Havia resolvido dar um tempo dos distópicos por causa da grande quantidade de lançamentos do gênero desde o sucesso de
Jogos Vorazes. Contudo, por conta do
Virando A Página, clube do livro que frequento em São Paulo, acabei por realizar a leitura que já vinha chamando minha atenção devido a sua excelente aceitação dentre os leitores.
A característica mais notável da obra, em minha opinião, é sua fluidez, praticamente não senti as 500 páginas que compõe o livro passarem. Acredito que o principal motivo para isso esteja na narrativa da autora, em primeira pessoa, totalmente ligada aos pensamentos e sentimentos de Tris, a protagonista, a ponto de, inclusive, não se ater tanto a detalhes e caracterizações de cenários. Conhecemos muito melhor o que a protagonista sente e pensa, ao invés do ambiente em que está. Isso não significa que a autora nos prive dessas informações, ela apenas não se demora em detalhá-las.
Apesar de ter gostado bastante da leitura, não consegui me apaixonar por ela principalmente por um motivo: achei Divergente introdutório e vago demais. Já fui alertada de que essa foi a intenção da autora e que há mais explicações em Insurgente, segundo volume da trilogia. Ainda assim, o fato de eu não ter conseguido compreender muito bem alguns aspectos da sociedade fez com que os acontecimentos como um todo não tivessem muito nexo para mim, eu não consegui ver muito sentido no que acontecia e isso certamente prejudicou meu envolvimento com a história.
Ainda assim, achei a ideia das facções – que dividem a sociedade segundo as características de cada cidadão – bastante original, embora pouco verossímil. Independentemente do que aconteceu para que a sociedade tenha se estruturado dessa forma, acho difícil pensar que as pessoas passariam a ser tão limitadas em suas qualidades, acredito que algumas características se destacam mais em cada um de nós, mas não a ponto de excluir outras. Não consigo acreditar que podemos ser tão facilmente definidos e classificados.
Outro ponto positivo, a meu ver, foi o romance desenvolvido pela autora. Acredito que foi inserido no contexto na medida certa e deu à história um sabor especial, principalmente pela maneira de como ele acontece, bastante ligado à personalidade de seus personagens.
De um modo geral, embora Divergente não tenha sido uma leitura arrebatadora, conseguiu me cativar por sua fluidez, originalidade e pela audácia da autora em não poupar os leitores de acontecimentos mais trágicos e, sem dúvida, inesperados. Também, seu próprio ponto negativo, para mim, acabou tendo uma influência positiva em minha vontade de ler Insurgente, já que fiquei curiosa para compreender melhor o panorama da sociedade criada por Roth.
Oie Mii, eu adorei Divergente, confesso que gostei mais dele do que de Insurgente, eu ri muito com os personagens e me emocionei muito também. Foi a primeira distopia que li, e acho que por isso me apaixonei tanto por ela, realmente a leitura flui de uma forma bem rápida, tanto que eu também não senti passar as 500 páginas e isso pra mim já torna o livro ótimo significando que não teve enrolação. Ele deixa muitos pontos pendurado mesmo para serem resolvidos em Insurgente, mas se não deixasse acho que você não ficaria tão curiosa para lê-lo, certo?
É isso, eu indico o livro também e achei uma ótima leitura.
Adorei o post como sempre Mi, Beijos flor =D