, do Tese Onze. Apesar das manifestações bolsonaristas que tentaram atrapalhar o encontro, o debate foi incrível e saí de lá sentindo um pouco de esperança em relação aos momentos nebulosos que temos vivido na política do nosso país. Mais do que isso, senti que saí do encontro enriquecida, depois de ter ouvido tantas colocações pra lá de interessantes.
No sábado, primeiro participamos do café da manhã dos Intrínsecos, organizado pela editora Intrínseca e que contou com a participação das autoras Mariana Enriquez e Karina Sainz Borgo. Depois, comparecemos ao lançamento de Momento Errado, da querida Giulliana Fischer Fatigatti, publicada pelo selo Callenda da editora Lendari.
Quando a Larissa Siriani chegou, todas nós fomos nos encontrar com a Isabella de Andrade, jornalista, escritora e responsável pelo canal O Ciclorama. Ela entrevistou cada uma de nós — e vocês podem conferir minha entrevista abaixo! Depois, tiramos o resto do dia para descansar, curtir a Flip e bater-papo, numa noite típica entre amigas que nem sempre conseguem se ver.
Foi no domingo, às 10h, que nossa mesa aconteceu. Por ser último o dia da Flip, de manhã, estávamos morrendo de medo que ninguém aparecesse. E, na verdade, nos primeiros cinco minutos só tinham duas pessoas na plateia. E foi então que as pessoas passando pela rua começaram a chegar e sentar e participar. E quando demos por nós, a uma hora tinha passado, não tínhamos conseguido responder a todas as perguntas e as pessoas adoraram nossa fala! De última hora, a Clara teve a ideia de fazer a transmissão ao vivo via Instagram, então também tivemos pessoas assistindo por lá!
Em linhas gerais, contamos nossas trajetórias e como a Internet ajudou a impulsionar nossas carreiras como escritoras. Apesar de a minha estar praticamente começando — agora em Julho completo um ano da divulgação da pré-venda de Vidas na Noite — Lari, Aimee e Clara já têm mais de dez anos de carreira cada, iniciadas lá no Orkut, passando por Wattpadd, experimentando desde publicação independente e financiamento coletivo até serem publicadas por editoras tradicionais — Lari é publicada pelo Grupo Editorial Record, Clara está lançando As Férias da Minha Vida pela Intrínseca e Aimee teve Invisível anunciado pela Duplo Sentido.
A experiência toda foi mágica. O clima da Flip é surreal! Me encantei pelas ruas do Centro Histórico, pela diversidade de atividades acontecendo a todo momento em todos os lugares, pela vibe do evento como um todo. Eu amei dividir esse momento com pessoas que admiro tanto, amei ter minha segunda participação como autora em um evento em um lugar tão sensacional e me senti muito grata pela Secretaria de Cultura ter apostado em nossa mesa, permitindo a nós ter essa oportunidade. É mais um degrauzinho que sinto ter conquistado em minha trajetória assim como mais uma lembrança pra levar na bagagem.
ah que delícia de viagem, amei as fotos! Paraty é mt gostosa e tenho mt vontade de ir numa FLIP
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