Tobias Sartorious acaba de ser libertado da prisão onde esteve por dez anos. Há onze anos, ele fora acusado de assassinar duas garotas, cujos corpos jamais foram encontrados. Apesar de ter sido acusado, Tobias não consegue se lembrar do que aconteceu na fatídica noite. Ao voltar para sua cidade, depara-se com as mudanças: a separação de seus pais, as dívidas contraídas e o estado lamentável de seu sítio. Não bastasse isso, a cidade parece estar revoltada com seu retorno. Não muito longe dali, Pia Kirchhoff e Oliver Von Bodenstein precisam solucionar dois casos: o de um esqueleto encontrado e a tentativa de assassinato de uma mulher, empurrada de uma passarela em cima de um carro em movimento. Ao descobrirem que a mulher é Rita Cramer, mãe de Tobias, os inspetores vão até a pequena cidadezinha, onde mais um caso parece se desenrolar: uma nova garota desaparece, em situações muito semelhantes às de onze anos antes.
Branca de Neve Tem Que Morrer se tornou um dos meus suspenses policiais favoritos.
Inicialmente, me senti um pouco confusa por conta das diferentes situações acontecendo simultaneamente e, também, por conta dos muitos nomes em alemão que foram difíceis de serem memorizados nas primeiras páginas. Porém, passado o estranhamento inicial, logo me acostumei com os personagens e consegui acompanhar a história sem problemas de compreensão.
A escrita de Nele Neuhaus é incrível. Ainda que eu estivesse confusa no começo, a autora não demorou a conseguir me envolver e a me deixar extremamente curiosa pelo desfecho. Alguns livros vão preparando o leitor e, a partir de um momento, torna-se quase impossível interromper a leitura, tamanha é a vontade de se descobrir todos os mistérios. Nesse livro, entretanto, me senti dessa maneira desde o início, o suspense já fisga o leitor nas primeiras páginas.
A história é complexa devido ao seu número de acontecimentos e à incrível quantidade de ligações entre eles. Eu ficava com a sensação de que havia compreendido a situação ao mesmo tempo em que não a conhecia. O leitor é levado em direção à correta resolução, mas, ao mesmo tempo, não consegue resolver o caso completamente.
Apesar da complexidade da história por conta de seu desenvolvimento, essa não é uma leitura difícil ou pesada; ao contrário, foi bastante prazerosa e empolgante. Esse é o tipo de livro carregado de adrenalina, que contagia o leitor e o convida a lê-lo interruptamente.
É necessário dizer que esse é o quarto livro da série de Bodenstein & Kirchhoff, os detetives da história. Porém, não é necessário ler os volumes anteriores, eu mesma só fui descobrir que era uma série ao ler, por acaso, o resumo da autora na aba do livro quando já estava finalizando a leitura.
Se você é fã de suspenses policiais, leia esse livro. Se você está procurando uma boa obra do gênero para se iniciar nele, então comece por esse. Branca de Neve Tem Que Morrer não apenas me agradou, como também me surpreendeu. Leiam!
Observação: Caso haja dúvidas do porquê do título, o livro não está relacionado com o conto de Branca de Neve. Na história, “Branca de Neve” é o apelido de uma das garotas desaparecidas e há um motivo para esse ser o título da obra. Aliás, a editora manteve o original.
Sim! Sim! Sim!
Sou leitora de policias! Eu lerei o livro! Quero me surpreender!
Realmente o livro conseguiu me empolgar com a capa, e que bom que logo trouxesse a resenha satisfatória!
É a isso que me refiro quando digo que o livro pode sim começar jogando as cartas na mesa, só não pode perder as cartas no meio do jogo.
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