[Resenha] O Jogo do (Amor) Ódio — Sally Thorne - Minha Vida Literária
Minha Vida Literária
24

mar
2021

[Resenha] O Jogo do (Amor) Ódio — Sally Thorne

Lucy Hutton e Joshua Templeman se odeiam. Não é desgostar. Não é tolerar. É odiar. E eles não têm nenhum problema em demonstrar esses sentimentos em uma série de manobras ritualísticas passivo-agressivas enquanto permanecem sentados um diante do outro, trabalhando como assistentes executivos de uma editora. Lucy não consegue entender a abordagem apática, rígida e meticulosa que Joshua adota ao realizar seu trabalho. Ele, por sua vez, vive desorientado com as roupas coloridas de Lucy, suas excentricidades e seu jeitinho Poliana de levar a vida. Diante da possibilidade de uma promoção, os dois travam uma guerra de egos e Lucy não recua quando o jogo final pode lhe custar o trabalho de seus sonhos. Enquanto isso, a tensão entre o casal segue fervendo, e agora a moça se dá conta de que talvez não sinta ódio por Joshua. E talvez ele também não sinta ódio por Lucy. Ou talvez esse seja só mais um jogo.

 

Ficha Técnica

Título: O Jogo do Amor Ódio
Título original: The Hating Game
Autor: Sally Thorne
Tradução: Mauricio Tamboni
Editora: Universo dos Livros
Número de Páginas: 400
Ano de Publicação: 2017
Skoob: Adicione
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Resenha: O Jogo do Amor Ódio

O Jogo do Amor Ódio, de Sally Thorne, foi um dos dez finalistas da categoria Romance de Estreia do Goodreads Choice Awards em 2016 e será adaptado para os cinemas com Lucy Hale e Austin Stowell nos papéis principais. Publicado no Brasil pela Editora Universo dos Livros, atualmente está disponível para aquisição apenas em eBook. 

Lucy e Josh se odeiam. Assistentes dos sócios-diretores de uma editora, passam o dia em interações passivo-agressivas um com o outro. Quando a oportunidade de uma promoção aparece, a competição entre os dois se torna ainda mais acirrada — assim como a tensão entre eles, que talvez não seja movida apenas pelo ódio.

O Jogo do Amor Ódio me proporcionou uma leitura divertida e deliciosa. Apesar da intriga entre Lucy e Josh ser bastante imatura, me deixei levar pelo aspecto divertido da história e acabei por adorar a dinâmica entre os dois. A tensão sexual que existe entre eles é perceptível desde o início, o que nos joga em uma atmosfera sensual e nos faz torcer para que enfim fiquem juntos. Foram muitas as passagens em que senti frio na barriga junto de Lucy, que narra a história, principalmente quando ela passa a compreender melhor suas emoções por Josh. Também, quando eles assumem o flerte, as provocações passam a ser diretas e abertamente sexuais, outro ponto que me fez adorar o romance e me divertir com ele.

A narrativa em primeira pessoa, embora leve e fluida, tem também seus traços de confusão. Há passagens com informações um pouco truncadas pelo estilo de escrita de Sally Thorne, assim como a edição em português apresenta alguns erros de revisão, sobretudo na sinalização de diálogos e em palavras excedentes ou ausentes. Há, também, trechos que indicam problemas de tradução. Porém, algo que gostei no estilo da autora é o uso de muitas cores na narrativa, especialmente por indicarem a percepção de Lucy sobre Josh, já que ele tem um sistema de camisas coloridas diferentes para cada dia da semana.

O livro não é perfeito. A personalidade de Josh, descrita como de alguém extremamente grosseiro, não ficou tão evidente para mim — ele me pareceu tão provocativo quanto Lucy —, e, mesmo se tivesse ficado, tenho meus receios com protagonistas masculinos desprezíveis, que demandam esforço para demonstrar seu lado positivo. Além disso, algumas revelações finais sobre o interesse dele por Lucy são bem obsessivas, mas romantizadas. Temos, ainda, uma repetição marcante sobre a estatura de Lucy, e um final que não entrega todas as expectativas construídas ao longo do enredo, deixando a desejar nesse sentido. Porém, apesar dos problemas, O Jogo do Amor Ódio me conquistou por ter sido tão envolvente a ponto de a boa sensação que a leitura me proporcionou ter superado os incômodos.

Para quem procura uma leitura para relaxar, dar risada e — por que não? — sentir as emoções de uma paixão crescente, O Jogo do Amor Ódio é uma ótima opção. O fato do livro trazer como pano de fundo o mundo editorial é um acréscimo a quem se interessa pela área, embora ele não explore tanto esse aspecto — algo que eu gostaria de ter visto com mais presença no enredo.





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Uma resposta para "[Resenha] O Jogo do (Amor) Ódio — Sally Thorne"

Manuella - 27, julho 2022 às (14:36)

oiee, eu li o livro e achei muito fofo. Amei ele, é super lindo, bem romântico, não gosto de livro assim, mas esse é perfeitoo!!

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