Título: Espada de Vidro
Autor: Victoria Aveyard
Editora: Seguinte
Número de Páginas: 496
Data de Publicação: 12 de fevereiro de 2016
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O sangue de Mare Barrow é vermelho, da mesma cor da população comum, mas sua habilidade de controlar a eletricidade a torna tão poderosa quanto os membros da elite de sangue prateado. Depois que essa revelação foi feita em rede nacional, Mare se transformou numa arma perigosa que a corte real quer esconder e controlar.
Quando finalmente consegue escapar do palácio e do príncipe Maven, Mare descobre algo surpreendente: ela não era a única vermelha com poderes. Agora, enquanto foge do vingativo Maven, a garota elétrica tenta encontrar e recrutar outros sanguenovos como ela, para formar um exército contra a nobreza opressora. Essa é uma jornada perigosa, e Mare precisará tomar cuidado para não se tornar exatamente o tipo de monstro que ela está tentando deter.
Espada de Vidro é a aguardada continuação de A Rainha Vermelha, best-seller de Victoria Aveyard que será lançado no próximo dia 12 de fevereiro. Como fiz a leitura através da prova disponibilizada pela editora Seguinte, que publica a série no Brasil, já posso compartilhar minhas impressões com vocês.
A história aqui se inicia no exato ponto em que A Rainha Vermelha terminou, narrada, como no primeiro livro, pela protagonista Mare Barrow. Depois de todas as reviravoltas vividas pela personagem, Mare está mais desconfiada do que nunca de tudo ao seu redor, e ainda mais certa da necessidade da luta dos vermelhos. Para isso, precisará unir forças, e somente com a ajuda dos semelhantes a ela, terá a chance de vencer seus opressores prateados.
“Tento não pensar no rosto dos mortos. Passar o tempo todo correndo para sobreviver é uma distração eficaz, mas mesmo a ameaça constante de aniquilação não é capaz de bloquear tudo. Algumas perdas são impossíveis de esquecer.”
página 254
O livro é tão eletrizante quanto o primeiro – sem jogos de palavras! A ação e a adrenalina estão em alta do começo ao fim, bem como a dose de reviravoltas foi novamente bem aplicada por Victoria Aveyard. Ainda, as novas descobertas no quesito “superpoderes” foram bastante interessantes, visto que é curioso, no mínimo, ver o que cada personagem é capaz de fazer. Sobre o romance, ele aparece de forma muito branda e sutil, o que foi positivo a meu ver, já que esse não é o foco da história.
Apesar de toda ação e adrenalina, Espada de Vidro me prendeu bem menos do que eu esperava, e certamente me agradou menos do que seu antecessor. Não senti a mesma angústia e interesse sentidos no primeiro livro, e muitas vezes me pegava desconcentrada da leitura. Também, o próprio final, em partes, já havia sido imaginado por mim, então não finalizei a obra, dessa vez, chocada com o que li – mesmo que eu tenha, sim, mantido minha curiosidade pelo final da trilogia.
“Antes, eu acreditava que o sangue era tudo no mundo, a diferença entre a luz e a escuridão, uma divisão irrevogável e intransponível. Tornava os prateados poderosos, frios e brutais, desumanos até, quando comparados aos meus irmãos vermelhos. Mas pessoas (…) me mostraram como eu estava errada. Os prateados são humanos como nós, cheios dos mesmos medos e esperanças. Não estão livres do pecado, mas também não estamos. Nem eu estou.”
página 281
Ainda assim, gostei de como a autora trabalhou os pontos abordados, principalmente no que se refere à personalidade de Mare – completamente em conflito entre seus princípios e deveres -, e às divisões estabelecidas pela cor do sangue de cada habitante da sociedade em questão. Mesmo com toda a fantasia que envolve o enredo, esses elementos certamente se aproximam da realidade e cumprem a função de crítica comum aos livros distópicos. E também como em obras do gênero, as mortes estão presentes, então é bom estar preparado para não se apegar demais a algumas personagens!
Em linhas gerais, Espada de Vidro não foi uma leitura tão prazerosa para mim quanto seu antecessor, que me conquistou e prendeu, talvez, principalmente por causa de toda novidade nele contida. Dizem que os segundos volumes de uma trilogia costumam ser os mais difíceis de serem escritos, justamente porque os primeiros apresentam o enredo, os terceiros os finalizam, e os segundos precisam mantê-los, o que nem sempre é fácil. Comigo, a leitura poderia ter sido mais bem aproveitada, mas acredito que Espada de Vidro não decepcionará os fãs da série, de um modo geral! Vale lembrar que quando Espada de Vidro estava em produção, a autora anunciou um novo livro para a série, que agora terá quatro volumes, além do spin-off Coroa Cruel.
Oi Aione, eu estou super animada pra ler essa serie de livros ela parece ser incrível e eu só leio elogios aos livros e a escritora e você como sempre fez uma ótima resenha bjs.