Título: A Rainha Vermelha
Autor: Victoria Aveyard
Editora: Seguinte
Número de Páginas: 424
Data de Publicação: 16 de junho de 2015
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Uma sociedade definida pelo sangue. Um jogo definido pelo poder.
O mundo de Mare Barrow é dividido pelo sangue: vermelho ou prateado. Mare e sua família são vermelhos: plebeus, humildes, destinados a servir uma elite prateada cujos poderes sobrenaturais os tornam quase deuses.
Mare rouba o que pode para ajudar sua família a sobreviver e não tem esperanças de escapar do vilarejo miserável onde mora. Entretanto, numa reviravolta do destino, ela consegue um emprego no palácio real, onde, em frente ao rei e a toda a nobreza, descobre que tem um poder misterioso… Mas como isso seria possível, se seu sangue é vermelho?
Em meio às intrigas dos nobres prateados, as ações da garota vão desencadear uma dança violenta e fatal, que colocará príncipe contra príncipe — e Mare contra seu próprio coração.A rainha vermelha estreou em 1º lugar na lista do New York Times, e continua no ranking deste então. O diretos para cinema foram adquiridos pela Universal, que fará o filme com roteiro de Gennifer Hutchison (Breaking Bad) e produção de Benderspink (Efeito Borboleta) e Pouya Shahbazian (Divergente).
Confesso que estava mais ansiosa pela leitura de A Rainha Vermelha pelos burburinhos ao seu redor do que por sua temática em si, embora ela seja, no mínimo, curiosa: uma distopia YA que traz uma sociedade dividida pela cor do sangue, sendo o de cor vermelha pertencente à plebe e o prateado à elite, elevada a uma categoria superior por conta dos poderes sobrenaturais que a define.
Logo no primeiro capítulo, somos apresentados, em primeira pessoa, à difícil realidade de Mare como vermelha: sua família, como a dos demais vermelhos, é guiada pela miséria. Ao avançar das páginas, o sentimento de injustiça se intensifica, bem como a compreensão dessa sociedade extremamente segregada se torna mais clara. Inicialmente, fiquei um pouco confusa sobre os prateados, principalmente sobre seus poderes, mas a sensação foi passando conforme avancei pelas páginas. Não há uma explicação para a existência dos diferentes tipos de sangue, contudo essa informação é irrelevante: o que realmente importa é saber que há uma diferença e ela afeta a vida de todos.
“Muitos vibram em acordo. Precisei de toda a minha força para não pular em cima desses covardes que jamais estarão na frente de batalha ou enviarão seus filhos para o combate. A guerra prateada deles é paga com sangue vermelho.”
página 41
Toda minha leitura foi marcada por sentimentos e reações ao que eu lia: a angústia crescente pelas injustiças cometidas, a dúvida pelos caminhos escolhidos por Mare, os questionamentos que a própria protagonista faz sobre suas próprias convicções, a adrenalina nos muitos momentos de ação e as crescentes surpresas trazidas pelo próprio enredo. A todo momento fui tomada pela impressão de que nada do que eu esperasse de fato aconteceria, uma vez que Victoria Aveyard me surpreendeu diversas vezes ao longo da trama. Em determinado momento, passei a cogitar toda e qualquer possibilidade e, por supor tantas, acabei adivinhando o desenrolar dos fatos. Ainda assim eles me surpreenderam: eu realmente não sabia o que esperar, mesmo tendo diversas opções a minha frente.
O livro é definido por um forte sentimento de revolta e é esse sentimento o responsável por guiar o enredo. Assim, o romance tão comum a livros do gênero fica completamente em segundo plano nesse caso, e temos pequenos vislumbres dele em determinados momentos. Mare não está em busca de romance e não deixa algum ofuscar seus objetivos, tampouco se deixa enganar pelo cenário no qual passa a viver. Ainda assim, a maneira de como a autora inseriu as dúvidas da protagonista, sua percepção de que há margens para suas crenças, em muito me agradou.
“O mundo é prateado, mas também cinza. Não existem o preto e o branco.”
página 235
Merece destaque também a ambientação criada pela autora. Embora a ideia de sociedade segregada e caracterizada por fortes desigualdades seja típica do gênero e, portanto, comum a ele, achei interessante o toque de ficção dado pela autora ao dar poderes sobrenaturais aos prateados, bem como a nítida percepção de hierarquias e divisões dentro da própria elite. Foi interessante descobrir os possíveis tipos de poder e como estão ligados à formação das casas e descendências.
A Rainha Vermelha provou merecer a atenção recebida por ser um livro completamente envolvente e recheado de ação. Mesmo tendo ingredientes comuns ao gênero, como uma protagonista de personalidade forte, nascida em um meio desvalorizado e, em determinado momento, dividida quanto aos seus próprios sentimentos, a obra se destaca por manter sua própria identidade. Uma boa premissa aliada a uma escrita fluida, envolvente e repleta de frases de impacto só poderia resultar em uma ótima leitura. Agora, só nos resta aguardar pela continuação e pela adaptação cinematográfica, desejando que essa faça jus à obra original e que aquela não demore a chegar a nós.
Aione,Esse livro parece ser uma distopia voltada para os problemas sociais,pois além das diferentes cores dos sangues, vimos o enfoque principal aos conflitos e aos atos desumanos voltados para um grupo denominado peble e conjuntamente vemos uma mocinha preocupada com os que representam a sua classe sem se ostentar com aquilo que o grupo de sangue prateado o da realeza possui e melhor ainda o romance fica em segundo plano.Só nos resta esperar pela continuação do livro e aguardar sua produção cinematográfica.Beijos!!!!