[Resenha] Série "Cabeça de Vento" - Meg Cabot - Minha Vida Literária
Minha Vida Literária
19

dez
2012

[Resenha] Série “Cabeça de Vento” – Meg Cabot

Esse post não contém spoilers dos livros.

Oi queridos!

Resolvi fazer uma resenha um pouco diferente dessa vez.
Ao invés de trazer, separadamente, resenhas de cada um dos volumes dessa trilogia, preferi fazer uma só, para evitar ser repetitiva em alguns pontos. Assim, começo a resenha com comentários gerais sobre os três livros e, depois, desmembro esses comentários segundo a minha opinião sobre cada um dos volumes.
Espero que gostem!

A Série

Cabeça de Vento, Sendo Nikki e Na Passarela compõe a trilogia de Meg Cabot, publicada no Brasil pela Editora Galera Record, sobre a história de Emerson Watts e Nikki Howard.
A narrativa de Meg é característica nos três livros: frases de impacto, mescladas com humor e drama – o responsável pelos momentos mais intensos do enredo -, e uma escrita extremamente fluída. A presença constante de ícones pops e de tendências mundiais auxiliam na contextualização dos livros e, certamente, tornam a série mais atrativa aos mais jovens.
Esse é um ponto importante: a série é voltada para um público juvenil, o que não a impede de agradar aos mais velhos. De qualquer forma, a linguagem utilizada, a construção dos personagens, tudo nela será voltado para esse público, e pensar na série de outra forma pode ser a chave para a decepção.
No resumo, há humor, suspense, ficção científica, sutis críticas aos padrões de beleza e ao capitalismo e, claro, pitadas de romance na série. Para quem procura uma leitura leve e diferenciada de outros chick­-lits, por conta da presença de elementos como suspense e ficção científica, pode apostar nessa!
Cabeça de Vento

Título: Cabeça de Vento
Autor: Meg Cabot
Editora: Galera Record
Número de Páginas: 320
Ano de Publicação: 2010
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Provavelmente por conta da minha expectativa, me decepcionei um pouco com Cabeça de Vento. Embora a escrita de Meg seja extremamente fluida e não seja difícil entrar na história, não consegui me envolver tanto com ela. Eu lia rapidamente, a ponto de passar por diversas páginas sem nem ao menos perceber. Não tive problemas em memorizar as personagens ou os acontecimentos. Eu estava atenta, mas não estava envolvida. Não estava me emocionando, torcendo, ficando curiosa ou sentindo frio na barriga. Estava apenas lendo.

Acredito que parte disso tenha acontecido por esse ser o primeiro livro. Aqui, Meg está introduzindo o leitor aos fatos, mesmo que ela os apresente com seu jeito único e gostoso de ser lido. Ainda assim, senti que estava conhecendo o terreno para que só depois, nos próximos volumes, eu pudesse ser atingida pelas emoções.

Também, minha conexão com as personagens foi se estabelecendo aos poucos. O que achei mais interessante, nesse primeiro livro, foi acompanhar a modificação da compreensão de Emerson sobre o mundo de Nikki. Antes, sua opinião era preconceituosa e, diria, até mesmo estereotipada, talvez por conta da educação feminista recebida por sua mãe. Não que sua antiga opinião ou a educação da sua mãe fossem erradas, mas todo e qualquer ponto de vista extremo impede a visualização de outro ponto oposto a ele e, quando Em se dirige a essa outra extremidade, passa a compreendê-la melhor, sem se esquecer de sua antiga opinião. É como se, ao mesmo tempo em que estivesse presa a sua nova condição, essa a libertasse, de certa forma, por lhe proporcionar uma nova perspectiva do mundo ao seu redor.
Sendo Nikki

Título: Sendo Nikki
Autor: Meg Cabot
Editora: Galera Record
Número de Páginas: 320
Ano de Publicação: 2011
Skoob: Adicione
Compare e Compre: Buscapé

