Título: Matando borboletas
Autor: M. Anjelais
Editora: Verus
Número de Páginas: 224
Ano de Publicação: 2015
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O primeiro amor, a inocência perdida, e a beleza que pode ser encontrada até nas circunstâncias mais perversas. Sphinx e Cadence — prometidos um ao outro na infância e envolvidos na adolescência. Sphinx é meiga, compassiva, comum. Cadence é brilhante, carismático — e doente. Na infância, ele deixou uma cicatriz nela com uma faca. Agora, conforme a doença de Cadence progride, ele se torna cada vez mais difícil. Ninguém sabe ainda, mas Cadence é incapaz de ter sentimentos. Sphinx quer continuar leal a ele, mas teme por sua vida. O relacionamento entre os dois vai passar por muitas reviravoltas, até chegar ao aterrorizante clímax que pode envolver o sacrifício supremo.
Foi a temática de Matando borboletas, aliada a sua belíssima capa, que me chamou a atenção para a leitura. O livro me pareceu ser intenso, permeado por um drama, no mínimo, interessante.
Tais características supostas por mim foram facilmente identificadas na escrita de M. Anjelais, sua jovem autora. Em primeira pessoa, temos a visão de Sphinx, adolescente de 16 anos cuja vida é marcada por um plano feito entre sua mãe e a melhor amiga dela ainda quando crianças, e pela presença do brilhante e perturbado Cadence. Sphinx traz ao leitor acontecimentos de sua infância e adolescência, extremamente influentes em sua vida, ao mesmo tempo em que se aprofunda em todos os conflituosos sentimentos que a tomam.
“Todo mundo adorava os olhos de Cadence, as pessoas sempre diziam como eles eram lindos, como eram diferentes. Como eram completamente fora do comum. Às vezes, pensei, ser comum é melhor. Foi a primeira vez na vida que eu percebi que algo pode ser tão incomum a ponto de estar quebrado, tão extraordinário que significa que há algo errado ali.”
página 20
Foi interessante observar como a autora faz uso de imagens fortemente visuais para criar suas metáforas, de forma a tornar a obra mais sensível. O livro, ao mesmo tempo em que é dotado de um ar artístico, também se utiliza dessa aura para transmitir suas impressões e pistas; analisando as metáforas dadas pela autora, é possível compreender melhor as personagens e o rumo tomado pela trama. Ainda, é nítida a presença de sua linguagem poética, considerando-se as tantas figuras de linguagem que aparecem na narrativa.
Também, foram seus personagens os principais fatores para o desenvolvimento do enredo. Enquanto Cadence cativa por sua luz e perversidade, Sphinx traz suas emoções conflitantes. A história, principalmente, fala da descoberta de Sphinx sobre si mesma, do estabelecimento e da afirmação de sua própria identidade.
“Sim, a mão dele era quente, um sinal de vida, mas eu conhecia o gelo em seus olhos.”
página 72
Embora dotado de diversas características notáveis, Matando borboletas, infelizmente, não conseguiu me tocar como imaginei. Fui capaz de me envolver com a leitura, de apreciar suas características, mas não fiz uma leitura emocional como, provavelmente, seria o ideal. Foi como se houvesse uma barreira entre meus sentimentos e os da personagem e, mesmo que eu fosse capaz de compreender os dela, não os senti em mim.
Ao mesmo tempo em que não vejo uma explicação para esse distanciamento, sei também que ele afetou minha experiência com a leitura: considero os melhores livros aqueles capazes de mexer com minhas emoções. Dessa maneira, por mais que Matando borboletas tenha configurado como uma leitura interessante, não foi capaz de deixar sua marca em mim, de forma a fazer dela inesquecível.
Desde quando lançaram esse livro , estou desejando o .Ainda não o comprei , mas , pretendo fazer isso em breve .
Sua capa é realmente maravilhosa !
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