[Vídeo Resenha] Os Quase Completos — Felippe Barbosa - Minha Vida Literária
Minha Vida Literária
04

maio
2018

[Vídeo Resenha] Os Quase Completos — Felippe Barbosa

Título: Os Quase Completos
Autor: Felippe Barbosa
Editora: Arqueiro
Número de Páginas: 384
Data de Publicação: 2018
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O Quase Doutor é um renomado cardiologista que passa os dias em um hospital, mas no fundo é um artista frustrado. A Quase Viúva é uma professora que está de licença do trabalho para ficar com o noivo, em coma após um grave acidente. O Quase Repórter é um jornalista decepcionado com a profissão que sofre há mais de um ano pelo suicídio da esposa. A princípio, a única coisa que essas pessoas têm em comum é a sensação de incompletude e de desilusão com a vida.

Até que, um dia, o Quase Doutor é persuadido por um velho desconhecido a embarcar com ele em um ônibus rumo a uma jornada para se reconciliar com seu passado. Logo a viagem se transforma em uma aventura extraordinária e, em meio a fenômenos como uma chuva de estrelas cadentes, ele precisa fazer escolhas que mudarão seu destino para sempre.

Enquanto isso, eventos misteriosos levam a Quase Viúva a suspeitar que alguém dentro do hospital quer matar seu noivo e uma pesquisa minuciosa do Quase Repórter revela que sua esposa pode ter sido assassinada. Quando os dois tentam descobrir a verdade sobre seus amados, tudo leva a crer que a resposta está dentro do ônibus do Quase Doutor.

Reunidos num lugar que nunca imaginaram existir, os três serão forçados a enfrentar seus maiores medos e verão que, para se tornarem completos, precisarão encarar a batalha mais difícil de todas: aquela que travamos com nós mesmos.

RESENHA EM VÍDEO


 

RESENHA ESCRITA

Vencedor do Prêmio Pólen de Literatura promovido pela Editora Arqueiro, Os Quase Completos, de Felippe Barbosa, é uma obra que explora com leveza e sensibilidade as dificuldades sobre se viver plenamente.

O Quase Doutor é um renomado cardiologista que há muito tempo deixou para trás suas aspirações em se tornar um pintor. Ao aceitar o convite de um estranho senhor para embarcar em um ônibus misterioso, o Quase Doutor inicia uma verdadeira aventura de reconciliação com seu passado. O Quase Repórter, por sua vez, anda frustrado com a maneira de como vem exercendo sua profissão. Mais do que tudo, ele sofre com o luto pela morte da esposa e não desiste de sua busca em provar que ela, na realidade, não se suicidou, como foi constatado. Por fim, a Quase Viúva é uma professora que está de licença de suas atividades para fazer companhia ao noivo em coma no hospital.

Intercalando as narrativas das três personagens — em terceira pessoa na perspectiva do Quase Repórter e em primeira pessoa nas demais —, a história se desenvolve de maneira leve e instigante. Há lacunas em cada um dos diferentes enredos e desde o início somos convidados a prosseguir na leitura para preenchê-las. Mais do que tudo, desejamos prosseguir o virar de páginas para conhecer melhor as figuras que nos cativam desde suas primeiras aparições.

Felippe Barbosa foi muito bem sucedido na maneira de como desenvolveu cada aspecto de Os Quase Completos: o enredo é criativo e bem encadeado, assim como as personagens são cativantes e bem desenvolvidas. Não demoramos a compreender seus medos e anseios e, mais do que tudo, não demoramos a nos identificarmos com elas. Afinal, quem nunca se deixou influenciar pelas opiniões alheias em vez de encarar as próprias aspirações? Ou quem nunca teve medo de arriscar fazer o que queria diante de uma opção talvez menos desejada, mas muito mais segura? Ao trabalhar com questões como auto descoberta e amor próprio, o livro funciona como um lembrete para repensarmos nossas próprias escolhas sem deixar de lado os aspectos próprios de uma obra literária.

A trama de Os Quase Completos oferece pitadas de fantasia, aventura, suspense e romance sem se aprofundar demais em nenhuma delas, mas tornando cada uma essencial na leitura. Dessa maneira, o leitor é guiado por entre as páginas e motivado a prosseguir de acordo com cada aspecto presente. E entre as possíveis camadas de leitura, podemos ainda nos aprofundar na relação existente entre a fantasia apresentada e a maneira de como nosso próprio inconsciente, segundo a visão da psicanálise, atua em nossas mentes.

Em linhas gerais, Os Quase Completos foi capaz de me entreter, divertir e emocionar. Finalizei a leitura encantada pela maneira de como Felippe Barbosa trabalhou a mensagem do livro e saboreando as sensações que ela me provocou, desde a identificação com as personagens à surpresa com a descoberta dos mistérios da trama, passando pelos momentos mais divertidos e, especialmente, por aqueles que me trouxeram lágrimas de emoção. Uma leitura que, sem dúvida alguma, recomendo a todos.





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12 Respostas para "[Vídeo Resenha] Os Quase Completos — Felippe Barbosa"

Micheli Pegoraro - 04, maio 2018 às (22:09)

Oi, Aione.
Nossa, que livro incrível! Fico extremamente feliz em saber que esse livro é tudo isso, pois essa premissa me fisgou na hora. Então é uma grata surpresa saber que o livro teve seu potencial bem trabalhado. Que história inusitada, ao mesclar vários gêneros o autor nos proporciona uma leitura única, fisgando o leitor com essa narrativa intrigante e envolvente. Tudo indica que os personagens são bem elaborados, e os dilemas vivenciados pelos três trazem uma carga reflexiva a leitura. Estou curiosa para entender a ligação entre os três personagens principais.
Fiquei muito interessada em ler o livro.
Beijos

Daiane Araújo - 05, maio 2018 às (02:29)

Oi, Aione.

