[Resenha] P.S. de Paris — Marc Levy - Minha Vida Literária
Minha Vida Literária
27

ago
2019

[Resenha] P.S. de Paris — Marc Levy

Título: P.S. de Paris
Título original: Elle & lui
Autor: Marc Levy
Tradução: Flavia Souto Maior
Editora: Planeta
Número de Páginas: 256
Ano de Publicação: 2019
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Nos cinemas, Mia interpreta uma mulher apaixonada. Mas na vida real, ela é uma atriz que precisa desesperadamente de um tempo de seu marido – a mega estrela que interpreta seu par romântico nos filmes.
Então, ela atravessa o Canal da Mancha e busca refúgio em Paris, com um novo corte de cabelo, óculos falsos e um trabalho de garçonete no restaurante de sua melhor amiga. Paul é um autor americano que espera resgatar o sucesso de seu primeiro romance.
Quando seu melhor amigo força um encontro com Mia através de um site de namoro, o status de relacionamento dos dois muda para “complicado”. Mesmo que Paris pareça estar juntando o casal, eles resistem, solitários, inventando desculpas cada vez mais exageradas para permanecerem apenas amigos.
Mas o destino tem outros planos para eles. O amor verdadeiro estaria esperando no final dessa história?

O romance de estreia de Marc Levy, E Se Fosse Verdade, foi responsável por torná-lo best-seller. Nele e em sua continuação não publicada no Brasil, Vous Revoir no original e Finding You em inglês, o leitor conhece o romance entre Lauren e Arthur, cujo enlace recebe a ajuda de Paul, melhor amigo do protagonista. Agora, em P.S. de Paris, é a vez do personagem secundário ganhar sua própria história.

Mia é uma famosa atriz que precisa de um tempo de seu casamento arruinado. Assim, ela se refugia em Paris, buscando passar algumas semanas como uma mulher comum, longe dos holofotes. Em uma tentativa de experimentar um site de relacionamentos, ela acaba conhecendo Paul em uma situação totalmente inusitada, já que ele, um escritor americano que mora há sete anos em Paris, foi forçado por seu amigo, Arthur, a comparecer ao encontro sem saber que aquela seria uma situação romântica. A partir de então, ambos passam a explorar a cidade e a buscar apoio na amizade do outro, sem jamais assumirem que podem estar se envolvendo mais do que gostariam.

A narrativa de Marc Levy é ágil e divertida, de maneira que li P.S. de Paris em poucas horas, sem sentir vontade de interromper a leitura. O livro traz muitos diálogos e não se demora em muitas descrições ou reflexões, o que, aliado à alternância de perspectiva da narrativa — sempre em terceira pessoa, mas ora mais próxima de Paul, ora mais próxima de Mia — confere agilidade à leitura.

Talvez por já existir no universo criativo de Marc Levy há muitos anos — considerando-se que E Se Fosse Verdade foi publicado no final dos anos 1990 — Paul me pareceu um personagem mais sólido do que Mia, com conflitos e nuances mais palpáveis. Ainda, o fato do protagonista exercer a profissão de seu criador nos faz pensar no quanto de um há no outro, além de ser possível observar características metalinguísticas em P.S. de Paris: muito do que Paul defende em sua arte de escrever pode ser observado na própria narrativa da obra. 

A leitura acabou me surpreendendo bastante pelos rumos que tomou: se sua primeira metade me cativou pela atmosfera de divertimento e pelo gostoso romance que pouco a pouco se desenvolve entre as personagens, a segunda metade trouxe uma reviravolta que eu não só não esperava como também ampliou os temas discutidos no livro. Sem se aprofundar e mantendo sua característica de leveza, P.S. de Paris acabou por enveredar uma perspectiva histórico-política, que me fez pensar em Tudo Aquilo Que Nunca Foi Dito, no qual algo similar também ocorre.

No resumo, a leitura de P.S. de Paris me proporcionou gostosos momentos de entretenimento e me fez relembrar os motivos por ter gostado dos outros dois trabalhos do autor com que tive contato. Vale dizer que só fui perceber que o casal de amigos de Paul, Arthur e Lauren, eram os protagonistas de E Se Fosse Verdade depois de finalizar a leitura, o que me ajudou a compreender o porquê de haver tantas referências a uma ajuda de Paul sobre o passado do casal que não são elucidadas ao longo da narrativa. Não é necessário de modo algum ler o romance de estreia do autor para ler esse outro livro; contudo, os que conheceram a obra que originou o filme estrelado por Reese Whiterspoon e Mark Ruffalo certamente terão um gostinho extra de satisfação ao reencontrar o casal nessa leitura.





