Uma das coisas que mais sou grata em ter criado o Minha Vida Literária é ter oportunidades que não seriam possíveis não fosse o trabalho que realizo nele. Na semana passada, tive mais uma experiência que corroborou esse sentimento.
Divã é um dos meus livros favoritos, que me fez me encantar pela escrita de Martha Medeiros. A autora recentemente assinou um contrato com a editora Planeta e tive o privilégio de participar de um evento exclusivo promovido pela editora.
O Meu Melhor, de Martha Medeiros
Apesar de ser publicada pela editora LP&M, Martha Medeiros aceitou o convite da Planeta de publicar uma antologia reunindo 100 de suas melhores crônicas. Coincidentemente, a obra marca os 25 anos de carreira da autora, que selecionou seus trabalhos mais famosos e de maior ressonância para compor a coletânea.
O Evento
Em sua passagem por São Paulo para o lançamento de O Meu Melhor, Martha Medeiros participou de um café da manhã e bate-papo com livreiros e influenciadores digitais promovido pela Editora Planeta. Quando recebi o convite, mal acreditei que finalmente poderia conhecer a autora e não hesitei em confirmar presença.
Por ter se dado em uma quarta-feira de manhã, havia poucas pessoas presentes, o que tornou o encontro ainda mais intimista e especial. Martha Medeiros circulou por entre os convidados desde que chegou e, quando o bate-papo começou, ficamos todos muito próximos da autora, como se estivéssemos mesmo em uma roda de conversa informal, entre amigos.
O Bate-Papo
Pelo próprio caráter do encontro, o bate-papo teve cerca de uma hora de duração, resultando em uma conversa bastante agradável e interessante.
Martha Medeiros falou de sua trajetória profissional e pessoal, contando como jamais se imaginou como escritora e que acabou escrevendo crônicas quase que por acaso, quando foi convidada por um amigo a publicar no Zero Hora, jornal para o qual ela escreve até hoje. Foi nesse encontro, também, que descobri que a autora começou sua carreira como poetisa, com poemas publicados na coleção Cantadas Literárias.
Entre as curiosidades, a autora falou sobre o fato de uma de suas crônicas mais famosas, “A Morte Devagar”, ter sido creditada a Pablo Neruda e como isso acabou possibilitando que ela fosse conhecida no exterior. Também, disse acreditar que sua formação como publicitária contribuiu muito em sua escrita como cronista, já que esse é um gênero no qual a consisão é tão importante quanto em uma propaganda.
Agora, de tudo que foi dito, o que mais me tocou foi a fala de Martha sobre sua conexão com a escrita. A autora disse escrever como uma forma de auto-terapia, como um desabafo e um meio de ligação consigo própria: ela se conhece e experimenta o mundo através das palavras. Com essa fala, senti uma identificação imediata e reconheci nela um sentimento que também é meu. Ao mesmo tempo, confirmei o porquê de seus textos tanto me agradarem: Martha escreve com verdade e é sua sensibilidade em perceber o mundo que a torna tão capaz de exprimir sentimentos diversos a partir de situações tão quotidianas.
Só posso me sentir grata à editora Planeta por ter organizado o evento e por ter me permitido participar dele. Foi maravilhoso estar em contato com alguém cuja escrita tanto admiro e poder conhecê-la com mais profundidade!
Que encontro incrível – ainda mais sendo intimista, para quem não curte multidão é perfeito!
Eu conheço a escrita da Martha através das crônicas que são publicadas em uma revista, mas ainda não tive o prazer de ler um livro dela.
Vou ficar de olho nesse lançamento.
Beijos