[Resenha] Pátria Chamada Amor — Marcia Rubim - Minha Vida Literária
Minha Vida Literária
18

set
2018

[Resenha] Pátria Chamada Amor — Marcia Rubim

Título: Pátria Chamada Amor
Autores: Marcia Rubim
Editora: Qualis
Número de Páginas: 308
Ano de Publicação: 2018
Skoob: Adicione
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A grande obstinação do capitão Christiano Vicenzo é chegar ao topo máximo da carreira, ou seja, ao generalato do Exército. Para alcançar a sua meta, precisa manter uma vida pessoal e profissional irretocáveis.
Tudo começa a mudar quando ele serve em Niterói e conhece Nina, uma jovem com problemas sociais que ultrapassam – e muito – o que ele idealiza como protótipo de par perfeito. Fascinado pela garota, o militar decide arriscar no relacionamento, mas não imagina que, ao ser convocado para integrar a Missão de Paz no Haiti (MINUSTAH), terá sua história ao lado de Nina tragicamente desviada.
Inconformado com os caminhos que o destino escreveu para si, Christiano vai descobrir com o tempo que a maior batalha na reconquista do amor perdido talvez seja enfrentar as mágoas do passado e que a felicidade não segue regulamentos.
Um romance sensível e resistente ao tempo, que mostra que até mesmo para servir com dignidade à pátria é preciso que a pessoa por trás da farda esteja em paz com o coração.

Pátria Chamada Amor é lançamento de Outubro de Marcia Rubim pela Editora Qualis. Ao trazer uma história sobre erros e recomeços, a autora garante uma trama envolvente do começo ao fim.

Tudo que o capitão Christiano almeja é conquistar a patente mais alta em sua carreira militar e, para isso, ele precisa que tanto sua vida profissional quanto pessoal sejam impecáveis. Ao servir em Niterói, no entanto, ele conhece Nina, jovem com uma vida repleta de problemas e que o fascina desde o primeiro contato. Desafiando as próprias circunstâncias, ambos passam a se relacionar, até um trágico acontecimento separar seus caminhos.

A história se divide em duas partes. Na primeira, temos o início da relação entre os protagonistas e conhecemos tanto o que será relevante para a compreensão de suas personalidades quanto para os próprios rumos que serão tomados pela história. É aqui que pouco a pouco somos apresentados ao passado de cada um, a seus anseios e medos, ao mesmo tempo que descobrimos com eles o sentimento que nutrem um pelo outro e conseguimos sentir a intensidade dessa relação. Já a segunda parte compreende os eventos após a tragédia prenunciada na sinopse e, particularmente, foi o momento que me conquistou em definitivo.

A escrita de Marcia Rubim faz da leitura completamente fluida. Mesclando narrativa com bastantes diálogos, a autora imprime velocidade ao virar de páginas sem perder o toque de emoção quando necessário. Ainda, foi muito interessante observar como estão presentes diversos jargões militares, o que fez da experiência de leitura mais rica. Em relação à narrativa, os capítulos se alternam em primeira pessoa pelas perspectivas de Christiano e Nina. Dessa maneira, não apenas conhecemos melhor cada um como também visualizamos os dois lados contados da história. Mas ter essa perspectiva completa tem um preço: se entre ambos ocorrem muitos mal-entendidos, ao leitor cabe apenas se angustiar por conhecer todos os detalhes e permanecer impotente, aguardando que as situações se resolvam com o passar de páginas.

Dessa maneira, Pátria Chamada Amor me prendeu justamente pela forma de como os conflitos se desenvolvem. Se minha leitura da primeira parte do livro foi mais superficial — uma leitura de quem está conhecendo território — na segunda me senti completamente inserida na trama e me vi torcendo pela resolução dos problemas. Ao mesmo tempo, me encantei pela força de Nina ao passo que amei e odiei Christiano. E não apenas os protagonistas me cativaram, como também as personagens secundárias. Embora haja um ou outro antagonista, no geral elas não exercem papéis de vilões, não há triângulos amorosos propriamente ditos, e isso me trouxe uma maior sensação de verossimilhança.

Pátria Chamada Amor me proporcionou uma leitura rápida e envolvente, especialmente por seus tantos altos e baixos. Os erros cometidos pelas personagens só fazem delas mais humanas e nos dá a chance de refletir sobre eles conforme os protagonistas buscam a redenção. Sem dúvidas, o que mais me emocionou foi a força da temática familiar presente na trama e a mensagem de amor que ressoa com o ponto final. Um livro que recomendo a quem busca uma história bonita e gostosa de ser lida.





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3 Respostas para "[Resenha] Pátria Chamada Amor — Marcia Rubim"

Anna Mendes - 20, setembro 2018 às (10:45)

Oi Aione!
Amei a resenha! <3
Que linda a capa desse livro!!
Gostei bastante da premissa! Parece ser uma história muito emocionante, envolvente e com personagens cativantes! Adoro quando um autor mescla a narrativa entre os pontos de vista dos personagens!
Deve ser um romance muito gostoso de ler e fiquei curiosa para fazer a leitura! 🙂
Bjos!

Luana Martins - 30, setembro 2018 às (14:34)

Oi, Ainone
Nossa que enredo emocionante.
Adorei a capa com cores bem leves.
A leitura desse livro deve ser maravilhosa orque mescla os narradores, assim podemos ver o ponto de vista dos 2 personagens.
Quero ter oportunidade de ler, beijos!

Ana I. J. Mercury - 30, setembro 2018 às (23:40)

Que fofo!
Não conhecia o livro ainda , mas gostei muito da sua resenha , deu pra ver que é um romance bem lindo,emocionante e com personagens fortes e marcantes.
Cheio de conflitos e reviravoltas!
Uiiaaa, tô precisando de um desses! kkkkk
bjs

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