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9 Respostas para "[Resenha] P.S. de Paris — Marc Levy"

Angela Cunha - 28, agosto 2019 às (07:52)

Ah, o filme!!!! rs Foi exatamente nele que pensei quando vi de quem era a resenha(deu até vontade rever e quem sabe não o faça?)
Mesmo sem ter lido muita coisa do autor, venho acompanhando o trabalho dele há um bom tempo e não vejo a hora de poder conferir não somente livro,mas também o anterior.
Acho que tudo que remete ao amor, a problemas que muitos casais enfrentam,já me atrai bastante.
Tá, sou meio avessa a isso de traições, mas sei lá, ao mesmo tempo, sou a favor demais do amor acontecendo, desta descoberta maravilhosa de sentimentos. Mas e a dor do outro? Ah sei lá.rs
Já quero o livro, aliás, os livros!
Beijo

Francine Cândido - 28, agosto 2019 às (08:51)

Eu fico toda empolgada com essa capa. Adoro ler um romance para dar aquela variada do que geralmente pego. Eu não assisti esse filme que você falou, mas agora, vou colocar na minha lista e de certeza aproveitar o final de semana com ele.
Ontem eu li As férias da Minha Vida e percebi que estava precisando de umas leituras leves, então, acho que vou pegar os romances da lista que tenho e comprar para a minha estante. <3 Obrigada pelas dicas, Aione <3

Anna Mendes - 29, agosto 2019 às (14:05)

Oi Aione!
Adorei a resenha!!
Nunca li nada desse autor, mas o conhecia pelos seus comentários de outros livros dele.
Tenho curiosidade de ler E Se Fosse Verdade, porque adoro o filme e já assisti várias vezes.
Fiquei com vontade de ler P.S. de Paris. Achei uma gracinha a capa do livro e gostei da premissa. Parece ser um romance leve e gostoso de ler!
Bjos!

Mirian Kely - 30, agosto 2019 às (06:11)

Gosto drmais do filme E Se Fosse Verdade, mas não tive oportunidade de ler ao livro. Eu queria poder me refugiar em Paris para espairecer um pouco também rs. Ps de Paris parece ser um livro que se pega um bom ritmo de leitura rápido, já que não se demora nas descrições. Vou adorar ler e reencontrar o casal Arthur e Lauren.

Scheila - 30, agosto 2019 às (11:38)

Ahhhh romancess.. É impossível não querer ler qualquer livro que seja desse gênero!
Amei a resenha e saber um pouquinho sobre Paul e Mia.. E com certeza quero ler o outro livro e ver o filme!
Fico pensando em como você consegue ler um livro de 256 páginas e algumas horaaaaaas, menina.. Mas como você sempre fala: Cada um em seu tempo ehehehe.
Obrigada por essa resenha!
Beijos

Rayane B. de Sá - 30, agosto 2019 às (17:29)

Oiii ❤ Eu amo “E se fosse verdade”, já assisti esse filme umas mil vezes na Sessão da Tarde. Deve ser incrível poder rever Lauren e Arthur novamente em P.S de Paris.
Essa parece uma obra bem fofa, leve e que nos deixa empolgados para ver como o relacionamento amoroso de Mia e Paul se desenvolverá e qual é o drama que os personagens enfrentarão.
Gosto bastante de alternância de ponto de vista, pois acho que isso ajuda o leitor a compreender melhor a história.
Estou bastante curiosa sobre essa obra, então, com certeza, vou querer fazer a sua leitura.
Beijos ❤

Elizete Silva - 30, agosto 2019 às (20:59)

Olá! Ainda não li nada do autor, mas em contrapartida amo o filme e já fiquei com aquela vontade de ir conferir o livro para começar esse e poder entender melhor as referencias nessa história, que alias parece ser bem amorzinho, daquelas que aquece nossos corações e até nos faz recorrer a nossa caixinha de lencinhos (risos).

Rayssa Bonai - 31, agosto 2019 às (09:41)

Olá! ♡ Acho essa capa uma graça, gosto do contraste entre o azul e o laranja.
Ainda não tive a oportunidade de ler E Se Fosse Verdade, mas já assisti o filme várias vezes. Adoro esse filme, a Reese Whiterspoon e o Mark Ruffalo fizeram um ótimo trabalho!
Tô curiosa para saber que situação inusitada é essa em que Mia e Paul se conhecem.
A leitura parece mesmo bem ágil e descontraída. Adorei que o autor não se demora nas descrições, pois quando isso acontece a leitura tende a ficar cansativa.
Ahhh, vai ser ótimo rever Lauren e Arthur!
Obrigada pela indicação! Beijos! ♡

Ana I. J. Mercury - 31, agosto 2019 às (22:32)

Oi Aione.
Achei pela sua resenha que é um livro bem fofo e gostosinho de ler, bem estilo sessão da tarde.
E claro, se passando em Paris é muito mais apaixonante! Rsrs
Os protagonistas parecem ser mais adultos, com dramas próprios da idade.
Vou querer ler!
Bjs

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