Especial Overbite #3 - Terceiro Capítulo Traduzido - Minha Vida Literária
Minha Vida Literária
10

jan
2012

Especial Overbite #3 – Terceiro Capítulo Traduzido

Eis que o Especial Overbite chega ao fim!
Espero que vocês tenham gostado, fiquei muito feliz em poder compartilhar esses capítulos com vocês!
Novamente, agradeço à Editora Galera Record por ter permitido a publicação dos capítulos traduzidos e ao Breno Melo por ter feito a tradução!
Lembrando: essa é uma tradução não oficinal e o direito de publicação de Overbite pertence à Editora Galera Record. O livro será lançado em julho/2102!

Os dois primeiros capítulos traduzidos podem ser lidos aqui.

Capítulo 3
 
Tradução: Breno Melo
“Eu estou bem”, disse ela automaticamente.
Ela destravou e abriu a porta; então — um pouco agitada, mas com toda a dignidade que pôde exibir — saiu do carro. Lucien segurou a porta aberta para ela, porque ele era o tipo de homem que sempre se lembrava de segurar a porta aberta para as mulheres.
Ele também era o tipo de homem que, diante dos olhos de Meena, uma vez destruiu uma igreja e quase a matou, junto com vários amigos dela. Sendo assim, havia isso para levar em conta.
“Tem certeza de que está tudo bem com você?” perguntou ele novamente. Sinceramente, ela se sentiu como se fosse desmaiar, mas mentiu e repetiu: “eu estou bem.” Não foi bem uma mentira. Agora que ela estava fora do carro, o ar noturno — com um cheiro deliciosamente fresco para quem esteve dentro do Volvo de David, a despeito do lixo amontoado nas latas ao longo da rua ali perto — a havia reavivado um pouco.
“É ele…?” Ela olhou para David, que ainda estava estirado sobre capô do próprio carro, com a cabeça inclinada em uma posição nada natural. Ela desviou rapidamente o olhar. “É ele…?”
Lucien estava franzindo a testa. “Tecnicamente, ele já estava morto antes de eu chegar. Mas não; ele está apenas se recuperando de um pescoço quebrado no momento. Aqui. Você está sangrando.”
Ele lhe entregou um lenço. Meena, assustada, olhou para si mesma. Havia gotas de sangue respingadas na frente do vestido. “Oh, meu Deus”, disse ela. “Onde…?”
Lucien fez um gesto, indicando-lhe a região da garganta.
“Ele me mordeu?” Tarde demais; ela se lembrou de como David tinha pressionado os lábios contra o pescoço dela, e do quanto aliviada ficou por já não ter de provar o hálito malcheiroso dele. “Mas eu não senti nada…”
Ela parou de falar. Ela não tinha sentido nada das outras vezes em que tinha sido mordida no passado, tampouco.
Pelo homem parado ao lado dela.
“Não. Você não está destinada a sentir”. Era evidente que Lucien estava se lembrando daquelas vezes, também. Mas ele desviou o olhar discretamente dela, em direção de David. “Quem é ele? Um amigo seu?”
Ele disse a palavra “amigo” com desgosto, embora estivesse tentando taticamente não demonstrá-lo.
“Ele é apenas alguém com quem eu costumava sair,” disse ela. Ela pressionou o lenço contra o pescoço, olhando para Lucien, pensando que exatamente a mesma coisa poderia ser dita sobre ele.
Ele, no entanto, parecia estar consideravelmente em melhor forma que David no momento. Intimidadoramente alto e de ombros largos, com seu cabelo escuro espesso e brilhante, Lucien apareceu tão bonito e vestido com seu terno Brioni escuro e camisa branca como sempre. Foi como se nenhuma hora em absoluto tivesse se passado desde quando ela o tinha visto pela última vez.
Mas tinham sido na verdade seis meses.
Seis meses durante os quais as pessoas com quem ela trabalhava — Alaric Wulf, em particular — tinham vasculhado cada centímetro da cidade, assim como seus bairros mais afastados, procurando por ele, sem sucesso.
E agora ele estava ali, parado bem diante dela como se nunca tivesse partido.
“Eu vinha tendo pesadelos com ele”, Meena continuou lentamente. Ela ainda se sentia um pouco tonta. “Eu queria que ele soubesse que estava em perigo…”
“É claro que você queria”, disse Lucien. Os cantos da boca dele se curvaram para cima um pouco, como se ele achasse algo engraçado. “Eu suponho que seja ele quem escolheu o lugar para o encontro de vocês?”
“Não. Fui eu. Mas…” Ela parou aí, seus pulsos ainda latejavam onde David os tinha agarrado com aquela violência atroz. “Como isto pode ter acontecido?”
