Título: A Garota Que Perseguiu A Lua
Autor: Sarah Addison Allen
Editora: Planeta
Número de Páginas: 244
Data de Publicação: 2012
Skoob: Adicione
Orelha de Livro: Adicione
Compare e Compre: Amazon ♦ Americanas ♦ Cultura ♦ Saraiva ♦ Submarino
Como você pode achar seu caminho? Seguindo as nuvens ou a lua? Emily Benedict foi para Mullaby após a morte de sua mãe. Ao chegar à cidade e conhecer seu avô ela percebe que os mistérios do lugar nunca são resolvidos: eles são uma forma de vida. Existem quartos cujo papel de parede muda de acordo com o seu humor, luzes estranhas aparecem no quintal à noite e Julia Winterson, a vizinha, consegue cozinhar a esperança em forma de bolos. Emily percebe que sua mãe esteve envolvida no maior mistério da cidade, e conta com a ajuda de Julia para desvendá-lo. Em Mullaby nada é o que parece.
Quando A Garota Que Perseguiu A Lua foi lançado em 2012, instantaneamente me apaixonei por sua capa – motivo pelo qual me interessei pela leitura, confesso. Com o passar do tempo, fui cada vez mais ouvindo comentários positivos sobre a obra, mas somente agora tive a oportunidade de lê-la.
A narrativa da trama, sempre em terceira pessoa, alterna a visão dos fatos de acordo com várias personagens, embora centrada principalmente em duas: Emily, adolescente recém chegada em Mullaby, e Julia, antiga moradora da cidade, com um passado bastante conturbado. Tal alternância de focos no enredo contribuiu não apenas para que a visão sobre ele seja mais ampla, mas também para criar seus muitos momentos de mistério: muitas personagens guardam segredos e, ao revelarem tal fato ao leitor sem, de fato, contá-los, geram um sentimento de expectativa na leitura com relação à descoberta de todos os enigmas.
Embora o livro não pertença ao gênero da fantasia, são muitos os elementos nele presentes que podem ser considerados como fantásticos. Assim, há toda uma atmosfera de magia permeando a trama, e foi impossível não me sentir envolta e cativada por ela. Ainda, o próprio cenário de uma pequena cidade gerou, em mim, um sentimento quase imediato de conforto – combinação ideal para o fascínio despertado pela história.
Foi principalmente a escrita de Sarah Addison Allen quem me conquistou, considerando-se sua habilidade quase mágica, como a própria Mullaby, em envolver o leitor e de tragá-lo para as páginas. Me senti compelida a virar as páginas do livro, realizando uma leitura frenética e quase impossível de ser interrompida, de tão agradável.
Ainda, as próprias personagens e suas histórias pessoais são capazes de conquistar. Cada uma, a seu modo, traz um diferente ensinamento e passa por um diferente processo de amadurecimento. Logo nos vemos torcendo por elas, e sentindo compaixão por todos os obstáculos enfrentados por cada uma. Me apaixonei por cada história narrada, me emocionando, inclusive, ao acompanhar suas revelações finais.
A Garota Que Perseguiu A Lua foi uma das leituras mais gostosas que realizei no ano, e sem dúvida alguma me deixou ainda mais curiosa para ler as outras obras de Sarah Addison Allen. Misture um toque de magia com o sabor e o aroma de um delicioso bolo recém assado que a sensação estará próxima do conforto envolvente proporcionado pela leitura dessa prazerosa obra.
QUe delícia que finalmente fosse cativada pelo aroma de bolo saindo do forno. Também senti tudo isso. É aquela história confortante. Não é um texto mirabolante, não é fantástico, não é puro romance. É algo que acalenta a gente por dentro. Como o papel de parede que muda conforme o humor.