A resenha de hoje é a de “Você tem meia hora”, da Camila Nascimento, autora parceira do blog! Recebi o livro do Book Tour e já aviso que, novamente, me alonguei na resenha. Eu não sei falar pouco, principalmente sobre algo que gostei tanto.
Portanto, sem mais enrolações!
Quando postei o anúncio da parceria e falei sobre o livro, a Julia do blog Conjunto da Obra disse que o título a havia lembrado de uma música da Adriana Calcanhoto. Pois bem, Julia, você acertou na mosca, o título do livro é esse exatamente por causa de “Vambora” (aliás, estou com essa música na cabeça desde que comecei a leitura)
“Entre por essa porta agora
E diga que me adora
Você tem meia hora
Pra mudar a minha vida”
Título: Você Tem Meia Hora Autor: Camila Nascimento Editora: Subtítulo Número de Páginas: 440 Ano de Publicação: 2011 Skoob:Adicione Compre:Site da Editora
Beatriz Felizardo é comissária de bordo e vive há três anos com o “namorido” Arthur, por quem é perdidamente apaixonada. Leva uma vida totalmente fora do normal, entre viagens e o Rio de Janeiro, mas é feliz assim. Ainda, sua melhor amiga – praticamente irmã -, Mariana, também é comissária de bordo e, já não bastassem todas as experiências de vida compartilhadas, compartilham, também, algumas viagens a trabalho. Entretanto, na noite do dia 31 de dezembro, dia tão aguardado por Bia, uma vez que significaria “férias de 20 dias com Arthur”, além do começo de um novo ano, esse resolve terminar o namoro sem maiores explicações, que vão embora junto com seus pertences, deixando Bia na mais completa solidão. Beatriz não consegue se conformar, não consegue entender como um relacionamento podia ser tão perfeito para ela e tão errado para Arthur. Confusa e arrasada, Bia entra em uma crise de depressão, que nem Mariana consegue atenuar, apesar das várias tentativas em animar a amiga. Mas amiga que é amiga não desiste, e aos poucos, Mari começa a apresentar a Bia uma proposta: a companhia aérea em que ambas trabalham aparentemente estenderá seus vôos para a Europa e Oriente Médio, e o recrutamento para esses serviços será interno. Inicialmente, Bia não dá a mínima para a possibilidade. Mas quando esta deixa os ares do “e se” e se torna concreta, será que uma mudança radical seria tão ruim assim? E será mesmo possível conseguir a vaga tão disputada?
O começo desse livro foi um pouco difícil para mim, não conseguia engrenar muito na leitura. Mas nada a ver diretamente com o livro, era um momento delicado que, ao invés de o livro ajudar a me distrair, me lembrava ainda mais do fato. Mas passada essa parte, não consegui desgrudar da história. Fui lendo no trem, para São Paulo, e foi uma daquelas viagens que eu mal via as estações passarem e, quando dei por mim, já havia chegado. Continuei lendo no metrô e, de repente, aconteceu uma reviravolta tão grande, na proporção do meu choque, e não pude continuar lendo, porque chegara ao estágio –ossos do ofício. Foram angustiantes as horas que precisei esperar até voltar a ler, e só parei quando acabou.
Se você espera de “Você tem meia hora” um chick-lit que simplesmente narrará a história de uma mulher que levou um fora, passou por uma depressão, procura uma mudança, arranja outra pessoa, percebe o quanto amadureceu e fim, foi divertido, enganou-se por completo.
É claro que, como todo bom chick-lit, “Você tem meia hora” narra as desilusões e o amadurecimento de uma mulher, no caso, aos 30 anos. E, claro, com uma deliciosa dose de humor, que me tirou muitas risadas durante a leitura. Mas o livro aborda questões muito mais profundas, e diria que o verdadeiro amadurecimento de Bia se dá de um jeito que eu jamais esperaria ao começar a ler o livro. De verdade, foi realmente um choque.
