Título: A Metamorfose
Autor: Franz Kafka
Editora: Companhia das Letras
Número de Páginas: 104
Data de Publicação: 1997
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“A Metamorfose” é a mais célebre novela de Franz Kafka e uma das mais importantes de toda a história da literatura. Sem a menor cerimônia, o texto coloca o leitor diante de um caixeiro viajante – o famoso Gregor Samsa – transformado em inseto monstruoso. A partir daí, a história é narrada com um realismo inesperado que associa o inverossímil e o senso de humor ao que é trágico, grotesco e cruel na condição humana – tudo no estilo transparente e perfeito desse mestre inconfundível da ficção universal.
Há muito tempo tinha curiosidade de fazer a leitura de A metamorfose, célebre novela de Franz Kafka, e uma das mais famosas e importantes da história da literatura.
A história se inicia com Gregor Samsa, caixeiro-viajante, acordando metamorfoseado em um gigantesco inseto. A partir de então, toda a narrativa trará os desenrolares desse impacto em sua vida e na vida de sua família, uma vez que ele mora com os pais e a irmã de 17 anos, além de ser o provedor do lar.
“Quando certa manhã Gregor Samsa acordou de sonhos intranquilos, encontrou-se em sua cama metamorfoseado num inseto monstruoso.”
página 7
Sempre em terceira pessoa, com uma perspectiva mais próxima da de Gregor, impera desde os primeiros parágrafos a característica hoje denominada “kafkiana” justamente por ser tão típica da obra e do autor: a narrativa do absurdo em meio à quase total indiferença e normalidade do dia a dia. Não há interesse em compreender o porquê da transformação ter ocorrido, nem há um grande desespero de Gregor por sua situação – ele mais se preocupa com sua família e com suas obrigações profissionais do que consigo próprio. Ainda, ao mesmo tempo em que despontam momentos de humor na escrita de Kafka (muitas vezes pela combinação do inverossímil com o quotidiano), há também o cruel e o trágico, intensificando ainda mais os paradoxos que compõe a obra.
Algo que se destacou em minha leitura foi a maneira de como a temática da transformação foi abordada: não simplesmente à metamorfose sofrida por Gregor, ela se refere muito mais à passada por seus familiares, que não só têm a dinâmica familiar alterada como também modificam suas formas de pensar e sentir ao longo da narrativa.
“Sem dúvida não eram mais as conversas animadas dos velhos tempos, nas quais Gregor sempre pensava com alguma nostalgia quando, nos pequenos quartos de hotel, tinha de se atirar cansado à cama úmida. Agora as coisas só aconteciam na maioria das vezes com muita quietude.”
página 60
De modo geral, a leitura de A metamorfose, embora rápida e curta, não se faz rasa de conteúdo. A cada página, há um detalhe a ser observado, há um novo incômodo ou encantamento que saltam por entre as palavras. Sem dúvida alguma, uma obra a ser recomendada.
Com certeza esse é um clássico da literatura mundial, mas infelizmente foi um livro que não funcionou pra mim. O pior é que não sei nem explicar a razão… não sei se li quando era muito nova e o momento não era o ideal… não sei. Penso um dia, tentar ler novamente. De todas as formas, ótima resenha.