Olive Smith, aluna do doutorado em Biologia da Universidade Stanford, acredita na ciência – não em algo incontrolável como o amor.
Depois de sair algumas vezes com Jeremy, ela percebe que sua melhor amiga gosta dele e decide juntá-los. Para mostrar que está feliz com essa escolha, Olive precisa ser convincente: afinal, cientistas exigem provas.
Sem muitas opções, ela resolve inventar um namoro de mentira e, num momento de pânico, beija o primeiro homem que vê pela frente.
O problema é que esse homem é Adam Carlsen, um jovem professor de prestígio – conhecido por levar os alunos às lágrimas. Por isso, Olive fica chocada quando o tirano dos laboratórios concorda em levar adiante a farsa e fingir ser seu namorado.
De repente, seu pequeno experimento parece perigosamente próximo da combustão e aquela pequena possibilidade científica, que era apenas uma hipótese sobre o amor, transforma-se em algo totalmente inesperado.
Ficha Técnica
Título: A Hipótese do Amor
Título original: The Love Hypothesis
Autor: Ali Hazelwood
Tradução: Thaís Britto
Editora: Arqueiro
Número de Páginas: 336
Ano de Publicação: 2022
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Resenha: A Hipótese do Amor
A Hipótese do Amor é o romance de estreia de Ali Hazelwood. Fenômeno do TikTok que começou como uma fanfic de Star Wars, foi publicado no Brasil pela editora Arqueiro e teve tradução de Thaís Britto.
Olive é doutoranda em Biologia, focada em conseguir uma bolsa para seu estudo de prevenção ao câncer de pâncreas. Por seu histórico de vida solitário, é muito leal aos amigos. Exatamente por isso, quando sua melhor amiga se interessa pelo ex-namorado de Olive, mas teme magoá-la, Olive não pensa duas vezes antes de fingir que tem um novo namorado para deixar a amiga confortável em seguir em frente. O choque de Olive acontece quando Adam, professor conhecido por ser carrasco com os alunos, aceita participar da farsa e ser o namorado de mentira dela.
Minhas expectativas por A Hipótese do Amor estavam altíssimas devido à quantidade de elogios e burburinho ao redor da obra — e não me decepcionei em nada. Ao contrário, o romance foi uma das leituras mais gostosas que fiz nos últimos tempos. Em terceira pessoa, é narrado pela perspectiva de Olive, e a escrita de Ali Hazelwood, além de fluida, é muito bem humorada, me proporcionando várias risadas ao longo da leitura. Ainda, a maior parte das piadas envolvem o universo acadêmico, sendo, portanto, muito inteligentes e peculiares. Por fim, a ambientação no meio possibilitou a importante discussão do machismo nele existente, que vai desde o pouco espaço ou reconhecimento da participação feminina até graves situações de assédio.
A autora, também, trabalha bem sua protagonista e os conflitos da trama, sem se estender demais nas situações nem criar dramas desnecessários. O passado de Olive é apresentado na medida certa para termos empatia por ela, mas sem um aprofundamento intenso a ponto de A Hipótese do Amor deixar de ser leve e divertido. A protagonista, aliás, é encantadora por suas fragilidades e sobretudo por sua força. Olive, embora precise de apoio em muitos momentos — como qualquer pessoa — também toma as rédeas das situações em que está envolvida, não precisando ser salva. Adorei os personagens secundários, tanto pelos diálogos espirituosos que proporcionam quanto pela maneira de como contribuem no desenvolvimento da história. A autora podia ter escolhido caminhos mais óbvios e dramáticos, que aumentassem a tensão do romance, mas prezou pelo fortalecimento dos laços de amizade — o que me agradou demais.
O romance é daqueles de nos deixar presos às páginas, torcendo por mais. Talvez, um dos pontos mais acertados de Ali Hazelwood foi ter construído a imagem de Adam em oposição ao que é dito sobre ele: seu rigor acadêmico, muitas vezes brusco, versus à visível gentileza no trato com Olive. Apesar do aparente clichê do mocinho grosseiro, não é essa a verdade. Adam é sim rigoroso, mas não babaca, e foi impossível não me encantar por ele. Também, as cenas de tensão sexual e cenas sensuais são muito bem desenvolvidas, de maneira a nos fazer sentir as emoções dos personagens.
Terminei A Hipótese do Amor com um sorriso no rosto e singelas lágrimas de emoção, de tão envolvida que estava com a leitura e de tão fofo achei tudo que li. Vale dizer que Ali Hazelwood traz importantes representatividades LGBTQIA+, como o protagonismo demissexual, de maneira muito natural na construção geral das personagens. Certamente estou curiosa por A razão do amor, outro romance da autora também ambientado no meio acadêmico. E, para matar o gostinho de “quero mais”, está disponível para download gratuito o capítulo extra narrado pela perspectiva de Adam.
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