Mas a Bia do começo é tão diferente da Bia do final. A Bia do começo, e de até boa metade do livro, é uma Bia insegura, desconfiadamesmo quando a segurança está ao seu lado, acenando, com uma placa de neón e luzes ao redor. É uma Bia sofrida, marcada por perdas: a da mãe, morta em um acidente de carro quando Beatriz tinha apenas 11 anos, a do pai, Jonas, que, apesar de vivo, Bia não consegue se relacionar devido à história de vida de ambos, e, por fim de Arthur.
Quando se dá seu amadurecimento, ela não só percebe seu valor como também entende que certos fatos são inevitáveis e compreende a necessidade de seguir em frente, mesmo quando a dor continua a existir.
A relação de Bia e Jonas é marcada pela tragédia da morte de Beatriz, a mãe. Jonas, apaixonado desde os 18 anos pela garota que viria a ser sua esposa e mãe de sua filha, não conseguiu se livrar da culpa, inexistente, do acidente e encontrou refúgio no álcool, o que apenas serviu para se afastar da vida da filha. Desse afastamento, ocorreu uma aproximação ainda maior de Beatriz com Mariana, com a qual Bia inclusive morou um tempo durante a adolescência. Jonas esteve ausente durante todo o crescimento de Beatriz e a lacuna criada por essa ausência foi grande demais para que pudesse existir um verdadeiro relacionamento de pai e filha quando Bia virou adulta. E achei maravilhosa a maneira de como esse relacionamento é desenvolvido no livro, não pude deixar de pensar que quando um ciclo se encerra é para que outro se inicie. Não posso dar detalhes sem dar grandes spoilers, mas quem ler vai entender.
Adorei as personagens do livro. Mariana é cheia de vida, não se abala nem quando Bia está em seus piores dias: ela continua sempre tentando, sem se ofender com as atitudes da amiga. Ollie é gay e engraçadíssimo, e amei a maneira de como Camila construiu suas falas. Um exemplo é o jeito de como ele se refere, muitas vezes, a Bia: “malôca”. Eu ria sozinha ouvindo o sotaque gay na minha mente, e há várias outras palavras escritas dessa maneira.
Uma amiga minha disse, recentemente, que adoraria ir para a Austrália por causa dos australianos, e Dyllan faz jus a esse desejo. Não só deslumbrantemente lindo, é o tipo de homem que toda mulher pediu aos céus.
Camila Nascimento escreveu um chick-lit daqueles que te faz rir, chorar, suspirar e não desejar nem por um segundo parar de ler. Achei a história muito bem escrita, muito bem construída e, ressalto, com ótimas passagens de humor. Não exatamente situações engraçadas, que também acontecem, mas a própria narrativa de Bia. Encontrei alguns errinhos de português durante a leitura, mas foram muito poucos e que provavelmente passaram batido durante a edição.
Eu amei o livro, ainda mais pelo fato de ser nacional. É mais uma prova de como nossa literatura vem crescendo e mostrando que se equipara, sim, à leitura estrangeira e, muitas vezes, a supera. Agradeço novamente a Camila por ter me dado a oportunidade de participar do Book Tour do livro e a honra de ter sido a primeira a recebê-lo. Quem se interessar, não deixe de entrar em contato com a Camila, é uma leitura que com certeza vale a pena!
Por fim, queria colocar aqui a dedicatória do livro, porque tem tudo a ver com a história:
Uma mulher pode ter namorado, marido, filhos ou amantes, mas jamais sobrevive sem uma melhor amiga.
E quem pode discordar?
Se ainda não ficou claro, leiam!
Vou deixar aqui os contatos da Camila, para quem quiser, e o link do livro no skoob!
A próxima a receber o livro é a Glau, do Start Read. Mas acho que só vou conseguir mandar o livro na segunda, ok?
Espero que tenham gostado e que tenham a oportunidade der ler!
