[Resenha] Primeiro e único - Emily Giffin - Minha Vida Literária
Minha Vida Literária
27

ago
2015

[Resenha] Primeiro e único – Emily Giffin

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Título: Primeiro e único
Autor: Emily Giffin
Editora: Novo Conceito
Número de Páginas: 448
Ano de Publicação: 2015
Skoob: Adicione
Orelha de Livro: Adicione
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Shea tem 33 anos e passou toda a sua vida em uma cidadezinha universitária que vive em função do futebol americano. Criada junto com sua melhor amigas, Lucy, filha do lendário treinador Clive Carr, Shea nunca teve coragem de deixar sua terra natal. Acabou cursando a universidade, onde conseguiu um emprego no departamento atlético e passa todos os dias junto do treinador e já está no mesmo cargo há mais de dez anos.

Quando finalmente abre mão da segurança e decide trilhar um caminho desconhecido, Shea descobre novas verdades sobre pessoas e fatos e essa situação a obriga a confrontar seus desejos mais profundos, seus medos e segredos.

A aclamada autora de Questões do Coração e Presentes da Vida criou uma história extraordinária sobre amor e lealdade e sobre uma heroína não convencional que luta para conciliá-los.

Primeiro e único é o sétimo romance de Emily Giffin e, também, seu mais recente trabalho. Por já ter lido todos seus outros livros e ter tido excelentes experiências com cada um deles, estava mais do que curiosa por essa leitura.

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Em primeira pessoa, a história é narrada por Shea, protagonista do enredo. Nascida em uma cidade universitária que vive para o futebol americano, ela compartilha dessa paixão e sempre esteve envolvida em atividades ligadas ao esporte: estudou na faculdade local e, há dez anos, trabalha no departamento atlético da universidade ao lado do treinador Carr, figura lendária da cidade e pai de sua melhor amiga, Lucy. Quando surge a proposta do emprego dos sonhos de Shea, ela decide sair de sua zona de conforto e se depara com segredos e emoções antes inimaginadas por ela.

Embora Emily Giffin forneça desde o início uma ótima caracterização do cenário da história e das personagens, meu envolvimento com o enredo foi tardio, talvez por ele ter demorado um pouco a desenvolver os conflitos emocionais de Shea. Depois, já tendo uma ideia melhor dos rumos da trama e situada nela, meu envolvimento aconteceu de maneira natural e fiz uma leitura bastante agradável, curiosa pelos possíveis desdobramentos.

 

“Percebi que ele disse teria gostado em vez de gostou, o que era uma indício de que ele não estava tão certo assim quanto à existência de Deus, o que me fez sentir uma pontada de desespero seguida de um vazio medonho. Naquele momento, desejei, desesperadamente, que o treinador tivesse uma fé firme e verdadeira, embora eu não soubesse ao certo por que isso era tão importante para mim.” 

página 17

 

Como em todas as suas obras, Emily Giffin traz uma questão polêmica a ser desenvolvida. Shea está emocionalmente envolvida com alguém, de certa forma, proibido para ela e esse é o foco romântico central de Primeiro e único. Contudo, não é a única temática trabalhada, que se estende também desde possíveis infrações cometidas pelo time da cidade durante os campeonatos até questões de violência contra a mulher, parte mais séria da obra, a meu ver.

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Ainda que eu tenha feito uma leitura agradável e tenha conseguido me envolver bastante com a história, esse foi o livro de Emily Giffin do qual menos gostei. Shea, de certa forma, se mostrou uma personagem sem iniciativa – ao menos inicialmente -, tomando decisões apenas quando aconselhada por outros sobre essas serem as melhores para ela. Além disso, o final deixou a desejar para mim por ter deixado algumas questões em aberto. Por exemplo: Shea toma uma decisão profissional baseada em sua atual situação de vida. Em seguida, é surpreendida por um acontecimento inesperado e com potencial de afetar sua decisão anterior, mas nada sobre isso é dito, sem que o leitor saiba, de fato, como a história nesse âmbito foi finalizada.