Em Sendo Nikki, a situação mudou completamente de figura.
Devo admitir que as primeiras 100 páginas foram um tanto quanto arrastadas para mim. Novamente, faltou envolvimento da minha parte, principalmente porque eu só conseguia enxergar partes da história, eu ainda não estava compreendendo o enredo. Ele me parecia um pouco vazio, com problemas rotineiros de uma adolescente inseridos em uma situação completamente atípica.
E, então, a história realmente começou, pelo menos em minha opinião.
Na verdade, ela foi muito bem iniciada em Cabeça de Vento, cujo título se mostrou bem propício – afinal, a história dá a impressão de ser bem mais superficial do que realmente é. Minha sensação de que estávamos sendo introduzidos aos fatos para que somente depois eles fossem aprofundados estava correta, pois foi isso o que aconteceu.
Em Sendo Nikki, Meg não só se aproveitou do tema para criticar a postura e o impacto de algumas grandes corporações, como mostrou um enredo bem mais elaborado do que imaginava. Quando finalmente comecei a compreender os acontecimentos, fiquei admirada pela criatividade de Meg, de ter criado uma trama tão surreal, porém, originada por motivações que poderiam, muito bem, serem reais.
Ainda que eu não tenha finalizado a leitura com a sensação de ter lido um dos melhores livros da minha vida ou, ao menos, o meu favorito da Meg, Sendo Nikki conseguiu me envolver muito mais do que Cabeça de Vento e cumpriu o papel de ter sido uma leitura gostosa – e que, aliado ao primeiro livro, daria um ótimo filme a la sessão da tarde, em minha opinião.
Na Passarela

Título: Na Passarela
Autor: Meg Cabot
Editora: Galera Record
Número de Páginas: 272
Ano de Publicação: 2012
Skoob: Adicione
Compare e Compre: Buscapé

Na Passarela começa após o frenético final de Sendo Nikki, mantendo, por toda a história, o clima de tensão iniciado no segundo volume da série.
Novamente, não me senti tão presa à história nos primeiros capítulos, mas, conforme mais descobertas aconteciam, maior era meu envolvimento, a ponto de, nos capítulos finais, eu praticamente ter devorado as páginas apenas para acompanhar, finalmente, a resolução da história.
Meg conseguiu encerrar a série me deixando com um aperto no peito. Não tive, infelizmente, o envolvimento com a trilogia que eu esperava, mas, ainda assim, me senti emocionada ao final. O romance nos três livros fica em segundo plano, contudo ele não é inexistente e a autora finalizou Na Passarela nesse clima fofo e romântico.
Continuo com a opinião de que a trilogia daria um ótimo filme de Sessão da Tarde. Acredito, aliás, que seria possível juntar os três livros em um único roteiro. Se isso um dia acontecer, eu certamente não deixarei de acompanhar Em/Nikki nas telonas!




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11 Respostas para "[Resenha] Série “Cabeça de Vento” – Meg Cabot"

Lucas Martins - 19, dezembro 2012 às (22:07)

Mi, essa é uma das séries da Meg que eu mais tenho vontade de ler, justamente por esperar uma coisa leve e divertida, sem correr risco de me arrepender , como aconteceu com você no primeiro volume. Realmente, eu imagino as histórias da Meg em filmes de Sessão da Tarde, aquela coisa tipo filmes Lindsay Lohan, Hilary Duff e cia, sabe? Hhahaha
Mi, mil desculpas pela minha ausência nessas ultimas semanas, viu? Já conversamos sobre isso, você é uma linda por compreender! Beijão!

Alice Aguiar - 19, dezembro 2012 às (23:44)

gente eu nao conhecia essa serie da meg
to por fora de algumas series ashushuau que tristeza de mim gente

Vanessa - 20, dezembro 2012 às (00:01)

Então, não é de hoje que eu namoro esta série…mas já teve um tempo em que eu já fui mais afim de comprá-la, é que ultimamente não ando lendo muito histórias juvenis, mas com certeza eu não descarto a possibilidade, afinal, eu adoro Meg Cabot.