Beijos!
P.S: Vou passar o dia fora – porque vou no show da Avril Lavigne cof cof *.* – então provavelmente não poderei responder aos comentários e comentar nos blogs como faço normalmente! Mas quando estiver novamente em casa, respondo – ou tento – a todos, ok?
ai que lindo! eu sou ao contrário de vc.. quando eu amo um livro fica dificil falar sobre! Adriana Calcanhoto *_* a música ficou na minha cabeça agora! haha vc lendo no metrô tudo a ver, no clima viagem do livro total! haha eu amei a idéia do australianooooooooo! *_* eu amo chick lit e fiquei REALMENTE curios sobre ele!
Ah! AMEI a resenha! Já havia ouvido falar desse livro da Camila, inclusive pelo skoob, se não me engano. A sua resenha que deixou com uma vontade enorme de ler o livro, mas para mim não dá para participar de um Book Tour…
A forma como você descreveu toda a situação do livro é muito chamativa, fiquei até ansiosa para saber mais sobre a história!
E concordo com a frase da dedicatória, muito realista, aliás.
Adoreei! *-*
Beijoos;* Naty – Just Books !
P.S.: Ahh! Você vai mesmo no show da Avril Lavigne?! Eu queria ir… *–*
Me interessei bastante por esse livro, por causa da tua resenha, porque a histórias parece banal, mas da forma que tu colocou, fica parecendo única. Adorei Beijos querida Bruna http://desbravandohistorias.com.br
Adorei a resenha. Já tinha ouvido falar sobre o livro, mas é a primeira vez que li a resenha. Me interessei pela resenha, que alias está ótima, e me deixou com muita vontade de ler.
Adorei a resenha Aione, não conhecia o livro e parece ser muito bom mesmo. E como você disse, é bom ver livros que deixam a nossa literatura lá em cima. Precisamos parar com esse pré-cnceito de que as coisas que vem do nosso país são ruins, claro que sempre vai ter uma coisa ou outra ruim, mas não é tuido! heheeh
Nossa Mi, arrasou na resenha em! Nossa, você escreve super bem, parabéns.. Teve algumas partes que tive que pular, porque quero descobrir a história, rsrs, mais nossa, arrasou mesmo! *-*, Estou louca para ler, e serei a próxima!, uhul, rs!
Ah! Eu sabia da música! E toda vez que leio esse título, ela também fica martelando na minha cabeça! kkkk
Adorei a resenha, e fiquei com muita vontade de ler esse livro mesmo. Já estou louca por um chick-lit – quase tendo uma crise de abstinência – e a descrição de emoções que você disse que a história provoca me deixou muito curiosa!
E fiquei com invejinha, eu queria ir no show da Avril também ;~
Bem grande a sua resenha mesmo HSUAHSUHA. Mas eu li super rapidinho, você escreve bem aí fica fácil. Adorei o livro, parece ser bem legal. Nem tem como desejar bom show, já passou, SHUAHS. Beijos, Jovens Leitoras.
Aione, Eu compraria o livro pelo título. Adorei, adorei. E até fui ouvir a música, acredita? Apesar de eu não ser a maior fã de chick-lits, achei a história interessante e até mais grave por abordar assuntos realmente complicados na vida de uma mulher que não envolvam apenas compras e namorados perfeitos. Também adoraria visitar a Austrália, mas não só pelos gatxiiiinhos, rs. Bom show! Curta muito!
