Título: Inferno
Autor: Dan Brown
Editora: Arqueiro
Número de Páginas: 448
Data de Publicação: 2013
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Neste fascinante thriller, Dan Brown retoma a mistura magistral de história, arte, códigos e símbolos que o consagrou em “O Código Da Vinci”, “Anjos e Demônios” e “O Símbolo Perdido” e faz de Inferno sua aposta mais alta até o momento.
No coração da Itália, Robert Langdon, o professor de Simbologia de Harvard, é arrastado para um mundo angustiante centrado numa das obras literárias mais duradouras e misteriosas da história: O Inferno, de Dante Alighieri.
Numa corrida contra o tempo, ele luta contra um adversário assustador e enfrenta um enigma engenhoso que o leva para uma clássica paisagem de arte, passagens secretas e ciência futurística. Tendo como pano de fundo poema de Dante, e mergulha numa caçada frenética para encontrar respostas e decidir em quem confiar, antes que o mundo que conhecemos seja destruído.
Inferno era o único livro de Dan Brown que eu ainda não havia lido. Apesar de ansiosa e curiosa pela leitura, tinha, também, certo receio de me decepcionar, visto que minha última experiência com algum livro do autor, através de O Símbolo Perdido, acabou sendo frustrante: a leitura foi previsível, seguindo a mesma estrutura das quatro primeiras obras do autor. Contudo, Inferno foi uma grata surpresa; Dan Brown conseguiu voltar a me surpreender e também me relembrou do porquê configura entre minha lista de autores favoritos.
Com uma narrativa em terceira pessoa extremamente ágil, a história se desenvolve repleta de ação e suspense, aguçando a curiosidade do leitor a cada página. Os traços marcantes do autor se fazem presente em todos os detalhes da história: uma narrativa, em muitos momentos, dissimulada, capaz de manipular o leitor; a criação da expectativa aos finais dos capítulos através do indício de revelações e/ou acontecimentos iminentes; um enredo extremamente rico em detalhes e informações, principalmente históricas e artísticas; e, por fim, o debate de algum assunto polêmico.
Inferno tem como base A Divina Comédia, de Dante Alighieri, e vários aspectos da obra, bem como sua influência ao decorrer dos séculos, são trazidos ao leitor com esmero. Se eu já tinha curiosidade sobre o famoso poema épico italiano, ela se intensificou após a leitura.
Embora a obra tenha me agradado como suspense, um dos pontos mais interessantes para mim foi a polêmica questão trazida pela trama: a superpopulação como um problema de saúde pública e todas as suas implicações à humanidade. Dan Brown conseguiu tratar de uma temática de extrema importância e aliá-la à obra de Dante com uma maestria sem igual, enriquecendo sua história e estimulando uma importante reflexão, inclusive sobre a ciência e seu desenvolvimento.
Senti que em Inferno partes da estrutura utilizadas pelo autor para criar suas obras foram quebradas – um dos motivos para eu ter me surpreendido com as reviravoltas do enredo -, sem deixar de ser um trabalho tipicamente seu. Foi impossível largar a leitura em suas últimas 150 páginas, e me vi virando as páginas em um ritmo frenético para conferir a conclusão da trama.
Ainda que a escrita e a construção das histórias de Dan Brown sejam consideradas comerciais, é inegável que eu me sinta acrescida a cada vez que leio algum de seus livros, de tão ricos em detalhes e informações. O autor é um mestre em criar tramas complexas e intricadas, que incitam reflexões e proporcionam um entretenimento excelente aos fãs de bons thrillers.
Foi o livro que menos gostei do Dan Brown. Tirando as descrições sobre a Itália e sobre a obra do Alighieri, o resto achei previsível e por vezes time que me arrastar pra terminar a leitura. O final como sempre tem a famosa “mensagem” que o Brown quer deixar. Fui um dos poucos a não curtir o livro, quase todas as pessoas amaram e eu entendo que o tema é importante e assustador mas não é um tema novo, mas quando Dan Brown fala, qualquer tema ganha ares de urgência. Acredito que a redução populacional irá acontecer em breve, o triste é saber que os “escolhidos” a deixar a terra serão a imensa maioria dos que não tem dinheiro ou status. Como diria Rihanna e Jay-z, quem não estiver “debaixo do guarda chuva” vai dançar.