Van – Blog do Balaio

Raquel Machado - 20, dezembro 2012 às (00:40)

Oi flor,
Nossa adorei seu post parabens pelo capricho…olha so eu li os dois primeiros o terceiro espero ganhar…kkk..como você devo confessar que também me desiludi um pouco com o primeiro livro mas ele me chamou atenção e quis o segundo depois do final e o segundo bem agora quero o terceiro…kkk…adoro meg cabot e acho essa serie dela super fofa e como você agora fiquei pensando em Em/Nikki nas telonas ia ser lgeal…Enfim to indo viajar na sexta se não pudr mais passar por aqui fica meu feliz natal e ano novo pra ti viu fofa…vou desaparecer um pouquinho mas e por causa das ferias, deixarei posts programados no blog e assim que voltar venho te ver.
Bjsss
Raquel Machado
Leitura Kriativa
http://leiturakriativa.blogspot.com/

Preto no Branco - 20, dezembro 2012 às (03:19)

Oii Aionee!!
Apesar de adorar a Meg, essa série dela não chamou muito a minha atenção, sabe? Desde o príncipio que venho negligenciando ela, rs, principalmente agora que “não estou na fase” Meg, rs. Mas enfim, os livros parecem ótimos e como você disse, apesar de termos certas decepcões com um livro ou outro da autora a escrita dele é sempre fluida.
Beijo!

Lili - 20, dezembro 2012 às (10:53)

Então Mi, eu não consegui me estimular em ler essa série, apesar das capas bonitonas. Agora, sinceramente, acho que não leria. Talvez assistiria o filme na sessão da tarde hehe
Eu curto as resenhas assim. Eu não sou muito fã de resenhar livros de séries (apesar de já o ter feito e de curtir ler).
Eu fiz um esquema desse (beeeeem inferior) com a trilogia (que não é mais) de Instrumentos mortais.
Para não deixar as opiniões de lado sobre séries que me foram tão importantes, eu tive umas ideias para 2013. Não sei se dará certo, mas eu apoio esse seu modelo, viu?

liliescreve.blogspot.com

Vanessa Grandin - 20, dezembro 2012 às (12:28)

Não conheço essa série, mas tenho curiosidade…..
Embora sua resenha demonstre que vc não se empolgou tanto com a série, percebe-se mesmo assim que vale a pena a leitura!

Crislane Barbosa - 21, dezembro 2012 às (00:31)

Sério Aione?
Eu amei os dois primeiros.
Bom, no primeiro livro eu me senti esquisita. E até assustada.
Muito louca essa história de transplante, mas aí eu fui lendo e amei.
Quando eu li o primeiro não fazia ideia que seria uma trilogia. Quando o segundo saiu passei tempos esperando ele baixar de preço e nada. Comprei caro mesmo, mas valeu a pena! Depois que li fiquei ainda mais louca para ler o terceiro, que SÓ agora vai ser lançado!
Acredito que não vou esperar muito para comprá-lo. rsrsrs…

Bjus…

Ceile - 24, dezembro 2012 às (21:42)

Oi, Mi!
Quero muito ler esta trilogia – e posso confessar? Um enrelo a la Sessão da Tarde me anima mais a ler hahahaha.
Consegui no Skoob, mas quando fui ver, era o segundo volume e não o primeiro como pensei #fail.

Eu tenho 8 livros da Meg e 3 da Patricia, mas acredita que só li um (ela como Patricia)? É um objetivo para ano que vem: ler um livro da Meg hahaha. Ainda não sei por qual começar hihi

Beijo!

caroline - 03, fevereiro 2013 às (01:37)

Oi Aione,
Li Cabeça de Vento e Sendo Nikki..adorei os 2.
Gostei de Cabeça de vento achei uma história diferente e consegui me envolver,agora no 2 Sendo Nikki tb li as 100 páginas arrastadas e só no final fica interessante.
Não vejo a hora de ler Na Passarela

Taatah and you ! - 29, março 2013 às (23:08)

Eu comprei os dois primeiros livros na Bienal, com uma promoção que achei sem querer (os dois por R$30! haha). E concordo totalmente com você sobre eles.
Fiquei com muita expectativa no primeiro, sobre como ia se desenrolar, mas acabou ficando meio preso e do nada, acabou. Já estava desanimada com o segundo, quando tudo acontece! Estou loouca pra ler o terceiro,e com extrema expectativa.

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