[Livros Na Telona] Inferno - Dan Brown - Minha Vida Literária
Minha Vida Literária
26

out
2016

[Livros Na Telona] Inferno – Dan Brown


Sobre o Livro

Inferno

Título: Inferno
Autor: Dan Brown
Editora: Arqueiro
Número de Páginas: 448
Data de Publicação: 2013
Skoob: Adicione
Orelha de Livro: Adicione
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Inferno é, sem dúvidas, um de meus livros favoritos de Dan Brown. Além da leitura como um todo ter me prendido, me surpreendi com a maneira do autor ter construído o enredo – conforme explicado na resenha postada aqui no blog, cujos trechos transcreverei abaixo.

Inferno1

Com uma narrativa em terceira pessoa extremamente ágil, a história se desenvolve repleta de ação e suspense, aguçando a curiosidade do leitor a cada página. Os traços marcantes do autor se fazem presente em todos os detalhes da história: uma narrativa, em muitos momentos, dissimulada, capaz de manipular o leitor; a criação da expectativa aos finais dos capítulos através do indício de revelações e/ou acontecimentos iminentes; um enredo extremamente rico em detalhes e informações, principalmente históricas e artísticas; e, por fim, o debate de algum assunto polêmico.

Embora a obra tenha me agradado como suspense, um dos pontos mais interessantes para mim foi a polêmica questão trazida pela trama: a superpopulação como um problema de saúde pública e todas as suas implicações à humanidade. Dan Brown conseguiu tratar de uma temática de extrema importância e aliá-la à obra de Dante com uma maestria sem igual, enriquecendo sua história e estimulando uma importante reflexão, inclusive sobre a ciência e seu desenvolvimento.

Senti que em Inferno partes da estrutura utilizadas pelo autor para criar suas obras foram quebradas – um dos motivos para eu ter me surpreendido com as reviravoltas do enredo -, sem deixar de ser um trabalho tipicamente seu. Foi impossível largar a leitura em suas últimas 150 páginas, e me vi virando as páginas em um ritmo frenético para conferir a conclusão da trama.

Considero o final de Inferno como um dos melhores de Dan Brown. Achei a solução criada pelo autor fantástica, além de surpreendente, de forma a ter intensificado minhas impressões gerais sobre a leitura. Ainda, a ligação da trama com A Divina Comédia a tornou ainda mais interessante aos meus olhos, de forma a fazer desse um dos meus livros preferidos do autor.

 

Sobre o Filme

 

A adaptação de Inferno chamou minha atenção desde as primeiras cenas por conta de sua fotografia. O clima de tensão e envolvimento se dá logo nos primeiros segundos, intensificados pela ação que não demora a ser criada. Ainda, as cenas iniciais de confusão mental de Robert Langdon tanto contribuem para o aumento do suspense da trama como também despertam a curiosidade do espectador para as primeiras pistas dadas sobre o enredo.

Por já ter lido o livro há um tempo considerável, já havia me esquecido de praticamente todos os detalhes. Assim, tanto precisei ser atualizada por minha amiga sobre as alterações feitas com relação ao livro quanto acabei não me incomodando com elas; o filme estava interessante de ser assistido e se mantendo fiel à essência da história, mesmo que abordando alguns pontos importantes de maneira mais superficial.

Assim como no livro, um dos pontos altos do filme é poder conferir os tantos locais históricos e referências a obras de arte mencionados no enredo. Porém, diferentemente do original, na adaptação essas menções ocorrem de maneira muita rápida, dando pouco tempo ao espectador de fazer todas as conexões entre elas – uma perda, sem dúvidas, com relação à obra de Dan Brown. Ainda, o clima de suspense da história foi cedendo lugar à ação, que se torna maior do que os mistérios em si a serem descobertos. E não bastasse esse apelo cinematográfico, houve, também, a inserção de cenas de romance inexistentes no original, também visando um melhor formato de mídia.

Mesmo sentindo que o filme estava deixando a desejar com relação a muitos detalhes importantes da história – como a alteração do significado de “Inferno” da história e uma ligação mais fraca entre A Divina Comédia e o enredo -, a adaptação estava sendo um bom entretenimento. Contudo, ao chegar ao final, foi impossível não me sentir completamente decepcionada com as alterações feitas no filme. O fim original – um dos grandes trunfos de Inferno, senão o maior – foi modificado e perdeu seu grande brilho, dando lugar a uma conclusão clichê, motivada, provavelmente, pela intenção de criar uma atmosfera de “final feliz” e de manter o ritmo de ação construído pelo filme, algo que, talvez, não teria acontecido se o criado por Dan Brown fosse mantido.

Apesar de compreender que muitas alterações são necessárias na passagem de um livro para o cinema, acredito que a essência de uma história deve ser mantida, fazendo com que a das telas seja tão fiel quanto a das páginas quanto possível. O filme de Inferno poderia ser considerado como uma adaptação boa (não ótima) se tivesse seguido a conclusão original – acredito que adaptar os livros de Dan Brown é uma tarefa quase impossível de ser feita em grau de excelência, considerando a intricada rede de informações por ele criada nos livros que impossibilita uma transposição total para o formato de filme. Entretanto, saí do cinema decepcionada justamente por uma modificação tão brusca e de extrema importância ter sido efetuada, fazendo com que a história se transformasse de incrível em simplesmente mediana.

 

Assista ao Trailer!

 





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