Emma Blair casou com seu namorado do colegial, Jesse, quando tinha vinte anos. Juntos, eles construíram uma vida diferente das expectativas de seus pais e das pessoas de sua cidade natal, Massachusetts. Sem perder nenhuma oportunidade de viver novas aventuras, eles viajam o mundo todo, curtindo a vida ao máximo.
Mas, em vez do tradicional “e viveram felizes para sempre”, uma tragédia separa os dois, no dia do seu aniversário de um ano de casamento. O helicóptero com o qual Jesse sobrevoava o Pacífico desaparece e, simples assim, o amor da vida de Emma se vai para sempre.
Emma volta para sua cidade natal em uma tentativa de reconstruir a vida e, depois de anos de luto, reencontra um velho amigo, Sam, que lhe mostra ser, sim, possível se apaixonar novamente. E quando os dois ficam noivos? Emma sente que a vida lhe deu uma segunda chance de ser feliz.
Pelo menos é o que parece — até que Jesse é encontrado. Ele está vivo e tentou voltar para casa, para Emma, todos esses anos que passou desaparecido. Agora, com um marido e um noivo, Emma precisa descobrir quem ela é e o que quer, enquanto tenta proteger todos que ama
Emma sabe que precisa escutar seu coração, ela só não tem certeza se sabe o que ele está querendo dizer.
Ficha Técnica
Título: Amor(es) Verdadeiro(s)
Título original: One True Loves
Autor: Taylor Jenkins Reid
Tradução: Alexandre Boide
Editora: Paralela
Número de Páginas: 296
Ano de Publicação: 2020
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Resenha: Amor(es) Verdadeiro(s)
Amor(es) Verdadeiro(s) é o quarto romance de Taylor Jenkins Reid, originalmente publicado em 2016. Sendo anterior aos seus best-sellers Os Sete Maridos de Evelyn Hugo e Daisy Jones & The Six, mas posterior ao chick-lit Em Outra Vida, Talvez?, apresenta um estilo da autora a caminho daquele dos títulos que a consagraram. O livro é também o quarto publicado no Brasil, sendo o terceiro da editora Paralela, que primeiro o lançou apenas em formato digital e agora oferece aos leitores, também, o formato físico.
Emma Blair se casou com Jesse, namorado do Ensino Médio. Extremamente apaixonados e unidos por um espírito livre e aventureiro, vivem juntos uma vida não convencional, sedentos por se afastarem da pacata rotina de Acton, em Massachusetts. Então, no primeiro aniversário de casamento do casal, Jesse desaparece em um acidente de helicóptero e é dado como morto, fazendo com que Emma experimente da pior dor de sua vida. Ela decide retornar a sua cidade natal para se restabelecer e, após alguns anos, está enfim em paz, e mais uma vez noiva. É quando ela descobre que Jesse está vivo, retornando para casa, e ela se vê entre o amor do noivo atual e do marido que ela acreditava estar morto.
Com a mesma escrita fluida que me conquistou à primeira leitura, Taylor Jenkins Reid, traduzida por Alexandre Boid, me fez devorar mais essa sua obra. Amor(es) Verdadeiro(s), na realidade, começou um pouco menos envolvente do que seus ¾ seguintes. Os primeiros capítulos são dedicados à adolescência de Emma, demonstrando seus caminhos profissionais e amorosos até o trágico acidente, e, nessa primeira parte, me mantive um pouco mais distante da narrativa. A partir de então, contudo, foi quase impossível interromper a leitura, completamente imersa nas emoções e questionamentos de Emma. Também, o cenário é cativante, especialmente por um dos locais principais da história ser uma livraria.
Há certa velocidade com que os eventos são abordados, apesar dos conflitos internos de Emma serem bem explorados. Com isso, não só a leitura fica mais ágil, como também faz do enredo um pouco menos concreto do que o dos últimos romances da autora que li. O próprio acidente (e retorno) de Jesse, embora explicado até onde possível, não me deixou com a sensação de completo convencimento. Na realidade, enxerguei a situação como um artifício da autora a poder trabalhar o tema central da obra, que, possivelmente, seria muito menos aceito pelos leitores caso o desenvolvimento fosse outro.
O cerne de Amor(es) Verdadeiro(s) está no questionamento: é possível ter mais de um grande amor ao longo de nossas vidas? A ideia romantizada de que O Amor Verdadeiro é único e eterno é tão enraizada em nós que temos dificuldades em aceitar histórias de amor finitas, que foram “infinitas enquanto duraram”, mas, por algum motivo, tiveram seu fim. Eu adorei ver Taylor Jenkins Reid explorando essa ideia, especialmente por concordar muito com a autora, e adorei o cuidado que ela teve ao inserir, de forma sutil, indícios de transformações no relacionamento entre Emma e Jesse antes dele ser dado como morto. O acidente intensifica as modificações que a protagonista já parecia ter iniciado e a faz reavaliar a própria vida, de maneira que, quando ele retorna, ela não é mais a mulher com quem ele se casou; assim, será que ele ainda cabe na nova realidade de Emma? Mais do que tudo, as cobranças e perguntas que ela faz a si mesma me soaram muito reais, de maneira que me vi em sua própria pele e tive a impressão de que eu me faria exatamente os mesmos questionamentos. Esse, para mim, foi o ponto alto da leitura. E, apesar de não achar as explicações sobre a tragédia suficientes, entendi que ela foi necessária para criar o conflito enfrentado por Emma. Caso a autora tivesse escolhido uma circunstância menos trágica, se tivesse simplesmente criado uma situação na qual Emma se visse apaixonada por outro homem enquanto Jesse continuasse vivo, a personagem, ao invés de compreendida, seria julgada, justamente porque há a ideia enraizada de que não é possível ter sentimentos para além de uma pessoa — relacionamentos abertos e não-monogâmicos estão aí, cada vez mais presentes, demonstrando o oposto.
Em relação aos dois casais — Emma e o marido x Emma e o noivo — tive minha preferência e torcida desde o começo da história, então, apesar de ter compreendido todos os questionamentos da protagonista, foi muito claro para mim qual era, de fato, a raiz de suas dúvidas e qual seria sua escolha final. Assim, mesmo que Amor(es) Verdadeiro(s) não tenha se desenvolvido de um jeito surpreendente, foi uma leitura deliciosa e que me sensibilizou, mais uma vez, pela maneira sincera e sensível com que Taylor Jenkins Reid trabalhou os conflitos emocionais da história. Não é a toa que tenho considerado a autora como uma das minhas favoritas nos últimos tempos.
Fiquei interessa pelo fim da história … curiosidade rs!
Eu comprei Daisy Jones & the six só pq vc falou tanto (ainda to esperando chegar)… vou deixar esse na lista só pq quero saber como termina rs!