Adorei a resenha (: Eu ainda não conhecia esse livro, mas gostei dele. Não sou muito chegada a chick-lit, mas as vezes abro uma exceção pra um ou outro UAHSAUHSU parece que esse vai ser um deles. E é de uma autora brasileira ainda, deve ser muito bom (:
Adoro Adriana Calcanhoto e “vambora” é uma das minhas favoritas dela, já tinha ido com a cara do livro, depois de saber da relação com a música adorei. ótima resenha!!! beijos =*
Ahhhhh Adorei a resenha. Estava louca para saber como que é mais ou menos a história. Dá para perceber que o livro é demais! Não vejo a hora de chegar a minha vez no Book Tour pois sou a quarta da lista. Beijos
Adorei a sua resenha! A música da Adriana Calcanhoto foi a primeira coisa a vir na minha cabeça hahaha Parece ser muito legal mesmo o livro, gostei mesmo. =)
Ai que otima resenha!! Pude ver o qnt vc ficou empolgada… adoro ler assim, de perder a noção do tempo!! Eu estava na fila para ler esse livro, mas não sei qnd poderei agora!! Espero poder logo ^^
Caramba! A resenha ficou muito grande e nem um pouco cansativa. Eu adorei poder conhecer o livro pelo seu ponto de vista. Pelo jeito, é muito bom. Amo um bom chicklit, ainda mais quando é de literatura brasileira – super apoio autores brazucas.
QUE CAPA MARAVILHOSAAA! Quero muito lerrrrrrr 🙁 Tenta conseguir uma promoção aqui 🙁 iuaheouhaouehouae Adorei a sinopse, os chick-lits tão cada vez melhores. Que sorte a nossa!
Oii Aione! Eu adoro a música Vambora!! Acho linda! Quanto ao livro, esse vou deixar passar… pois a minha pilha está grande aqui. 😉 Que bela resenha! Adorei conhecer o seu blog! Bjss!
*-* Eu não conhecia esse livro! Adorei a resenha Aione! É um chick lit que toda mulher vai se encontrar né? A gente sempre passa por desilusões amorosas e atire a primeira pedra quem nunca teve um coração partido! A capa é muito fofa e parece que a autora narra super bem os acontecimentos, mesmo o começo sendo um pouco confuso… E comissária de bordo, que tudo! É uma profissão que não é pra qualquer uma né? Pensa eu, com síndrome do pânico, nas alturas? o.O Hehehe, acho muito bacana!
Beijos e vou colocar o livro na minha lista de leituras! o
Oi flor, Nossa não conhecia esse livro e fiquei bem interessada adoro chick lit…E esse parece dar meio volta no mundo ne??aahha…sério adorei mesmo e vou com certeza me informar mais sobre ele. e sobre a frase que vocÊ colocou no final concordo..mais que concordo assino embaixo. Bjksss Raquel Machado Leitura Kriativa
Estou bem curiosa quanto a esse livro. A capa é linda e eu amei a resenha! Tenho lido outras, sempre favoráveis. Parece que será mais um sucesso nacional.
Eu me interessei por esse livro porque você o citou no seu vídeo de Correio… Rolei a página e abri a resenha noutra aba! Não conhecia a autora e consequentemente o livro. Mas pode dizer que adorei toda a história, principalmente pelo fato de não ser um chick-lit que só retrata as desilusões e superações da personagem, e sim porque dá algo mais ao leitor. Percebi que é um livro cheio de emoções, e que isso se reflete em quem lê. Com certeza, vou procurar mais informações do livro e da autora! Aione, eu gostei da sua resenha… Você disse que ela está longa, mas não disse que também estava tão bem escrita, empolgante, do jeito que dever ser.
Terminei ontem de ler este livro e agora posso falar: E uma histoira ma-ra-vi-lho-sa! Quando eu me dei contya de que faltava 4 paginas pro livro acabar, juro, bateu uma tristezinha…! Eu quero um Dyllan para miiiim!!!
ai que lindo!
eu sou ao contrário de vc.. quando eu amo um livro fica dificil falar sobre!
Adriana Calcanhoto *_* a música ficou na minha cabeça agora! haha
vc lendo no metrô tudo a ver, no clima viagem do livro total! haha
eu amei a idéia do australianooooooooo! *_*
eu amo chick lit e fiquei REALMENTE curios sobre ele!
bjs