Acho que há conexão existente entre os personagens, né?

E que o autor acaba nos mostrando que é possível tirar algo dali. Não é um mero livro, né?

Nathalia silva - 05, maio 2018 às (14:27)

A premissa deste livro já atrai assim que lemos a sinopse e saber que você se encantou tanto com ele já me anima a querer saber mais. Seguindo essa linha, tirando como base sua resenha, Os quase completos deve ser extremamente reflexivo. Sei que cada uma das três histórias deve nos deixar algo de ensinamento e por esse motivo não vejo a hora de me encantar com a escrita dessa autor.
Aliás, o enredo e a maneira que ela dá forma e vida aos personagens deve ser bastante crível e duradoura, já que acabou ganhando o concurso da editora Arqueiro. Enfim, amei demais e só posso agradecer pela dica é o ótimo texto.

Anna Mendes - 05, maio 2018 às (16:33)

Oi Aione!
Adorei o vídeo!
Amei a capa deste livro e adorei a premissa dele! Realmente, é uma premissa bem diferente e instigante.
Parece ser uma leitura muito envolvente, emocionante e repleta de reflexões.
Fiquei muito curiosa para fazer a leitura! 🙂 Já está na minha lista de desejados hehe
Bjos!

Marlene Conceição - 06, maio 2018 às (12:22)

Oi Aione.
Que premissa mais interessante, eu confesso que quando vi o anúncio desse lançamento, não tive muito interesse na obra não, mas agora estou muito curiosa para ler, gosto desse tipo de livro que fala sobre relações humanas e nós faz refletir a cerca da nossa própria vida. Essa capa é linda e estou ansiosa para ler.
Bjs.

Evandro - 06, maio 2018 às (14:52)

Eu adorei a capa e o título do livro. Eu já tinha lido uma resenha sobre o livro e já tinha adicionado à minha lista de desejados, pois fiquei bastante encantado com a premissa e também as considerações positivas a respeito do livro. Essa mistura de tantos elementos, ainda mais o autor tendo conseguido equilibrar, contando uma estória que acaba fazendo com que a gente se identifique em alguns momentos é muito bom. Espero fazer em breve essa leitura.

Cássio Bida de Araujo - 07, maio 2018 às (08:22)

Oi Aione, tudo bem?
Pela resenha, sem dúvida, é uma história cativante. Ainda mais em se falando de algo tão importante e essencial em nossa vida como o amor próprio e as redescobertas. Impressionante como me identifico com essa história. Não só por ter um quase repórter (ó o meu lado jornalista falando forte outra vez hahahaha).
Histórias universais geralmente são bastante atraentes. Em especial, aquelas que mexem com o nosso interior e trazem uma mensagem para repensar as coisas na nossa vida. Tive algumas experiências interessantes nas leituras que abracei nestes últimos meses (não escondo que cheguei a muitas delas graças ao Minha Vida Literária) e quanto mais elas nos agregam, mais nos tornamos pessoas melhores.
Essa estrutura narrativa que alterna a visão dos personagens é espetacular. Mostrar a história pelo ponto de vista de cada uma das visões enriquece ainda mais a experiência da leitura. Ansioso por mais essa leitura que, desde já, está na minha lista de futuros objetivos.
Beijos

Rayme - 08, maio 2018 às (13:08)

É a primeira resenha que vejo do livro, apesar de já ter visto muitas fotos dele pelo stories kkkkk
É uma trama completamente diferente de tudo o que eu já li… parece ser incrível!
Preciso citar que saber que o autor é brasileiro me deixou mais curiosa ainda, pq amo ler livros nacionais!
Ver a sua cara de felicidade durante todo o vídeo falando deste livro já nos faz saber que a leitura vale a pena hehe

Jéssica Medeiro - 08, maio 2018 às (19:05)

Ás vezes eu fico imaginando como que esses autores conseguem tirar essas ideias da cabeça….. Enquanto lia a premissa fiquei imaginando será que eu sou uma ” quase o que?”……porque eu posso pensar em muitos quase pra mim….e agora eu fiquei curiosa pra ler esse livro ” quase perfeito”.

RUDYNALVA CORREIA SOARES - 08, maio 2018 às (22:12)

Oi Aione!
O título é intrigante.
Gosto muito de livros nesse estilo em que temos de repensar algumas coisas em nossa vida e de nos auto descobrimos, mesmo que seja uma fantasia.
Bom ver que um autor nacional traz essa reflexão e que bom que a mensagem foi bem trabalhada.
Gostaria de ler.
cheirinhos
Rudy

mirian kelly - 19, maio 2018 às (22:37)

Achei a história sobre muito legal. Pensei que o título sobre os “quase” não fosse ser tão levado ao pé da letra porém eles são sim “quase”. Vi que no livro tem de tudo um pouco e ja me empolguei, inclusive achei a capa uma fofura.

Nicole Longhi - 26, maio 2018 às (19:05)

Eu julguei livro pela capa, confesso.
Mas depois que vi a premissa fiquei super encantada, achei a ideia bem diferente com todos esses quases.
Acho que parece uma leitura bem reflexiva, que nos desperta várias emoções.

beijinhos

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