Título: Coroa Cruel
Autor: Victoria Aveyard
Editora: Seguinte
Número de Páginas: 232
Ano de Publicação: 2016
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Duas mulheres — uma vermelha e uma prateada — contam sua história e revelam seus segredos.
Em Canção da Rainha, você terá acesso ao diário da nobre prateada Coriane Jacos, que se torna a primeira esposa do rei Tiberias VI e dá à luz o príncipe herdeiro, Cal — tudo isso enquanto luta para sobreviver em meio às intrigas da corte.
Já em Cicatrizes de Aço, você terá uma visão de dentro da Guarda Escarlate a partir da perspectiva de Diana Farley, uma das líderes da rebelião vermelha, que tenta expandir o movimento para Norta — e acaba encontrando Mare Barrow pelo caminho.
Esta edição traz, ainda, um mapa de Norta e um trecho exclusivo de ‘Espada de Vidro, o aguardado segundo volume da série A Rainha Vermelha.
Coroa Cruel é o livro de contos spin-off da trilogia A Rainha Vermelha, publicada no Brasil em 2015 pela Editora Seguinte, cujos direitos de adaptação foram adquiridos pela Universal. Sendo lançamento de janeiro da editora, Coroa Cruel reúne os quatro primeiros capítulos de Espada de Vidro, segundo volume da série e lançamento de fevereiro da editora, além dos contos Canção da Rainha, que traz o diário de Coriane Jacos, mãe do príncipe herdeiro, Cal; e Cicatrizes de Aço, narrado por Diana Farley, uma das líderes da rebelião vermelha.
Em Canção da Rainha, o menor dos dois contos, temos a história de como Coriane passou a habitar a corte, o que a levou, futuramente, a se casar com o príncipe herdeiro Tiberias, que vem a ser o rei Tiberias VI. Através da narrativa em terceira pessoa, intermeada por pequenos trechos do diário da personagem, e, portanto, em primeira pessoa, compreendemos sua personalidade e temores, bem como presenciamos as intrigas típicas da corte.
“O Palácio de Whitefire ostentava as cores da Casa Calore – preto, vermelho e prateado – em tudo, até nas colunas de alabastro. As luzes nas janelas cintilavam, e os sons da grande festa ressoavam pela entrada principal, vigiada pela própria guarda de sentinelas do rei, de uniforme flamejante e máscara. Ao passar por eles, ainda segurando a mão de Julian, Coriane se sentiu menos como uma dama e mais como uma prisioneira conduzida à cela.”
página 27
Por se passar em meio aos prateados, achei o tom da narrativa bastante diferente do de A Rainha Vermelha, considerando-se que diferentes realidades são demonstradas, e por perspectivas também distintas. Ainda assim, Coriane também se diferencia dentre os prateados, algo notado inclusive durante a leitura do primeiro livro da série. Embora seja um conto com menos ação e uma escrita que se destaca por ser mais sensível e menos “ácida” do que a que compõe a narrativa de Mare Barrow, protagonista da trilogia, foi uma leitura agradável e interessante justamente por trazer mais detalhes sobre a história da rainha.
Cicatrizes de Aço, por sua vez, contem a agilidade e a fúria de A Rainha Vermelha, já que Diana Farley, personagem-narradora do conto, é muito mais parecida com Mare Barrow do que Coriane, tanto em sua personalidade quanto pela vivência por elas compartilhadas: ambas são jovens vermelhas, ambas são corajosas e determinadas, ambas estão dispostas a lutarem contra a corte prateada e a injusta sociedade na qual vivem.
“Porque, afinal, a guerra não é uma guerra.
É um extermínio.”
página 75
O interessante daqui, para mim, não foi apenas conhecer melhor a personagem e sua história de vida, mas também ter uma visão mais abrangente dos Reinos que compõe o universo da história, já que Norta, onde Mare vive, não é o Reino de Diana, embora seja para onde ela acaba se dirigindo, de forma que as histórias de ambas se cruzem assim. Ainda, gostei de conhecer com mais detalhes alguns segredos revelados apenas ao final de A Rainha Vermelha, no que diz respeito à Guarda Escarlate.
De modo geral, a leitura de Coroa Cruel não traz a mesma empolgação e adrenalina de A Rainha Vermelha visto que são histórias com finais já conhecidos pelos leitores do primeiro livro da trilogia. Ainda assim, trazem elementos próprios, capazes de agradar qualquer fã da série justamente por proporcionarem novas perspectivas e detalhes impossíveis de serem conhecidos somente pela leitura de A Rainha Vermelha. Um complemento envolvente e curioso para o universo criado por Victoria Aveyard.
Aione… Que legal a sua resenha, confesso que não estava muito empolgada pra ler esse livro… Mas você me animou a fazer a leitura… Então vamos lá ler!! 🙂 beijos!