Título: Tempo de Regresso
Título original: Between Sisters
Autor: Kristin Hannah
Tradução: Mariana Serpa
Editora: Arqueiro
Número de Páginas: 336
Ano de Publicação: 2019
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Meghann Dontess é uma mulher atormentada pela tristeza e pela solidão, e não consegue lidar com a difícil decisão que tomou na adolescência e que a fez perder tudo, inclusive o amor da irmã. Advogada de sucesso, trabalhando com divórcios, ela não acredita em relacionamentos – até que conhece o único homem capaz de fazê-la mudar de ideia.
Claire Cavenaugh está apaixonada pela primeira vez na vida. Conforme seu casamento se aproxima, ela se prepara para encarar a irmã mais velha, sempre tão dura e arrogante. Reunidas após duas décadas, essas duas mulheres que pensam não ter nada em comum vão tentar se tornar algo que nunca foram: uma família.
Sensível e divertido,Tempo de Regresso fala sobre os erros que cometemos por amor e as dores e as delícias que apenas irmãs podem compartilhar.
Kristin Hannah considera Tempo de Regresso o romance que foi um ponto de virada em sua carreira como escritora. Originalmente publicado em 2003, o livro lançado em 2019 pela Arqueiro traz como centro a história de duas irmãs, tendo sido a primeira vez que a autora colocou colocou mulheres como foco da narrativa, a despeito de suas ligações românticas com homens — e esse padrão passou a acompanhar suas obras futuras.
Meghann tem uma carreira de sucesso, mas vive de maneira solitária, sem conseguir abandonar os traumas de sua infância complicada e da escolha, feita quando adolescente, que a separou de vez da irmã mais nova, sua até então melhor amiga. Mais de duas décadas depois, ela acaba retornando à cidade natal para o casamento de Claire, que está apaixonada pela primeira vez na vida. A noiva teme o reencontro com a irmã, sempre tão cheia de julgamentos. Porém, é através dessa reunião que ambas terão a oportunidade de curar as feridas que tanto afetaram a relação das duas.
Kristin Hannah constrói suas personagens como ninguém, e esse é o ponto que, normalmente, mais me cativa em suas histórias. A autora consegue me fazer mergulhar na narrativa, completamente imersa em emoções e dilemas que me soam, sobretudo, reais. Sim, minha impressão ao longo da leitura é a de estar acompanhando tramas que poderiam existir, e a experiência não foi diferente com Tempo de Regresso. Em terceira pessoa, a narrativa se alterna de acordo com a perspectiva das protagonistas, abrangendo também a do personagem Joe, um homem que fugiu de seu passado e agora tenta recomeçar a própria vida. Da mesma maneira que sentimentos são trabalhados com esmero, assim também o são os cenários, e quase pude sentir os cheiros ou tocar na textura de cada ambiente que a autora descreve, fazendo com que eu pudesse visualizar muito bem os locais onde as cenas se desenvolvem.
A história de Meghann e Claire não se diferencia muito do que a autora veio a abordar em seus livros futuros — ao menos aqueles que tive a oportunidade de ler — e mesmo em alguns dos seus anteriores, como As Coisas Que Fazemos Por Amor. A temática gira ao redor das relações familiares, de erros, do perdão e, principalmente, da maternidade, grande força motriz da obra de Kristin Hannah. Contudo, ainda que seus livros normalmente tratem de temas similares, Hannah consegue dar um toque único a cada um exatamente pela maneira de como trabalha suas personagens. Mesmo que esse não tenha se transformado em meu favorito da autora, não consegui desgrudar das páginas e me vi, mais uma vez, me deliciando com o enredo pouco a pouco desenvolvido.
O toque de drama, outra característica da autora, também se faz presente aqui. Houve momentos que me vi revoltada com o desenrolar da história, incomodada por aquela ter sido a escolha de Hannah para suas personagens. Porém, ainda assim não resisti à emoção e me rendi às lágrimas em passagens bastante tocantes. Acima de tudo, o que fica da leitura é um ar de esperança e gratidão, com a inspiração de que é possível recomeçar e curar feridas do passado.
Mesmo sendo um livro emocional, Tempo de Regresso também me proporcionou risadas por conta do ar divertido que a narrativa assume, sobretudo na perspectiva de Meghann, cujo cinismo rende comentários um tanto quanto sarcásticos. Me deliciei com mais essa leitura de Kristin Hannah, finalizando a obra tanto tocada pela mensagem transmitida quanto satisfeita por acompanhar a escrita de uma autora que cativa sempre minha admiração.
Tenho muito conhecimento das letras da autora, mas a admiro demais por sempre trazer algum tipo de auto reflexão a quem lê suas obras.
Acredito que por ela colocar personagens tão reais, a história acabe de certo modo, nos fazendo pensar em alguém que conhecemos ou até em algum ponto de nossa vida que já existiu.
Eu adoro enredos emocionais,mas que também tragam essa pitadinha generosa de bom humor.
Dramas familiares me apetecem..rs
Vai para a lista dos mais desejados!
Beijo