Sobre o Livro: A Mulher na Janela
Título: A Mulher na Janela
Título original: The woman in the window
Autor: A. J. Finn
Tradutor: Marcelo Mendes
Editora: Arqueiro
Número de Páginas: 352
Ano de Publicação: 2018
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“O que mais se destacou em A mulher na janela para mim foi a atenção de A.J. Finn aos detalhes: a trama é extremamente bem construída. Nada do que é colocado no enredo ou na narrativa aparece por acaso, tudo tem um propósito — seja para conectar acontecimentos entre si, seja para atribuir camadas interpretativas à leitura. O trabalho feito aqui pelo autor é nitidamente o de alguém que conhece com profundidade a estrutura de uma obra, conhecimento esse muito provavelmente advindo de sua função de crítico; ao analisar leituras, passa-se a compreendê-las em todos seus níveis.”
Trecho da resenha, postada em 2018. Acesse aqui para lê-la na íntegra!
Sobre o Filme
Com um elenco de peso, a adaptação de A Mulher na Janela conta com Amy Adams no papel principal e com a participação de artistas renomados como Gary Oldman e Julianne Moore. O longa, aliás, foca bastante em Anna Fox, fazendo com que a atuação de Amy Adams seja o destaque da produção.
Não há nenhuma grande alteração no roteiro no sentido de modificar acontecimentos do livro. Porém, o filme não funciona como adaptação e, talvez, não se sustente nem ao menos como filme, desvinculado da obra de origem.
No livro de A.J. Finn, há um desenvolvimento cuidadoso dos elementos que criam tensão na história e que levam às reviravoltas, certamente impactantes. O filme, por sua vez, falha nessa construção, seja por pouco explorar os elementos necessários ao suspense, seja por atuações que entregam o mistério. A relação entre Anna e Ethan, tão importante no enredo, quase não foi desenvolvida no filme, assim como o passado da protagonista mal tem impacto nas telas.
Também, Anna é fã de filmes antigos, o que fez com que fossem incluídos entre as cenas efeitos especiais com elementos dessas histórias. Apesar da ideia ser interessante, o resultado final foi estranho, no mínimo, causando reações provavelmente opostas ao desejado.
Se eu comecei a assistir interessada e sentindo que havia um bom alinhamento entre livro e filme — e mais importante, que ele funcionaria por si só —, fui ficando mais e mais decepcionada ao passar dos minutos. Amy Adams é ótima e foi o que mais me agradou na produção, mas o filme corre com os elementos e perde sua força ao trabalhar mal o suspense, a principal característica de A Mulher na Janela. Ainda que o enredo em si não seja muito diferente do livro e traga uma boa história, a narrativa da adaptação deixou a desejar. Vi o filme antes de ler qualquer comentário a respeito nas redes, mas não me surpreendi, depois, com as pouquíssimas manifestações positivas de quem gostou, encontrando uma esmagadora maioria de opiniões de quem, como eu, se decepcionou independentemente de ter lido ou não a obra de A. J. Finn.
