Título: Xadrez Autor: Fabiane Ribeiro Editora: Multifoco Número de Páginas: 400 Ano de Publicação: 2011 Skoob:Adicione Compare e Compre:Buscapé
Inglaterra, 1947. A Europa encontra-se devastada pela Segunda Guerra Mundial, assim como o coração de Anny. A garota de oito anos vê seu mundo desmoronar ao receber a notícia de que não poderá mais viver com os pais e terá que se mudar de casa levando pouco mais que seu tabuleiro de xadrez. Tudo parecia um pesadelo, até que surge Pepeu, um jovem misterioso que mudará para sempre a vida de Anny, levando-a a aprender sobre o mundo e a viver momentos emocionantes sem sair dos canteiros de seu pequeno jardim. Ao lado de anjos que são colocados em sua jornada, a doce menina aprende a enfrentar as dificuldades através de lições de abnegação, fé e amor verdadeiro.
Fabiane Ribeiro criou um mundo encantador. Na realidade, acho que o melhor a ser dito é que ela criou uma personagem encantadora: Anny, uma garotinha mais do que especial, que me lembrou a célebre Pollyana de Eleanor H. Porter.
Conheci a narrativa de Fabiane através de Corações em Fase Terminal, no qual pude perceber o talento da autora. Em Xadrez, apenas o constatei, já que a história é muito bem escrita e desenvolvida.
O enredo poderia ser classificado tanto como “doce” quanto como “amargo”. Há cenas cruéis, nas quais sentia o coração apertar. Porém, acima da crueldade, há um imensurável amor, capaz de tornar o livro muito mais doce do que amargo. Anny é o amor em forma de criança e tudo que conseguia pensar enquanto eu a conhecia mais a fundo era o quão especial ela era. Em alguns momentos, cheguei até mesmo duvidar que uma criança assim pudesse existir, já que ela carrega consigo uma sabedoria gigantesca. Entretanto, a própria história se encarrega de nos mostrar que Anny, de fato, não é uma criança qualquer.
São várias as histórias entrelaçadas as de Anny. Não é apenas sobre a garotinha que conhecemos, mas também sobre todos que com ela estão envolvidos. E a autora foi muito feliz em criar todas elas, visto que os detalhes dados a cada uma só serviram para enriquecer a obra como um todo e permitiram uma maior aproximação com o leitor.
Apenas dois pontos me desagradaram um pouco. Um deles foi Cindy, a mãe de Anny. Achei a personagem controversa, não consegui defini-la muito bem. Logo em suas primeiras falas, ela demonstra ser uma pessoa fria e que busca a distância da filha – o que fica claro na maioria de suas ações ao decorrer da história. Entretanto, em outras de suas atitudes, ela se mostra uma mãe carinhosa, que se importa com Anny, o que não se encaixa com seu perfil. O outro ponto foi o final, que me pareceu um pouco corrido e com alguns pontos não muito bem finalizados, fiquei com a sensação de algumas explicações terem faltado. Por exemplo, esperava maiores detalhes sobre o trabalho dos pais de Anny ou uma maior explicação sobre a condição de Angel, embora eu acredite que haja a possibilidade de ter sido exatamente essa a intenção de Fabiane: deixar tudo subentendido, já que a própria Anny não conhece com certeza esses fatos.
Ainda como consequência do final corrido, em minha opinião, acabei não conseguindo conhecer tão bem a Anny adolescente. A Anny criança foi muito bem explorada e apresentada, todavia sua fase adolescente deixou um pouco a desejar. Achei que faltaram elementos para melhor apresentá-la, gostaria de ter sabido se algo nela mudou, se seus sonhos foram modificados, quais suas aspirações para o futuro no meio tempo transcorrido entre sua infância e o final da história, entre outros aspectos. Em resumo, enquanto a Anny criança foi bem real em minha imaginação, a adolescente não criou uma forma clara em minha mente, continuei a imaginá-la como a criança que um dia havia sido. Novamente, esse pode ter sido um recurso da autora, para mostrar que Anny sempre manteria seu lado criança consigo.
