Título: Viva Para Contar
Título original: Live To Tell
Autor: Lisa Gardner
Tradutor: Ivar Panozzolo Júnior
Editora: Novo Conceito
Número de Páginas: 480
Data de Publicação: 2012
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Em uma noite quente de verão, em um bairro de classe média de Boston, um crime inimaginável foi cometido: quatro membros da mesma família foram brutalmente assassinados. O pai — e possível suspeito — agora está internado na UTI de um hospital, entre a vida e a morte. Seria um caso de assassinato seguido por tentativa de suicídio? Ou algo pior? D. D. Warren, investigadora veterana do departamento de polícia, tem certeza de uma coisa: há mais elementos neste caso do que indica o exame preliminar.
Danielle Burton é uma sobrevivente, uma enfermeira dedicada cujo propósito na vida é ajudar crianças internadas na ala psiquiátrica de um hospital. Mas ela ainda é assombrada por uma tragédia familiar que destruiu sua vida no passado. Quase 25 anos depois do ocorrido, quando D. D. Warren e seu parceiro aparecem no hospital, Danielle imediatamente percebe: vai acontecer tudo de novo.
Victoria Oliver, uma dedicada mãe de família, tem dificuldades para lembrar exatamente o que é ter uma vida normal. Mas fará qualquer coisa para garantir que seu filho consiga ter uma infância tranquila. Ela o amará, independentemente do que aconteça. Irá protegê-lo e lhe dar carinho. Mesmo que a ameaça venha de dentro da sua própria casa.
Na obra de suspense mais emocionante de Lisa Gardner, autora best-seller do The New York Times, a vida dessa três mulheres se desdobra e se conecta de maneiras inesperadas. Pecados do passado são revelados e segredos assustadores mostram a força que os laços de família podem ter. Às vezes, os crimes mais devastadores são aqueles que acontecem mais perto de nós.
Viva Para Contar é o quarto volume da série policial D.D. Warren de Lisa Gardner, na qual, em cada livro, é narrado um diferente caso investigado pela sargento que dá nome à coleção. Dessa maneira, os livros podem ser lidos de maneira independente, ainda que haja uma evolução na história pessoal da protagonista. No Brasil, a editora Novo Conceito publicou, além desse, Esconda-se e Sangue na Neve, segundo e quinto volumes, respectivamente.
Danielle foi a única sobrevivente de uma tragédia familiar: seu pai matou a esposa e os dois filhos mais velhos antes de se suicidar. Agora, adulta e enfermeira psiquiátrica em uma ala infantil especializada, convive com o passado obscuro e com a pergunta constante do porquê de ter sido a única poupada. Então, quando duas famílias são assassinadas em condições semelhantes, a sargento D.D. Warren chega ao hospital onde Danielle trabalha, deixando-a com sensação de que a história está se repetindo. Paralelamente, Victoria é uma mãe dedicada cuja vida foi consumida pelos cuidados ao seu filho Evan.
Viva Para Contar é aquele tipo de livro capaz de fisgar na primeira página. A narrativa de Lisa Gardner, além de fluida e recheada de impacto, constrói muito bem a tensão, além de conseguir envolver pela dose certa de detalhes que colocam o leitor dentro da história. Aqui, temos as narrativas em primeira pessoa pela perspectiva de Danielle e Victoria — capazes de contribuir com as cenas mais eletrizantes e chocantes — e em terceira pessoa pela visão de D.D. Warren, o que confere um distanciamento, condizente com sua função, necessário e mais objetivo ao leitor, uma vez que as demais passagens são carregadas de emoção.
Em termos gerais, o caso policial é bem desenvolvido, amarrando as pistas deixadas ao longo do enredo e conseguindo manter o suspense até o fim. Há reviravoltas que tornam a leitura ainda mais ágil ao final e a conclusão é bastante satisfatória, oferecendo, também, uma merecida finalização às protagonistas. Comecei a leitura sedenta por um bom thriller policial e Viva Para Contar atendeu com louvor minhas expectativas.
Contudo, o que mais me fez gostar da obra de Lisa Gardner foi sua forte carga de humanidade. Mais do que a história de crimes, esse é um livro a respeito de transtornos mentais infantis, abordando todas as dificuldades envolvidas nesses casos — para as crianças e para os pais —, além das parcas possibilidades de tratamentos. Há cenas viscerais, que pedem ao leitor que respire fundo para prosseguir, e a autora foi muito feliz pela maneira sensível com que construiu as passagens, personagens e situações. Certamente, finalizei a leitura com uma visão diferente da que eu tinha antes de iniciá-la.
Sem dúvida alguma, Viva Para Contar foi meu livro favorito de Lisa Gardner, seja pela leitura voraz que me proporcionou, seja pelas temáticas abordadas. Um livro que recomendo aos fãs do gênero e aos que desejam conhecê-lo, mas com o lembrete de que há cenas um tanto quanto pesadas — e não me refiro às cenas dos crimes, algo esperado em thrillers policiais — e com potenciais gatilhos para situações de violência e abuso físicos.
Quando vc falou dele recentemente em outro vídeo já me deixou interessada por essa carga de triller psicológico … por vc falar que é pesado me instiga… essa carga psicológica me fascina.?
Mas fico chateada com essas editoras que trazem a série aos pedaços , estou tomando pavor de iniciar séries… até desânimo pq eu tenho séries parada pq as editoras nem tem previsão se um dia vai lançar … mas vou deixar essa dica aqui para o futuro. ?