Título: O Primeiro Último Beijo
Autor: Ali Harris
Editora: Verus
Número de Páginas: 448
Data de Publicação: 2016
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“O primeiro último beijo” conta a história de amor de Ryan e Molly, de como eles se encontraram e se perderam diversas vezes ao longo do caminho. Na primeira vez em que eles se beijaram, Molly soube que ficariam juntos para sempre. Seis anos e muitos beijos depois, ela está casada com o homem que ama. Mas hoje Molly percebe quantos beijos desperdiçou, porque o futuro lhes reserva algo que nenhum dos dois poderiam prever…
Esta história comovente, bem-humorada e profundamente tocante mostra que o amor pode ser enlouquecedor e frustrante, mas também sublime. Na mesma tradição de P.S. Eu Te amo e Um Dia, O Primeiro Último Beijo vai fazer você suspirar e derramar lágrimas com a mesma intensidade.
Apenas a capa e o título de O primeiro último beijo bastariam para chamar minha atenção para a obra, dado meu interesse mais do que evidente por romances. E então, ao ver a menção dos livros P.S. Eu te amo e Um Dia, que constam em minha lista de favoritos, como relacionados a esse, tive certeza de que precisava lê-lo para ontem.
Aqui temos a história de Molly e Ryan, apaixonados desde a adolescência. Percorremos os altos e baixos do relacionamento de ambos, e acompanhamos todas as batalhas por eles enfrentadas para conseguirem ficar juntos.
Apesar de um plot aparentemente simples, a graça de O primeiro último beijo está justamente na maneira de como Ali Harris optou por narrar a história. Em primeira pessoa, é Molly quem dá voz à narrativa e, portanto, é através de sua perspectiva que conhecemos a vida do casal. Tal narrativa, contudo, não é linear; ao contrário, ela se constitui a partir de curtos capítulos no presente, no qual temos Molly organizando a mudança de sua casa e relembrando diferentes momentos de sua vida, intercalados por capítulos mais longos, de diversos pontos distantes no passado. As vezes, temos a narrativa de um acontecimento no ano de 2005; a seguir, retrocedemos ao final dos anos 90, para logo depois avançar para o início dos anos 2000. Dessa maneira, muitas vezes sabemos primeiro que certos acontecimentos se deram antes mesmo de sabermos como eles aconteceram, e apenas quando há um retrocesso maior na cronologia da história é que conseguimos compreender a conexão de cada evento mencionado. Não bastasse essa narrativa anacrônica, outro destaque está no que determina cada relato: os tipos de beijos presentes na vida de Molly. A partir deles e de uma introdução sobre cada um é que a história se desenvolve, e apenas ao final compreendemos o porquê dela assim ser construída.
Além de uma narrativa que desperta a curiosidade do leitor, a escrita de Ali Harris não poderia ser mais envolvente. A autora soube dosar, com maestria, leveza e intensidade em suas palavras, de forma ser possível rir em determinados momentos, derramar uma imensidão de lágrimas em outros e não querer, em momento algum, abandonar as páginas do livro. Foi muito fácil me sentir cativada pela leitura, e ainda mais fácil me apaixonar pelas personagens e pela história por elas dividida. Ainda, ver a ação transformadora do tempo na vivência de Molly e Ryan foi mais um dos aspectos positivos contidos em O primeiro último beijo, visto que, assim, podemos acompanhar todas as mudanças por eles passadas.
Por fim, vale dizer que, mais do que uma história de amor e de um casal lutando para vivê-lo, O primeiro último beijo é também uma história de auto-descoberta, a história de uma mulher batalhando por manter sua individualidade e personalidade, tentando aliá-la ao seu relacionamento sem se deixar desaparecer. Por isso, acompanhamos todas as dúvidas de Molly e suas inúmeras tentativas de não se perder, de não perder seus sonhos e, sobretudo, de não perder seu amor – seja por Ryan, seja pela vida.
Comecei O primeiro último beijo sabendo que ele seria arrebatador, e mesmo ciente disso, mesmo após ter adivinhado logo nas 100 primeiras páginas o que estava por detrás da história, ainda assim fui completamente devastada e tocada pela obra de Ali Harris. Sua escrita me tocou e envolveu, suas personagens me cativaram, e a história de ambas, sobretudo, me fascinou. Finalizei a leitura aos prantos, desejando viver sua mensagem ao máximo, com o amor e a emoção presentes na trama transbordando do meu peito. Essa, certamente, se tornou mais uma das histórias inesquecíveis para mim, e um romance que passarei a indicar de olhos fechados!
Parece ser um amor e ótimo pra ler em dias calminhos com uma xícara de chá do lado :3
Amei a dica 🙂
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