[Livros Na Telona] Millennium || Os Homens Que Não Amavam As Mulheres - Stieg Larsson - Minha Vida Literária
Minha Vida Literária
02

dez
2015

[Livros Na Telona] Millennium || Os Homens Que Não Amavam As Mulheres – Stieg Larsson

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Foto: Divulgação

Sobre o Livro

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Título: Os Homens Que Não Amavam As Mulheres
Autor: Stieg Larsson
Editora: Companhia das Letras
Número de Páginas: 522
Ano de Publicação: 2008
Skoob: Adicione
Orelha de Livro: Adicione
Compare e Compre: Amazon ♦ Americanas ♦ FnacSaraiva ♦ SubmarinoTravessa

Já datava de muito tempo meu interesse pela leitura da trilogia Millennium, que recentemente se tornou uma série com a publicação de A Garota Na Teia de Aranha, quarto volume escrito por David Lagercrantz, já que Stieg Larsson, autor dos três primeiros livros, faleceu em 2004. Assim, finalmente pude ler Os homens que não amavam as mulheres e agora já me sinto extremamente ansiosa pela leitura dos próximos livros.

Mikael Blomkvist é editor e co-fundador da revista Millennium, e acaba de ser processado por difamação, por conta de uma reportagem-denúncia escrita por ele que acabou se revelando infundada em suas denúncias. Prestes a cumprir uma breve pena na prisão e após ter preferido se afastar de seu cargo na revista, ele é misteriosamente contratado por Henrik Vanger, diretor de uma das empresas mais influentes da Suécia, para resolver um misterioso caso de desaparecimento e assassinato em sua família, há cerca de 40 anos. Durante sua investigação, Mikael acaba conhecendo Lisbeth Salander, uma anti-social e incrível pesquisadora que acaba por ajudá-lo em sua busca.

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Se tive algum tipo de impasse ou bloqueio com a leitura, ele durou apenas o primeiro capítulo, muito voltado às atividades econômicas da Suécia e ao escândalo que Blomkvist se envolve. Contudo, logo fui completamente tragada pelas páginas da trama, sem sentir vontade alguma de abandonar a leitura. Não apenas a escrita de Larsson é envolvente e convidativa como o enredo criado por ele é cativante, a ponto de conquistar o leitor e prendê-lo a ele. A cada nova pista e desdobramento dos fatos, minha vontade em terminar a leitura redobrava, e fui me tornando cada vez mais ávida pelas revelações.

De certa forma, não me senti muito surpresa pela maioria das descobertas ligadas ao caso investigado por Blomkvist e Salander, visto que consegui imaginar boa parte das resoluções. Contudo, a maneira de como elas se dão foi muito prazerosa de se acompanhar, algo que me fez admirar demais toda a trama desenvolvida por Larsson. Ainda, fiquei surpresa com o nível de detalhamento presente em toda a história, desde o escândalo enfrentado pelo jornalista até o caso investigado por ele a mando de Henrir Vanger. Sem dúvida alguma, o autor fez um excelente trabalho ao criar a história, e não consigo imaginá-la mais completa do que já é.

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Ainda, a temática que, de certa forma, é abordada pelo enredo é de extrema importância e relevância, além de atual independentemente do país em questão: a violência contra a mulher. A cada divisão das partes da história, há um diferente dado estatístico sobre crimes cometidos contra as mulheres, e eles, infelizmente, não divergem da própria realidade brasileira. É compreensível a presença desse tema (além de outros, como as próprias denúncias de Blomkvist) na história, visto que Larsson foi um dos jornalistas e ativistas políticos mais influentes de seu país, tendo tido notável atuação na luta pelos direitos humanos na Suécia.

Embora Os Homens Que Não Amavam As Mulheres seja um livro bastante denso de conteúdo e significativamente longo, não senti peso algum durante a leitura; ao contrário, ela foi extremamente prazerosa, dentro de obras do gênero, e só me deixou ainda mais interessada em continuar lendo os demais livros da série. Sem dúvida alguma, livro muito mais do que recomendado aos fãs de thrillers policiais.

 

Sobre os Filmes

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São duas as adaptações cinematográficas que a obra de Stieg Larsson recebeu: a sueca, de 2009, dirigida por Niels Arden Oplev; e a americana, de 2011, dirigida por David Fincher, mesmo diretor de sucessos como Seven: Os Sete Crimes Capitais (1995) e as também adaptações O Clube da Luta (1999) Garota Exemplar (2014).

