Título: Como se apaixonar
Autor: Cecelia Ahern
Editora: Novo Conceito
Número de Páginas: 352
Data de Publicação: 2015
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Depois de não conseguir evitar que um homem acabasse com a própria vida, Christine passa a refletir sobre o quanto é importante ser feliz. Por isso, ela desiste de seu casamento sem amor e aplica as técnicas aprendidas em livros de autoajuda para viver melhor.
Adam não está em um momento muito bom, e a única saída que ele encontra para a solução de seus problemas é acabar com sua vida. Mas, para a sorte de Adam, Christine aparece para transformar sua existência, ou pelo menos tentar ajudá-lo.
Ela tem duas semanas para fazer com que Adam reveja seus conceitos de felicidade. Será que ele vai voltar a se apaixonar pela própria vida?
Considero Cecelia Ahern como uma das autoras que apenas me basta ver seu nome na capa de um livro para que eu me interesse por sua leitura. Com Como se apaixonar não foi diferente.
Aqui temos a história de Christine que, em primeira pessoa, nos narra os improváveis acontecimentos de sua vida. Após ter tentado impedir o suicídio de um homem, resolve terminar seu casamento por enfim aceitar que ele não a faz feliz. Enquanto enfrenta as consequências de sua escolha, conhece Adam em uma situação totalmente improvável: uma nova cena de suicídio. Assim, ela consegue convencê-lo a tentar recobrar a vontade de viver em duas semanas – prazo estipulado por ele -, enquanto precisa lidar com seus próprios fantasmas.
“Às vezes, quando você vê ou vivencia algo muito real, fica com vontade de parar de fingir. Você se sente um idiota, um charlatão. Fica com vontade de afastar-se de tudo o que é falso, seja algo inocente e inofensivamente falso ou algo mais sério; como seu casamento. Isso aconteceu comigo.”
página 9
Não demorei a mergulhar na leitura, uma vez que a escrita da autora foi bastante envolvente. Ainda, a própria premissa me interessou, principalmente pela curiosidade sobre como a autora desenvolveria o enredo, afinal, um prazo de duas semanas me pareceu pouco para persuadir alguém nas condições de Adam a continuar vivendo, e temi por não conseguir ser convencida pelo livro. Felizmente, isso não aconteceu. A história, ainda que desenvolvida em um período cronológico relativamente curto, não me passou a sensação de inverossimilhança, sendo capaz de me encantar passo a passo, de forma que me vi compreendendo as situações de cada personagem e torcendo por elas.
Christine, aliás, me agradou, mesmo com algumas observações sobre ela. É notório que a personagem foque em Adam em uma tentativa de ignorar seus próprios problemas, algo trabalhado em seu amadurecimento ao longo da trama. Ainda, sua extrema passividade em alguns momentos chegou a me incomodar – no sentido de desejar que ela parasse de sofrer injustiças -, considerando-se tudo a que ela é obrigada a aguentar, principalmente de seu ex-marido, e acaba por suprimir. De qualquer forma, essa é uma característica intrínseca à personagem e necessária à maneira de como se dão os fatos. Christine é forte, acima de tudo, pela maneira de como é capaz de enfrentar as situações e de se colocar no lugar de outros. Adam, por sua vez, é encantador ao revelar seu lado mais vivo e sagaz, ao mesmo tempo em que desperta compaixão por suas provações internas. Merecem destaque, também, o pai e as irmãs de Christine, que cativam o leitor principalmente por seu peculiar humor.
“Não tinha havido nenhum homem secreto esperando por mim, isso era óbvio, mas mas eu tinha abandonado Barry, terminando nosso relacionamento por nenhum motivo real… Bem, nenhum motivo que as outras pessoas pudessem ver. Era quase como se a minha infelicidade não fosse o suficiente. Se ele não me traiu, não me bateu e não foi cruel comigo, ninguém parecia conseguir entender que eu não amá-lo e estar infeliz eram motivos suficientes.”
página 159
Como pontos baixos, destacaria principalmente os relacionados a alguns momentos da narrativa e ao trabalho de tradução e revisão do livro. Sobre o primeiro caso, senti que, em alguns momentos, havia a criação de certa expectativa sobre a descrição de um momento que, logo em seguida, era quebrada ou pela ausência dessa narração ou por uma descrição mais superficial. Sobre a tradução, notei a presença de algumas construções de sentenças um pouco incomuns no português, que culminaram em frases estranhas e de compreensão dificultada, resultando em uma quebra de fluidez da leitura. Ainda, as falhas de revisão foram bastante frequentes, ficando um alerta à editora sobre isso – algo que, inclusive, já notei em outras publicações.
Em linhas gerais, Como se apaixonar é envolvente e de temática delicada sendo, por consequência, capaz de gerar reflexões importantes, ainda que singelas. Foi uma obra que conseguiu me emocionar em alguns momentos e me surpreendeu com algumas de suas revelações, algo mais do que positivo para o desenvolvimento da trama. Ainda que não tenha entrado para o meu hall de favoritos da autora e nem tenha me impactado como outras de suas obras, foi, certamente, uma leitura leve, proveitosa e sensível.
Aione,quero muito ler esse livro e descobrir se Christine conseguirá convencer,ou melhor demover a ideia de suicídio Adam em apenas 2 semanas .Que bom que a história lhe encantou passo a passo.Personagens passivas que suprimem tudo às vezes realmente incomodam um pouco.Que pena que a tradução esteja com sentenças um pouco incomuns ao português.,o que gerou quebra de fluidez na leitura.Que bom que a obra gera reflexões singelas.Legal em alguns momentos ter lhe emocionado e em outros ter lhe surpreendido,com algumas revelações.Mil beijinhos!!!!