[Resenha] Uma Semana de Inverno – Maeve Binchy

Título: Uma Semana de Inverno
Autor: Maeve Binchy
Editora: Bertrand Brasil
Número de Páginas: 362
Ano de Publicação: 2017
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Quando Chicky Starr decide restaurar a velha Casa de Pedra, situada no alto de um penhasco na costa oeste da Irlanda, e transformá-la em um hotel, todos pensam que ela enlouqueceu. Mas, com uma reforma para proporcionar à casa lareiras, quartos elegantes e uma aconchegante cozinha, não demora muito para Chicky estar pronta para receber seu improvável primeiro grupo de hóspedes. Winnie e Lillian não se dão bem, mas se veem forçadas a passar férias juntas; John, astro de filmes norte-americanos, pensa que chegou despercebido; o casal de médicos Nicola e Henry, estão fartos das mortes que presenciaram; Anders odeia ter que herdar os negócios do pai, mas possui um talento nato para a música; a Srta. Howe, uma gélida professora aposentada, parece não gostar de nada; os Wall estão desapontados por terem ficado apenas com o segundo lugar em um concurso valendo uma viagem a Paris; e Freda, a bibliotecária, está com medo dos próprios dons psíquicos. Dividir “Uma Semana de Inverno” com personagens tão envolventes e improváveis será puro deleite.

Existe melhor composição para o inverno do que um bom livro, uma bebida quente e umas cobertas quentinhas e aconchegantes? Pois parte desse cenário nos é oferecido na capa de Uma Semana de Inverno; a outra parte fica por nossa conta, já que esta é uma leitura que nos condiciona ao conforto da estação que nomeia a obra.

Aqui a história (ou talvez seja melhor, as histórias) se passa em uma pequena cidade no interior da Irlanda. Tudo começa quando uma moça chamada Chicky Starr decide restaurar a velha Casa de Pedra e transformá-la num hotel, uma vez que a casa fica em cima de um penhasco e de frente para o oceano. Um verdadeiro sonho!

Quando me referi às histórias e não apenas a uma é justamente porque Uma Semana de Inverno é um livro com uma proposta um pouco diferente, pois ele não traz uma ou duas personagens centrais, mas diversas. Assim, cada capítulo nos conta a história de um novo hóspede como: a ranzinza professora aposentada Srta. Howe ou Freda, a bibliotecária, entre tantos outros. O que há de comum entre eles é que estão hospedados na Casa da Pedra.

A narrativa em terceira pessoa é fluída e de fácil compreensão, as histórias são leves e despretensiosas, apesar de a maioria das personagens parecerem buscar algo dentro de si mesmos que talvez ultrapasse os muros da aconchegante hospedagem. Por ser em terceira pessoa e até por englobar muitas trajetórias de vida das personagens, Maeve Binchy   acaba nos deixando com o gostinho de quero mais em relação a alguns desfechos, pois ficamos com vontade de saber mais sobre eles. Porém, a intenção aqui não me pareceu ser a de aprofundar as histórias de vida, mas sim mostrá-las com simplicidade e franqueza.

Se você busca um livro leve e de leitura rápida, ao mesmo tempo em que fala sobre perdas, família, amor e amizade, mas sem aprofundar muito, essa certamente é uma boa escolha.