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Ambas adaptações, embora fieis ao livro, são bastante diferentes entre si, isso porque cada uma trabalhou com os acontecimentos originais a sua própria maneira. Uma das maiores diferenças, em minha visão, inclusive, se deu no que diz respeito à personalidade de Mikael Blomkvist: enquanto o de Michael Nyqvist trouxe um Blomkvist mais próximo ao que enxerguei do personagem no livro, o de Daniel Craig carrega consigo um ar maior de agressividade que, para mim, não fazia parte das características do jornalista. Sendo assim, preferi o sueco ao americano nesse quesito.

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Já ambas Lisbeth Salander estiveram extremamente próximas da criada por Larsson, o que garantiu um excelente trabalho tanto de Noomi Rapace quanto de Rooney Mara. A diferença, a meu ver, está no foco pessoal maior que a personagem recebeu sobre sua vida na versão sueca do que na americana.

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Sobre as tramas, como mencionado, ambas conseguiram ser fieis, mas carregam diferenças entre si e também divergências com relação à obra original. A versão sueca realizou algumas alterações principalmente no que se refere ao desdobramento do caso investigado por Mikael e Lisbeth, modificando a maneira de como acontecem no livro e ocultando alguns outros detalhes. Além disso, o caso Werneström no qual Mikael se envolveu também foi pouco abordado nessa versão. Apesar disso, como a versão sueca eliminou detalhes originais, ela pôde se aprofundar mais naqueles tratados, conferindo cenas mais longas e mais detalhadas, capazes de despertar uma maior sensação de suspense.

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A versão americana, por sua vez, é marcada por uma maior agilidade. As cenas são mais rápidas, há mais ação entre elas, principalmente porque um número maior de detalhes do livro foi incluído aqui. Dessa maneira, o enredo se desenvolve de forma mais próxima do original, ainda que também conserve pequenas modificações e tenha encoberto alguns outros pontos. A maior diferença com relação ao livro, contudo, se deu justamente na revelação final do caso investigado por Mikael e Lisbeth: os desenrolares são bastante fieis até a descoberta final, que, embora aconteça de forma diferente da original, manteve-se em sua essência. Assim, achei interessante a escolha feita pelo filme.

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De modo geral, gostei de ambas adaptações, ainda que cada uma traga diferentes aspectos consigo. Os dois filmes são bons exemplares de tramas policiais e, acredito, trouxeram o máximo possível do livro. Ainda assim, considero ambos como bons complementos à leitura, visto que o talento de Stieg Larsson foi além da história por ele criada, sendo encontrado na maneira de como desenvolveu sua trama e em todos os detalhes engenhosamente por ele inseridos. E esse aspecto, por mais habilidosos que fossem os responsáveis pelas adaptações, jamais seria possível de ser captado em uma releitura para os cinemas.

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Assista aos Trailers!

 

 





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17 Respostas para "[Livros Na Telona] Millennium || Os Homens Que Não Amavam As Mulheres – Stieg Larsson"

Maria Alves - 02, dezembro 2015 às (20:51)

Ainda não li os livros e nem assisti o filme. Mas o tema abordado em relação a violência contra a mulher é muito importante e infelizmente existe até hoje. Deve ser mesmo uma historia com uma trama bem envolvente, que só conseguimos parar quando termina rs.

Juliana Mattos - 02, dezembro 2015 às (21:13)

Nunca tive vontade de ler essa trilogia (que não é mais trilogia rs). Achei que seria uma leitura não só densa, mas pesada também. Confesso que agora que li tua resenha tô reconsiderando… OU talvez dê uma chance ao menos aos filmes, já que são boas adaptações!! ;*

rayane colomes - 03, dezembro 2015 às (09:58)

tem mto tempo que tenho vontade de ler este livro.. porem sempre me disseram que era uma leitura mto densa e pesada. porem voce me fez ver de outra forma e quero sim ler o livro e ver os dois filmes. amo thrillers policiais e investigações.. acho mto legal mesmo… embora eu ja saiba do final por spoilers quero mto ler!ahahahh bom saber que nao eh taaao pesado quanto eu pensava a leitura.

Jéssica Fernanda - 03, dezembro 2015 às (12:40)

Não sabia que já tinha filme x.x
O que dizer dessas trilogias que estão virando series? kkk nunca acabam e nossa ansiedade pelo próximo vai a mil!

