Título: A Namorada do Meu Amigo
Autor: Graciela Mayrink
Editora: Novas Páginas
Número de Páginas: 336
Ano de Publicação: 2014
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Quando voltou das férias de verão, Cadu não imaginava a confusão em que a sua vida se transformaria. Era para ser um ano normal, mas ele entrou em uma enrascada e está correndo o risco de perder a amizade do cara mais legal do mundo. O que fazer quando a namorada do seu amigo vira uma obsessão para você? Os churrascos da turma da faculdade talvez ajudem a esquecer Juliana, e, se depender do esforço do divertido Caveira, não faltarão garotas gente boa para preencher o coração de Cadu. Mas não adianta forçar… Quem consegue mandar no coração? Alice, a irmã de Beto, é só mais uma das dores de cabeça que Cadu tem que enfrentar. A vida inventa cada cilada!
Normalmente, o motivo principal para que eu desgoste de uma leitura é o protagonista. Se ele não me ganha, é quase certeza de que o livro todo me desagradará, realçando diversos detalhes da obra que me incomodarão por todo o enredo. E, como para toda regra há uma exceção, O Namorado Da Minha Amiga chega para me fazer ter uma relação de amor e ódio com ele: amor pela escrita deliciosa de Graciela Mayrink, ódio pelo Cadu, “mocinho” da trama.
Antes mesmo de iniciar a leitura, estava com um pé atrás, temendo pelo que encontraria. Eu duvidava de como a história me convenceria tendo como premissa um rapaz apaixonado pela namorada do melhor amigo – Emily Giffin foi uma das poucas a conseguir a façanha, até então, de me fazer torcer pelos traidores. E não me enganei: repudiei as atitudes de Cadu ao longo do livro, ao mesmo tempo em que demorei a me convencer de seu amor por Juju – se é que realmente me convenci ao final. Embora o rapaz afirme tentar esquecer a garota, eu só conseguia enxergá-lo se envolvendo ainda mais por gostar de estar apaixonado por ela. Ao mesmo tempo, não consegui ver profundidade em seu amor, apenas a paixão nascida da atração física e da admiração pela beleza e doçura da moça.
No entanto, mesmo sem concordar com nenhuma atitude de Cadu – o que resultou em uma aflição por toda leitura -, eu simplesmente não consegui desgrudar do livro, tendo o lido de uma vez em poucas horas. O fato é que a narrativa de Graciela Mayrink é extremamente ágil e envolvente, e permite uma leitura rápida e prazerosa.
Também, Graciela escreve como ninguém situações do quotidiano, algo que já havia me encantado em Até Eu Te Encontrar. A Namorada Do Meu Melhor Amigo se desenvolve através do dia a dia de Cadu, ilustrando seu ambiente da faculdade, suas amizades e, até mesmo, sua situação familiar. Dessa maneira, a leitura toda foi aconchegante e trouxe uma gostosa sensação advinda desse universo.
Ao final da trama, só pude sentir minha admiração pela autora crescer. Não apenas gostei da resolução, como também enxerguei o desafio enfrentado por Graciela. Ao escrever sob o ponto de vista de um anti-herói, ela se arriscou porque a obra poderia desagradar os leitores justamente por conta do protagonista. Porém, ao contrário, ela me presenteou com uma leitura capaz de me tirar de minha zona de conforto por enxergar uma situação que desaprovo sob outra ótica, sem deixar de ter sido prazerosa.
Oi Aione, sua linda!
Estou começando esse livro agora e realmente fico com um pé atrás quando o assunto é triângulo amoroso, especialmente no caso do ‘traidor’. Como uma romântica incurável, a traição pra mim é imperdoável, mas vou tentar odiar um pouco menos Cadu ao final da leitura. Quem sabe analisando sob outro ponto de vista eu consiga 😉 A Gracy é uma fofa, né *-*?
Beijos,
Mari Siqueira
http://loveloversblog.blogspot.com