“Aparentemente, ele não queria apenas conversar quando você entrou em contato com ele”, disse Lucien. Ele havia parado de sorrir. “Muito poucas pessoas podem resistir à imortalidade quando oferecida, você sabe. Vampirismo é uma opção de estilo de vida extremamente tentadora e emocionante.”
Meena olhou para o chão. Ela era uma das “muito poucas pessoas” que tinham resistido à “opção” do estilo de vida do vampirismo quando oferecida. O motivo foi que ela e Lucien já não estavam juntos.
Bem, um dos motivos.
“Eu simplesmente não posso acreditar que ele fosse uma dessas pessoas”, disse ela. “Ele tinha uma esposa. E um bebê.”
“Bem, ele não tem nada agora”, disse Lucien. “Exceto um apetite voraz por sangue. Oh, e álcool, aparentemente. Ele cheira a uma destilaria.”
“Tomei as chaves dele”, disse Meena, segurando-as. “Eu pensei que o estivesse protegendo de beber e dirigir. Eu pensei que não fosse seguro para ele pegar a estrada nesse estado.”
Não é seguro para ele pegar a estrada nesse estado”, Lucien concordou. “Mas não por causa de sua maneira de dirigir.”
Meena se sentiu deprimida, e não apenas por David. Não foi deste modo que ela se imaginou correndo para Lucien novamente.
E ela havia imaginado correr para ele de novo, mais vezes do que gostaria de admitir.
Mas ela sabia que isso estava errado, e não só porque ele era o homem mais procurado em todo o mundo do combate aos demônios — fotos em preto-e-branco dele cobriam quase todas as paredes da sede da Palatina. Ela tinha que passar por elas todos os dias nos corredores do trabalho — mas por causa de outros sonhos que vinha tendo. Os que vinha tendo sempre, desde que ela e Lucien se separaram — muito antes dos que havia começado a ter ultimamente com David.
Esses foram os sonhos que a haviam levado a fazer uma requisição não-ortodoxa de uma área altamente restrita — para o público, de qualquer maneira — pertencente a seu patrão.
Meena não estava sequer cem por cento certa se o que ela queria estava ali. Mas, se estivesse, poderia ser a chave para tudo.
A resposta, até agora, tinha sido um retumbante “Pedido Negado”.
“Como eu poderia não ter percebido imediatamente que ele estava morto?” ela perguntou sombriamente, olhando para o corpo de David. Se era assim que as coisas iam ir de agora em diante, ela poderia muito bem parar. Talvez fosse melhor para ela voltar a trabalhar como roteirista de diálogos.
Então, de novo, ninguém mais que ela conhecesse nessa área poderia arranjar empregos, graças ao sucesso dos reality shows, como aquele sobre as donas-de-casa da cidade de Nova York.
“Eu não seria tão duro com você mesma”, disse Lucien, sorrindo novamente. “Ele se tornou vampiro muito recentemente, não mais que um dia ou dois no máximo. E não estava lidando bem com isso, a julgar pelo consumo de álcool. E, é claro, se ele tivesse ido para casa, teria matado o bebê e a mãe deste. Sendo assim, você salvou duas vidas esta noite.”
Você salvou duas vidas hoje”, disse ela, olhando para ele. Isso definitivamente era algo que ela ia contar a Alaric Wulf, que muitas vezes jurou que Lucien Antonesco era o mal encarnado. Mas por que alguém mau estaria interessado em salvar vidas? E, é claro, ela não poderia contar a Alaric, porque ele simplesmente caçaria Lucien e o decapitaria. “Três vidas, se você incluir a minha.”
“Eu não penso assim”, disse Lucien friamente. “Ele não queria matá-la.”
Ele fez um gesto com a mão, indicando a garganta dela. “Você se importaria? Eu estou achando isso um pouco… provocativo.”
“Oh.” Cobrindo-o, ela pressionou o lenço contra o ferimento em seu pescoço. “Perdão”.
Isso, pensou ela sombriamente, não ajudava muito a sustentar sua teoria de que Lucien não era como os outros vampiros. Ele obviamente não estava imune à visão do sangue.
Nem mesmo o sangue dela.
“Posso perguntar”, dizia Lucien quando ele abruptamente atravessou a rua em direção de alguns móveis velhos empilhados junto a latas de lixo perto da entrada de um prédio, “por que você concordou em se encontrar com ele no veículo dele? Eu pensava que você soubesse ser mais cautelosa do que isso.”
Meena amarrou o lenço no pescoço. Ela viu quando ele virou uma cadeira abandonada e deu um chute forte numa das pernas.
“Especialmente” — ele pegou o pedaço de cadeira pontiagudo e o entregou a ela, aproximando-se então de David, que estava começando a despertar, apesar de seu pescoço horrivelmente contorcido — considerando seu novo local de trabalho. Ou eles não te treinaram melhor?”
