[Resenha] Mortina – Barbara Cantini

Título: Mortina
Título Original: Mortina
Autor: Barbara Cantini
Tradução: Eduardo Brandão
Editora: Companhia das Letrinhas
Número de Páginas: 52
Ano de Publicação: 2019
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A pequena Mortina quer, como qualquer outra criança, fazer amigos. Mas há um detalhe: ela é uma menina-zumbi, e sua tia Fafá Lecida não a deixa sair de casa… Até que o Dia das Bruxas chega e, com ele, a chance de Mortina se aventurar fora de casa. Mortina é uma menina diferente de todas as outras: ela é uma menina-zumbi. Passa os dias no Palacete Decrépito com sua tia Fafá Lecida e seu inseparável amigo, o galgo albino Tristão. O maior sonho de Mortina é ter amigos de sua idade para brincar, mas sua tia nunca deixa que ela saia de casa, porque tem medo da reação dos humanos ao conhecerem a pequena zumbi. Para sua alegria, um dia a oportunidade perfeita aparece: o Dia das Bruxas, quando todas as crianças saem às ruas com as fantasias mais horripilantes. Mortina nem vai precisar trocar de roupa para encarar a maior aventura de sua vida.

Mortina é um livro divertido e direcionado ao público infantil. Escrito e ilustrado pela italiana Barbara Cantini, ele narra a história de uma garotinha bastante diferente de todas as outras: trata-se de uma menina-zumbi. Ela leva seus dias morando com a tia em um grande palacete, porém seu maior desejo é poder sair e fazer amigos, já que a tia, para lhe proteger, não permite que ela seja vista por ninguém.

A atmosfera da história é muito leve e engraçada e a personagem central, ainda que seja bastante peculiar, é ao mesmo tempo apenas uma criança querendo fazer amigos para brincar.

O que torna a narrativa interessante é justamente o fato de a autora ter utilizado a peculiaridade de sua personagem Mortina para despertar diferentes reflexões sobre a importância de respeitarmos uns aos outros apesar de nossas diferenças.

As ilustrações presentes na obra possuem muitos detalhes e características que chamam atenção no decorrer da leitura, fato que certamente se deve pela formação da autora em cinema de animação. O texto, por sua vez, é curto e escrito de modo simples e de fácil compreensão, sendo bastante adequado a seu público-alvo. Por fim, a edição caprichada e em capa dura arremata a simpatia que a história possui, fazendo dela mais atrativa inclusive a nós, que já deixamos a infância para trás há um bom tempo.