Cora é uma jovem escrava em uma plantação de algodão na Georgia. A vida é infernal para todos os escravos, mas especialmente terrível para Cora. Uma pária até entre outros africanos, ela está chegando à maturidade, que a tornará vítima de dores ainda maiores. Quando um recém-chegado da Virgínia, Caesar, revela uma rota de fuga chamada, a ferrovia subterrânea, ambos decidem escapar de seus algozes. Mas nada sai como planejado. Cora e Caesar sabem que estão sendo caçados: a qualquer momento podem ser levados de volta a uma existência terrível sem liberdade.
Ficha Técnica
Título: The Underground Railroad: Os Caminhos Para a Liberdade
Título original: The Underground Railroad
Autor: Colson Whitehead
Tradução: Caroline Chang
Editora: HarperCollins
Número de Páginas: 320
Ano de Publicação: 2017
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Resenha: The Underground Railroad
The Underground Railroad: Os Caminhos Para a Liberdade é uma obra que coleciona prêmios e reconhecimento. Vencedor do Pulitzer 2017 e escolhido para o clube da Oprah, Colson Whitehead é autor de mais sete romances, tendo recebido pela sua última publicação, O Reformatório Nickel, o Pulitzer 2020.
Cora, uma jovem escrava na plantação de algodão no estado da Georgia, vive uma vida infernal, compartilhada por todos os escravos. Considerada uma pária entre africanos, ela chega à maturidade passando por dores cada vez maiores. Até que conhece Caesar, um recém-chegado que lhe revela as rotas de fuga chamadas de ferrovia subterrânea, lugar que lhes promete a liberdade. A fuga planejada cai por terra quando Cora e Caesar começam a ser caçados e o medo de serem levados de volta para aquela existência horrível lhes assombra.
Perseverança. É o que vemos na trajetória de Cora, uma jovem mulher buscando por sua liberdade em meio a uma vida de servidão. Colson trabalha bem essa dificuldade ao longo de todo o livro, pontuando situações que são ainda mais cruéis pela noção de serem puramente em decorrência do racismo — algo que reverbera até hoje. Esse é um dos motivos que me faz recomendar o livro, pois conseguimos sentir nas entranhas uma discussão que até hoje muitas pessoas negam. Uma leitura pesada, que nos força a parar e respirar.
A abordagem de muitos contextos históricos, visto que se passa nos EUA na época em que ainda havia escravidão na parte sul do país, consegue nos dar uma aula. Colson aborda um tema que eu desconhecia, como por exemplo as rotas utilizadas para fuga pelos escravos africanos, as underground railroads, apontando como funcionavam os abrigos secretos, além da ajuda de pessoas abolicionistas que se arriscavam para atravessar os escravos até a parte Canadense ou ao norte do país. Sendo uma amante de livros históricos, não poderia ter amado mais todo esse conhecimento disponível e detalhado.
Cora é uma protagonista intensa, capaz de trazer um lema que nós usamos muito hoje, o que cria esse laço de intimidade. “Siga em frente” ou “Não desista” são palavras importantes no dia a dia e que refletem cada situação que ela passa. Momentos de queda, de dor, mas nunca de desistência. Foi um livro repleto de ensinamentos, mas principalmente de reflexão sobre o significado de uma mulher negra resistir à escravidão e ao racismo.
Concluí a leitura como uma pessoa mais consciente sobre o significado da #blacklivesmatter, por essa razão indico The Underground Railroad: Os Caminhos Para a Liberdade não apenas por seus prêmios, sua transparência ou pelo belo trabalho textual, mas como uma obra memorável e atemporal de luta contra o racismo. Todos devemos ler.
Esse livro que foi enviado pela tag quando eu ainda não era associada… com essa resenha fiquei numa tentação … liberdade sempre vai ser uma questão , hoje em dia mudou as formas mas eu me questiono muito sobre isso.