Larissa Oliveira - 03, dezembro 2015 às (14:19)

Caraaamba, não vejo a hora de ler essa trilogia. Acho que ainda não li nenhum comentário negativo sobre as obras. Achei bacana demais essa postagem, comparando livro/filme. Ficou melhor ainda com sua opinião sobre as diferenças entre as duas adaptações. Sem dúvida vou querer assistir as 2 também, mas antes preciso me apressar com a leitura do livro kk.

rudynalva - 04, dezembro 2015 às (14:00)

Aione!
Muito boa sua análise!
Já assisti as duas versões cinematográficas, mas infelizmente não tive oportunidade de ler o livro e quero muito para poder comparar.
“Temos o destino que merecemos. O nosso destino está de acordo com os nossos méritos.” (Albert Einstein)
cheirinhos
Rudy
http://rudynalva-alegriadevivereamaroquebom.blogspot.com.br/
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Rhoana Lersch - 04, dezembro 2015 às (14:33)

Só assisti os filmes, mas os livros parecem ser muito envolventes e quero lê-los logo, creio que essa temática é muito relevante e deveria ser um livro lido em muitos âmbitos mesmo sendo conhecida como uma leitura densa ler sobre a violência contra as mulheres nunca deve ser desconsiderado, vou providenciar os livros o mais rápido possível, amei o post!

Suzzy Chiu - 07, dezembro 2015 às (15:55)

Essa série é tao famosa, sou doida pra ler, mas ainda nao tive tempo nem grana pra comprar, hehe.
Nao sabia que tinha uma adaptação e animei de assistir ate mesmo antes de ler, nao ligo pra ver o filme e depois ler.
Ele ser pesado e tenso me anima mais, ainda mais que tem todo um misterio por tras e a trama é mto bem amarrada e bem pensada.
Ainda vou ler todos!
Beijos

♥ Blog Livros e Sushi ♥
https://livrosesushi.wordpress.com/

Luisa Fernandes - 07, dezembro 2015 às (17:34)

Não li nenhum livro da série pois não tive o interesse e o filme também não me chamou a atenção, não faz muito meu estilo.

Fernanda Martins - 08, dezembro 2015 às (19:48)

Oi Aione, que legal tomara que o filme seja igual ao livro com certeza vou assistir bjs.

Lara Cardoso - 10, dezembro 2015 às (17:38)

Ainda ainda não tive a oportunidade de ler a trilogia, vi o filme pela primeira vez no começo do ano passado, e posso dizer que é meu filme preferido da atualidade junto aos filmes; “Remember me & The Social Network”, essa coisa de justiça a qualquer preço me fascina!
A trilha sonora com o vocalista da banda Nine Inch Nails é simplesmente maravilhoso, e sobre o filme eu sei que são duas versões, a que tem a Rooney Mara eu acho perfeita e a outra versão eu detesto!

Jessica Lisboa - 21, dezembro 2015 às (21:53)

ADORO!! Prefiro a versão sueca, da mais a proximidade ao livro. A cena dela no quarto com o estuprador É FODASTICAMENTO IGUAL! Deu vontade de assistir.

Crislane Barbosa - 25, dezembro 2015 às (19:10)

Oi!
Nunca tinha me interessado em ler os livros, até que assisti o filme americano. Adorei. A trama é bem rápida, mas bastante movimentada.
Então fiquei curiosa para ver a versão sueca, já que nela tem os três filmes. Confesso que não curti tanto quanto a versão americanas, mas ainda assim foram válidas.
Agora tenho bastante vontade de ler os livros, só falta ganhá-los. rsrsrs…

Beijão!

Patricia Moreira - 28, dezembro 2015 às (00:56)

Oi Aione!
Quero muito ler a trilogia, mas sempre acabo deixando pra lá porque algum lançamento recente me chama mais a atenção.
Já vi várias pessoas falando que a versão sueca realmente é melhor, embora a americana tenha suas qualidades. Quando ler o livro pretendo assistir ambas pra ter uma ideia melhor.

suzana cariri - 28, dezembro 2015 às (14:41)

Oi!
Não conhecia essa serie Millennium recentemente que ouvi falar dele e também não sabia dessa mudança de escritor mas pela resenha achei essa serie bem interessante e também fiquei com vontade de assistir ao filme o trailer está muito legal !!

Liliane Furtado - 30, dezembro 2015 às (14:50)

Ahhhhhhhhhhhhhhhhhh que bom que gostou
Eu adoro essa trilogia,já viu que tem aquele 4º volume?
Estou receosa em ler,enfim espero sua opinião sobre ele.
Bjs

Patrini Viero - 31, dezembro 2015 às (15:46)

Assisti a adaptação sueca meio que por acaso, antes mesmo de saber que ela era baseada em um livro. Gostei muito da trama, principalmente porque ela mistura várias histórias dentro de um mesmo enredo, chegando a um desfecho que, por mais esperado que fosse, conseguiu me envolver e surpreender. Eu adorei a ambientação do longa e também a construção dos personagens, bastante definidas e até um pouco caricatas. Enfim, acho que vale a pena a leitura e pretendo assistir a outra versão do filme também.

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