Título: Fissura
Título original: Fractured
Autor: Karin Slaughter
Tradução: Gustavo Mesquita
Editora: Record
Número de Páginas: 364
Ano de Publicação: 2013
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Uma mãe aterrorizada diante de uma triste e chocante tragédia. Em uma importante mansão de Ansley Park, um dos endereços mais tradicionais e sofisticados de Atlanta, uma adolescente é brutalmente assassinada a facadas, e seu rosto está irreconhecível. Os vestígios de um estupro são evidentes. Ao lado do corpo ensanguentado, há um homem com uma faca na mão. Esta é a cena com a qual Abigail Campano se depara ao chegar a casa. Seria possível alguém ter matado sua doce filha? Dominada pelo ódio, ele estrangula o sujeito com as próprias mãos. Como julgar uma mãe desesperada cuja única intenção é vingar a morte da filha? Cabe ao agente Will Trent lidar com esse caso peculiar e cheio de reviravoltas. Mas nem o detetive nem a família Campano imaginaram ser apenas o início de seus maias terríveis dias.
Fissura é o segundo livro da série Will Trent da autora Karin Slaughter. Se você está sentindo falta da resenha do primeiro livro, saiba que só descobri que era uma série quando terminei o livro, portanto, essa é uma postagem também informativa, assim você não vai correr o risco de pegar o bonde andando. Apesar do mistério ser diferente de um livro para o outro, as histórias dos detetives estão em uma narrativa linear e seguem tendo conexões entre si, portanto, dá para sentir falta de algumas explicações no relacionamento entre eles. Para uma leitura completa, a sequência correta é: Tríptico, Fissura, Gênese, Destroçados — que já foi resenhado aqui no Minha Vida Literária —, Fallen, Criminal, Unseen – esses três não têm tradução —, A Esposa Perfeita, A Última Viúva e The Silent Wife (previsão para Julho de 2020). Vale dizer que os quatro primeiros volumes foram publicados no Brasil pela editora Record, enquanto os últimos estão sob os direitos da HarperCollins.
Uma chocante tragédia abala Abigail Campano. Ao chegar em casa, num dos endereços mais ricos e sofisticados de Atlanta, ela encontra sua filha brutalmente assassinada a facadas. O rosto? Completamente irreconhecível. Vestígios de estupro são evidentes e ao lado do corpo está um homem, a faca ensanguentada na mão. Incapaz de acreditar que alguém matou sua doce filha, dominada pelo ódio, ela estrangula o sujeito com as próprias mãos. Quem conseguiria julgar uma mãe desesperada cuja intenção era somente vingar a morte da sua tão amada filha? Caberá ao agente Will Trent lidar com um caso peculiar, no qual nem ele e nem a família Campano são capazes de imaginar que dias terríveis estão ainda por vir.
Eu amei esse livro! Começo por essa afirmação, pois toda a construção de Fissura me deixou boquiaberta. É uma daquelas histórias que você começa achando uma coisa e que o final lhe entrega outra muito melhor. Pelo fato da narrativa ser em terceira pessoa, conseguimos ter uma boa visão da situação em que a família Campano se coloca, da mesma forma em que seguimos a investigação correndo nas mãos de Will Trent e da sua nova parceira Faith Mitchell. As doses de adrenalina são injetadas entre o sofrimento da perda, da mágoa e do arrependimento. São tantas emoções que esse é um enredo que vai além da investigação, entra no psicológico de cada personagem e eviscera seus sentimentos, de modo que o leitor consegue sentir a angústia junto.
Outro ponto destaque — e creio eu que seja algo da série em si — é que nos envolvemos bastante com a vida pessoal dos detetives, traçando detalhes, esmiuçando seus pensamentos. Então, não apenas somos levados pelo sofrimento dos pais e toda a procura pelo assassino, mas também atravessamos essa barreira profissional, deixando a parte burocrática e investigativa de lado por alguns capítulos para criar o vínculo com a vida de Faith e Will, descobrindo seus gostos, medos, o passado. É uma parte íntima que deixa interessante a leitura, faz a gente querer mais do que descobrir o assassino e seus motivos. Eu passei uma boa parte da história empolgada em entender aquelas pessoas.
É fluído, direto e instigante. Com detalhes sobre processo investigativo, Karin soube usar as páginas que precisava para criar um ritmo de captura no leitor, trazendo dilemas, revelação surpreendente, características comuns em cliffhangers — recurso de roteiro que se caracteriza pela exposição do personagem a uma situação limite — para manter a ação e o drama em harmonia, com aquele gosto final certeiro de quero mais. Já coloquei na caixinha de favoritos da vida!
Karin Slaughter é uma autora de dezoito romances e em fevereiro de 2019 foi anunciado que a Netflix desenvolveria uma série de televisão baseada no romance Pieces of Her (Ninguém Pode Saber, título em Português) lançado pela HarperCollins, sendo esse um livro independente, sem qualquer conexão com a série. Então, fica aí a dica para quem tem interesse em conhecer a escrita dela, mas não quer pegar algo longo demais.
Série Will Trent
Abaixo, as capas dos dez volumes da série Will Trent e os dois spin-offs: Snatched (Will Trent #5.5) e Busted (Will Trent, #6.5). Os livros podem ser lidos separadamente e de maneira independente uns dos outros.
FRANCINE!
Não conhecia a série.
Acredito que seja um daqueles livros que vão chamando cada vez mais nossa atenção, principalmente porque vai havendo reviravoltas durante todo enredo e o que pensávamos que era, não era mais.
Adoro quando não conseguimos identificar o responsável…
cheirinhos
Rudy