Título: O Lago Místico
Autor: Kristin Hannah
Editora: Novo Conceito
Número de Páginas: 368
Data de Publicação: 2014
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Esposa e mãe perfeita, Annie vê o seu mundo desabar de uma hora para outra quando é abandonada pelo marido.
A fuga momentânea é para Mystic, a pequena comunidade onde ela cresceu e onde o seu pai ainda vive. Lá, Annie começa a se reerguer novamente, descobrindo o amor por si mesma, por um velho amigo solitário e por uma garotinha que acaba de perder a mãe.
Tudo está se encaixando na vida de Annie. Nick e Izzy se tornaram uma parte importante de seu processo de cura, e ela também se tornou essencial para a sobrevivência da relação entre pai e filha. Até que o seu ex-marido reaparece… e a tranquilidade rapidamente dá lugar ao desespero.
Kristin Hannah encanta mais uma vez com uma história comovente, sensível e verdadeira sobre perda, paixão e os fios frágeis que unem as famílias.
Sabe aquela sensação gostosa que aparece após assistirmos a um típico filme de romance “água com açúcar”, no qual temos uma protagonista vivendo uma transformação pessoal, revendo seus valores e se deparando com um novo e inesperado amor, tendo como cenário uma bela cidadezinha com uma aura de magia? Foi a mesma sensação que tive durante a leitura de O Lago Místico, mais uma obra de Kristin Hannah que não me decepcionou em nada.
Embora a autora também demonstre no livro sua, talvez, principal característica – a de fazer uma profunda imersão nas emoções e conflitos internos de suas personagens -, O Lago Místico foi, para mim, sua obra menos intensa e arrasadora. Ainda que eu tenha me emocionado e derramado lágrimas em vários momentos da leitura, senti nela um clima mais ameno que me pareceu diferente de seus outros livros, inclusive capaz de me fazer compará-la com as obras de Nicholas Sparks, as quais sempre despertam em mim uma sensação de calmaria agradável durante o desenrolar da história, mesmo nas mais tristes.
“Ela caminhou sem rumo pela casa, tentando entender o que fizera de tão errado e como falhara.
Se soubesse como, talvez então pudesse consertar tudo. Havia passado os últimos vinte anos colocando as necessidades da família em primeiro lugar, e ainda assim de alguma forma tinha falhado, e sua falha a deixara sozinha, vagando por aquela casa imensa, sentindo saudade da filha que tinha partido e de um marido que estava apaixonado por outra.”
página 22
Em terceira pessoa, a narrativa se alterna segundo a visão das diferentes personagens que compõe a trama, principalmente sob a ótica de Annie, a protagonista, Nick e Izzy, uma das personagens mais encantadoras criadas por Hannah. Dessa maneira, é possível ter uma visão mais ampla das motivações de cada uma e de suas dificuldades, tornando-se mais fácil compreendê-las. Enquanto Annie passa por um profundo processo de auto-descoberta e reavaliação de sua vida, Nick enfrenta o luto pela morte da esposa e as complicações advindas desse triste acontecimento: o alcoolismo e a distância que passa a existir entre ele e sua filha Izzy, como se ele tivesse desaprendido de ser pai. Izzy, por sua vez, enfrenta, aos seis anos, a perda da mãe e a estranha convivência com o desconhecido que outrora fora seu pai.
Uma sempre importante temática nos livros de Kristin Hannah é a maternidade, e ela novamente se faz presente em O Lago Místico. Vemos como a ausência da mãe de Annie por sua morte afetou a vida da protagonista em diferentes aspectos e como isso facilitou a criação de um relacionamento com Izzy, pela situação semelhante enfrentada pela garotinha. Temos, ainda, o papel da própria Annie como mãe e também como esposa, contraposto à essência perdida da personagem ao assumir esses papéis.
“Ela sabia que esse momento ficaria para sempre, muito depois de ela desejar esquecê-lo. Talvez mais tarde fosse pensar no que a levou a agir assim: seria o reflexo tremeluzente das estrelas no lago, ou o modo como a mistura de luar e lágrimas fazia os olhos dele parecerem piscina de prata derretida? Ou a solidão muito profunda dentro dela, como um cubo de gelo pressionado contra seu coração partido?”
página 88
Mesmo sem achar o livro intenso como os demais da autora, foi impossível não me emocionar durante a leitura. Kristin Hannah tem uma habilidade excepcional de falar sobre emoções e transmiti-las, seja de forma arrebatadora, seja de forma singela. O Lago Místico configurou como uma terna e sensível leitura, e não foi difícil imaginá-la sendo adaptada para os cinemas como o típico filme descrito inicialmente por mim.
Oi Aione linda! <3
Ah, eu realmente me decepcionei com esse livro da Kristin. Acostumada com obras incríveis dela, eu fui esperando que essa fosse mais uma. Até certo ponto eu estava adorando, mas da metade para a frente eu queria jogar o livro pela janela. Detestei a reviravolta que a história deu e Annie foi uma personagem que me frustrou demais. Uma pena :/
Beijos,
Mari Siqueira
http://loveloversblog.blogspot.com