 

“Eu: Parece bem simples.
CCC: Sim. Mas não se deixe enganar. As melhores coisas da vida parecem simples. Mas só parecem.
Sorri olhando para meu celular, pensando no quanto aquilo era verdadeiro.

página 186

 

Por ser um trabalho no qual o futebol americano é muito presente, muitos termos técnicos são incluídos na narrativa. A menção deles não atrapalhou minha compreensão do enredo, uma vez que não é necessário entender do esporte para acompanhar a trama. Porém, em determinados trechos ocorrem algumas breves explicações sobre eles entre parênteses, que chegaram a me incomodar por afetarem minha leitura. Não sei se isso fez faz parte da obra original ou se foi uma inclusão durante a tradução para o português, visto que há traduções entre parênteses que certamente não faziam parte do original. Caso, de fato, tenha sido uma adição da tradutora, acredito que teriam sido melhores incluídas se estivessem em notas de rodapé. Também, notei constantes erros de revisão nessa edição, em quantidade suficiente para ter chamado minha atenção.

Mesmo que Primeiro e único tenha me decepcionado um pouco, ainda assim me proporcionou uma boa leitura, principalmente pela habilidade de Emily Giffin em trazer conflitos e relacionamentos capazes de tirar o leitor (e seus protagonistas) de sua zona de conforto, sem que seus personagens sejam colocados em uma posição de crítica; ao contrário, a autora dá voz aos seus sentimentos e possibilita que sejam compreendidos e vistos em sua totalidade, com suas qualidades e defeitos.

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17 Respostas para "[Resenha] Primeiro e único – Emily Giffin"

Aciclea Vieira - 27, agosto 2015 às (12:49)

Aione,gostei de saber que a história é narrada em primeira pessoa ,pena que os conflitos emocionais demorem a acontecer,mas mesmo assim quero muito conhecer esse universo esportivo através da personagem Shea,gostei de saber que além do conflito amoroso o livro tratará sobre violência a mulher,amo histórias que os personagens saem da zona de conforto.Beijos!!!!!

Leticia - 27, agosto 2015 às (13:08)

Oi Aione
Você não foi a primeira a se decepcionar com o livro. Acho que o que pesou muito na leitura, pelo menos é o que todos dizem, inclusive você, são os termos técnicos do futebol americano. Eu pelo menos gosto quando os sentimentos dos personagens são o foco, sem ficar fugindo muito com outros detalhes. Acho que este é um livro da Emily que eu não leria.

livrosvamosdevoralos.blogspot.com.br

Becca Martins - 27, agosto 2015 às (14:25)

Oi Mi!
Que pena que o livro não tenha tido tantos efeitos quanto os outros. Eu sou muito fã da autora, a única obra dela que não gostei muito foi de O noivo da minha melhor amiga. Este eu ainda não li, mas confesso que fiquei um pouquinho desanimada com a sua resenha, porque estava muito empolgada para lê-lo.
Eu sei que estes termos técnicos, mesmo não tendo te atrapalhado eu sei que vai me incomodar um pouco porque já passei por experiências parecidas do qual acabei me cansando um pouco da obra por isto.
Eu achei o livro um pouco diferente, porque pelo que deu para entender a jogadora é a menina né? Muito provável que eu vá ler o livro, mesmo não tendo tantas expectativas mais sobre ele.
Beijos!!

Aione Simões - 01, setembro 2015 às (18:43)

Oi flor!
Não não, a protagonista é muito fã de futebol, mas é jornalista hehe!
Ela só é muito próxima do time da cidade e da família do técnico!
Beijão!

Larissa Oliveira - 27, agosto 2015 às (14:35)

Oi, Aione! Ainda não li nada da autora. Achei interessante ela ter abordado essa questão da violência contra a mulher. No entanto, não consegui encontrar algo de mais significativo que me atraísse e que me fizesse interessar pelo livro. Acho que também ficaria incomodada com esses termos técnicos presentes na narrativa. Mas acredito que a história tenha sim, seus pontos positivos, como você mesma destacou, mas não foram suficientes para que me deixasse com vontade de ler.

Suzzy Chiu - 27, agosto 2015 às (20:38)

Eu ainda nao li nenhum livro da Emily Giffin, mas já li mtas resenhas bem positivas. Esse livro vi na época do lançamento e nao tinha me animado mto… E acho q ate hoje não li nenhuma resenha q tenha 100% gostado da história. Acho que ter mto termos técnicos de futebol americano ajudou aos leitores do Brasil nao se sentirem tao a vontade.
Nao devo ler o livro, mas gostei de como expôs sua opinião sobre o livro.
Bju

Taísa - 27, agosto 2015 às (21:46)

Oi Aione! Já li dois livros da autora – Laços inseparáveis e Presentes da vida – e amei os dois, a minha expectativa é grande com esse novo livro também. A história parece ser simples pelo que li na sua resenha, mas com emoções que fazem da leitura algo que vale a pena.