De um modo geral, a leitura me agradou bastante, tanto pela qualidade de sua escrita e, principalmente, pela belíssima mensagem de fé e amor transmitida. Anny é uma personagem cujo exemplo devemos seguir e tenho certeza de que os que conseguirem levar consigo um pouco dessa menina, não só serão mais felizes como, também, terão aprendido uma valiosa lição: a de se saber viver.
Mi, Já tinha visto divulgação do material de “Xadrez” em outros blogs, mas tudo bem superficial até então. Lendo a sua resenha e dando uma atenção maior à sinopse, gostei do que vi e pude formar uma ideia positiva a respeito da obra de Fabiane. Não sei se é só pela sinopse, mas me lembrei de “A Menina que Roubava Livros”.
Adoro suas resenhas, pois são tão bem escritas e bem coerentes. Eu imaginava que este livro fosse bem infantil e até mesmo um pouco bobo, porém, em sua resenha percebi que me equivoquei. A estória me pareceu realmente cheia de amor, e fiquei bem curiosa para receber.
Oi Mi! Li a resenha desse livro em outros blogs e me parece ser uma história bem tocante, também como você definiu muito bem: doce, e ao mesmo tempo amarga. Primeiramente o livro não tinha me chamado tanto a atenção, mas após algumas resenhas e me aprofundar um pouco mais sobre a história, criei uma impressão bem positiva do que vou encontrar. De qualquer forma como sempre, adoro o fato de você ter chamado atenção para os aspectos negativos que você também encontrou. Como sempre, uma resenha muito bem estruturada e coerente. Beijão!
Eu já li outras resenhas sobre esse livro e mesmo muitas sendo positivas, não despertou meu interesse. Eu gostei de saber que é um livro que mexe com o leitor. Gosto disso. Mesmo assim, ainda não entrou para minha wishlist. Talvez mais para frente.
Oi Mi! Nossa que lindo! Simplesmente amei! É a primeira resenha que leio de Xadrez e fiquei encantada! A Fabi é doce de pessoa, gosto muito dela! Parabéns flor pela excelente resenha!
Mi, fazia um tempinho que eu não passava por aqui, mas estava me fazendo falta! Adoro suas resenhas, e essa não perde em nada. Já morria de curiosidade de ler a história criada pela Fabiane, e acho agora que preciso ainda mais. Parece ser daquelas histórias lindas, que conseguem nos fazer enxergar a luz e o bem em meio ao caos, e que vêm tão carregadas de mensagens que ficam gravadas na gente sempre.
Oi, Aione! Se eu julgasse o livro pela capa sem nem sequer ler a sinopse, certamente não chamaria a minha atenção. Então, obrigado pela resenha, pois assim pude ver do que se trata “Xadrez”. Eu gostei da trama e fico contente em saber que foi bem escrita. Só não entendi onde entra o tabuleiro de xadrez na história… =/ Parabéns pela ótima resenha.
Ah, Mi! Eu tinha vontade de ler o livro, desde as novidades em que você falou sobre ele! Gosto de histórias assim, “amargas” e “doces”, se é que me entende. Gosto de autores brasileiros explorando temas bacanas e estruturando histórias tão boas e gostosas de conhecer! Você comentou sobre a semelhança da personagem com a Pollyanna… Cara, eu amo a Pollyanna, rsrs Pollyanna é um dos meus livros preferidos e me arrependo de só ter tipo a oportunidade de lê-lo agora… Fiquei bastante interessado, Mi! Quero conhecer este universo criado pela autora! Beijão!
Mi,
Já tinha visto divulgação do material de “Xadrez” em outros blogs, mas tudo bem superficial até então. Lendo a sua resenha e dando uma atenção maior à sinopse, gostei do que vi e pude formar uma ideia positiva a respeito da obra de Fabiane.
Não sei se é só pela sinopse, mas me lembrei de “A Menina que Roubava Livros”.
Beijinhos!
Ana – Na Parede do Quarto