Título: Perto o bastante para tocar
Autor: Colleen Oakley
Editora: Bertrand Brasil
Número de Páginas: 350
Ano de Publicação: 2017
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Jubilee Jenkins é uma jovem com uma condição médica rara: ela é alérgica ao toque de outros humanos. Depois de uma humilhante experiência de quase morte na escola, Jubilee tornou-se uma reclusa, vivendo os últimos nove anos nos confins da pequena Nova Jersey, na casa que sua mãe deixou quando fugiu com um empresário de Long Island. Mas agora, sua mãe está morta, e, sem seu apoio financeiro, Jubilee é forçada a sair de casa e encarar o mundo do qual tem se escondido – e as pessoas que o habitam.
Uma dessas pessoa é Erik Keegan, um homem que acabou de se mudar para a cidade por causa de seu trabalho e que está lutando para descobrir como sua vida saiu dos livros. Até que um dia, ele conhece uma mulher misteriosa chamada Jubilee…
Colleen Oakley já havia me ganhado com Antes de Partir; em Perto O Bastante Para Tocar, a autora conseguiu superar minhas expectativas e fez do livro uma das minhas melhores leituras de 2017.
Jubilee Jenkins é portadora de uma rara condição médica: ela é alérgica à pele humana. Por isso, cresceu sem receber qualquer tipo de contato direto e, no final da adolescência, acabou se isolando dentro de casa, onde viveu reclusa pelos últimos nove anos. Contudo, com a morte de sua mãe, cessa também a mesada que sempre a sustentou, obrigando-a a sair de casa em busca de um novo emprego. É assim que ela acaba conhecendo Erik — cuja vida está bastante complicada desde seu divórcio, a briga com sua filha e as dificuldades na criação de Aja, seu filho adotivo —, o que faz com que ambos revejam muitos aspectos de suas próprias vidas.
A leitura de Perto O Bastante Para Tocar é deliciosa tanto pela maneira de como Colleen Oakley criou personagens tão cativantes quanto por sua narrativa extremamente envolvente. Em primeira pessoa, os capítulos se alternam de acordo com as perspectivas de Jubilee e Erik e, apesar de suas personalidades serem diferentes, a sensibilidade da escrita da autora é comum às duas vozes narrativas. Cada novo parágrafo me proporcionava um diferente encantamento; a autora trabalha primorosamente cada frase, mesclando com maestria os sentimentos das personagens às descrições e ações do enredo.
Perdi as contas de quantas vezes me peguei rindo ao longo da leitura para, logo depois, também me emocionar. Apesar de a condição médica de Jubilee ser fictícia, seus anseios não o são, e não demorei a me envolver com a personagem. Os problemas de Erik também o tornam próximos do leitor, assim como é impossível não se encantar por Aja que, mesmo não tendo sua voz narrativa na história, ainda assim teve suas próprias dificuldades muito bem expostas e trabalhadas. No resumo, as personagens de Perto O Bastante Para Tocar foram primorosamente bem construídas, o que contribui para que a história seja tão sensível como é, sobretudo por abordar tanto as temáticas das relações familiares.
Não bastasse a leitura ser emocionante por esses aspectos, ela conquista por como o romance é desenvolvido. Há sutileza e delicadeza na construção do romance, o que não o torna menos arrebatador. Quando dei por mim, estava completamente apaixonada por Jubilee e Erik, vivendo com eles cada nova descoberta do sentimento que sequer esperavam surgir. E o que, talvez, torne tudo ainda mais romântico entre eles foi a dose de realidade com que Colleen Oakley concluiu a trama. O final de Perto O Bastante Para Tocar foi um dos mais agridoces que já pude ler em um romance, que me fez rir e chorar de soluçar ao mesmo tempo, em um misto de tristeza e alegria.
Poderia dizer que Perto O Bastante Para Tocar me conquistou por sua escrita encantadora, por suas personagens bem desenvolvidas ou por trazer em seu enredo a literatura tão em evidência, o que resulta em diversas obras sendo mencionadas e refletidas pelas personagens ao longo da trama. Porém, nada disso seria capaz de expressar a dimensão com que esse livro tão perto me tocou. Cada uma das minhas lágrimas e risadas despertadas pela leitura continham em si uma pureza sem igual; eram alegria, melancolia, dor e amor que saíam das páginas, percorriam pelo meu corpo e, então, retornavam ao mundo. Fazer essa leitura foi uma experiência de relaxamento e entretenimento, mas também de extrema conexão — com as personagens ali descritas e comigo mesma.
Que resenha linda Aione, ainda não tive a oportunidade de ler nada da autora, mas já vou incluir esse livro nos desejados e espero poder lê-lo futuramente, eu amo história de amor e essa parece ser linda mesmo ao despertar tantos sentimentos, levar o leitor a rir e chorar. Imagino que essa seja uma leitura intensa e inesquecível *__*