Maria Alves - 27, agosto 2015 às (22:54)

Pena que a leitura não agradou e o final deixou coisas em aberto, mas ainda não conheço a escrita da autora, mas pretendo. Parece ser uma historia cheia de sentimentos. Que romance proibido será esse de Shea, fiquei curiosa.

DEISE FERNANDA - 27, agosto 2015 às (23:32)

Olá Aione, sempre tive a impressão de que os livros da Emily Giffin são muito dramáticos, não sei porque coloquei isso na cabeça o que me impede de iniciar qualquer leitura de uma obra dela. Mas outro dia assisti ao filme “O noivo da minha amiga” (acho que é esse o nome) e gostei muito e então fiquei sabendo que é baseado num livro dela.
Sobre “Primeiro e Único” pela sinopse não achei tão interessante assim e por mais que sua resenha tenha sido muito boa, não me despertou uma vontade de lê-lo (minha implicância falando?!).
Em relação às explicações demasiadas em livros também não curto muito, nem mesmo em notas de rodapé.. no meu caso tiram minha concentração.

Mariana Fieri - 28, agosto 2015 às (11:58)

Oi Aione linda!
Vc sabe que eu amooo Emily Giffin! E estou doida para ler este novo romance dela…. embora a temática futebol americano seja algo que não me atrai em nada…sério, seja filme, seriado, livro, qualquer coisa com futebol americano já me faz torcer o nariz um pouco…preconceito com futebol americano eu sei… kkk mas fazer o que? rsrs Mesmo assim, devido ao meu amor pelo talento da autora, vou com certeza colocar isso de lado e ler a obra da escritora! Adorei a resenha!
Bjooos e um ótimo final de semana!

Cristiane Oliveira - 29, agosto 2015 às (22:43)

Oi Aione. Sou bem curiosa pra ler um livro desta autora, e ainda nem sei dizer porque ainda não o fiz rsrs. Talvez eu me irritaria um pouco com estes termos técnicos sobre o futebol americano que você citou na resenha, mas fiquei curiosa em conhecer o livro mesmo assim.
Beijos

Mariele Antonello - 30, agosto 2015 às (15:53)

Sua resenha está muito boa, vi muitos comentários sobre este livro, a maioria negativos, como os termos técnicos do futebol americano atrapalhou um pouco você na sua leitura, acredito que também me atrapalharia, pois não entendo nada sobre o assunto, então não é o tipo de livro para mim e não pretendo ler.

rudynalva - 30, agosto 2015 às (23:28)

Ai Aione!
Gosto da autora, mas não sei se gostaria do livro.
Não é por nada não, mas ler sobre um livro que fala de um jogo que nem é tão conhecido aqui no BRasil, talvez não seja uma boa pedida para mim no momento…
Fiquei foi triste…
“A dúvida é o principio da sabedoria.”(Aristóteles)
cheirinhos
Rudy
http://rudynalva-alegriadevivereamaroquebom.blogspot.com.br/
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Ana I. J. Mercury - 30, agosto 2015 às (23:33)

Nunca li nada da Emily, acredita??! rs
Quero ler vários, mas a premissa desse não me ganhou, achei meio fraquinho e tal.
A capa é muito bonita, e gosto bastante de esportes embora não pratique nenhum, acho que leria para tentar entender um pouco mais desse kkkkk
bjos

Bruna Costabeber - 31, agosto 2015 às (10:18)

Olá Mi,
Já li alguns livros da autora e gostei muito.
Quando vi esse lançamento fiquei meio receosa de desejar lê-lo, pois se o tema do futebol americano não ser bem trabalhado, o leitor fica confuso.
Gostei da sua resenha, mas acho que não é o tipo de livro que quero ler por um tempo.
De toda forma, vou anotar essas observações que você fez para pensar na hora de comprar.
Beijos

Greice Negrini - 07, setembro 2015 às (22:28)

Aii Aione, você resenhou o mesmo que eu entendi sobre o livro. Achei ele entendiante por causa de tanto futebol americano e olha que amo a autora, mas este foi o livro que menos gostei de verdade. Demorou para pegar no tranco e era tanto futebol que acabou me enchendo o saco….

Beijos,

Greice Negrini

Blogando Livros
http://www.amigasemulheres.com

Karla thais - 19, agosto 2020 às (16:25)

Eu tambem achei desnecessario tanto assunto tecnico de futebol, atrapalhou um pouco o desenrola da trama, mas gostei do livro

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