Ela projetou o queixo para frente, indignada.
“Certamente”, disse ela. “Eles treinaram. Mas desta vez foi diferente. Eu o conheço.”
Conhecia“, Lucien corrigiu.
“Eu quis dizer que somos velhos amigos”, disse Meena. “Nós costumávamos viver juntos. Mesmo assim, fui cuidadosa. Não contei a ele onde eu moro, ou algo assim.”
Ele olhou torto. “Não. Você faz um bom trabalho de manter essa informação em segredo.”
Ela olhou para ele bruscamente. O que ele quis dizer com isso? Ele esteve procurando por ela, da mesma forma que a Palatina esteve procurando por ele?
Bem, ele obviamente a havia encontrado. Provavelmente algum tempo atrás, também. Ela se perguntou por que ele havia esperado que alguém a estivesse atacando para tentar falar com ela.
“Eu acho que isso simplesmente nunca me passou pela cabeça”, disse ela desapontada quando David começou a esfregar o pescoço e a gemer, “que alguém que uma vez amei pudesse realmente querer me matar.”
Embora Lucien uma vez tivesse tentado fazer exatamente a mesma coisa… por razões um pouco diferentes.
“Mas ele não queria te matar, queria?” Lucien perguntou. “Eu pensava que você entendesse isso. O que foi que você me disse uma vez sobre a filha do rei de Troia?”
Os olhos de Meena de repente se encheram de lágrimas… Não por causa de uma repreensão, mas devido ao fato de que ele se lembrava. Tinha sido uma conversa num tempo mais feliz. Ela estava quase certa agora de que nunca experimentaria essa felicidade de novo. Não a menos que ela fosse capaz de provar de algum modo a todos — incluindo o próprio Lucien — que ele não era o monstro que parecia ser.
“Que a ela foi dado o dom da profecia”, disse ela, mantendo seu olhar no chão com a esperança de que Lucien não percebesse suas pálpebras cheias d’água até as pontas. “E, porque ela não retribuiu o amor de um deus, esse dom foi transformado por esse deus em uma maldição, de modo que suas profecias, embora verdadeiras, nunca recebessem crédito.”
“Bem”, disse Lucien “, suas profecias são cridas. Por eles.” Seu tom de voz era amargo quando ele projetou o queixo na direção de Davi. “Como você sabe, qualquer demônio que beba do seu sangue possui temporariamente seu dom da profecia. Essa é uma tentação irresistível para a maioria deles. E eles aparentemente não estão abrindo mão de transformar seus amigos e familiares em vampiros, a fim de te atrair para fora da toca e conseguir isso. Uma vez eu te ofereci proteção contra isso, mas você a recusou.”
Meena levantou o punho para passar em seus olhos úmidos.
“Você está certo”, disse ela, olhando para David quando ele se contorceu no capô do carro, tentando colocar a cabeça para de novo numa posição normal. “Eu recusei sua oferta de proteção, porque ela vinha com um preço que era alto demais para mim. E eu nunca deveria ter concordado em conhecê-lo. Eu nunca deveria ter saído de meu apartamento, exceto para ir ao trabalho. Por que eu esperaria ter uma vida normal, considerando o que eu sou?”
Lucien olhou para ela, com uma expressão de remorso.
Meena”, disse ele, aparentemente arrependido de suas palavras duras. “Eu não quis dizer…”
“Não.” Ela o interrompeu com um encolher de ombros. “É verdade. Exceto por uma coisa.”
Não havia lágrimas em seus olhos quando ela levantou o olhar para encará-lo de novo. “Você não é um deus, Lucien.”
“Não.” Sua boca se contorceu dolorosamente. “Eu sei que não sou. Se eu fosse, ia…”
Mas ele não teve uma chance de terminar, porque foi nesse ponto em que David, com sua cabeça empurrada de volta a uma posição quase normal, se sentou e olhou para eles. “Quem é você?” Ele exigia uma resposta de Lucien.
O céu, até então sem nuvens, ficou encoberto. A lua desapareceu atrás de um banco de nuvens de tempestade. A música que tocava vinda de uma janela próxima tinha cessado havia muito tempo. Um vento fresco revolveu folhas mortas e sacolas plásticas abandonadas, movendo-as rapidamente, e agitou o cabelo de Meena e a barra da saia do vestido dela.
“Você devia saber de mim.” A voz de Lucien era tão profunda e dominante, que parecia reverberar através do peito dela. Além disso, alimentou uma subcorrente de gelo que fez subirem arrepios na parte detrás dos braços dela.
“Eu sou o profano número um, governante de toda a vida demoníaca no lado mortal do inferno, o mal em forma humana. Eu sou, de fato, o príncipe negro, filho de Vlad, o Empalador, também conhecido como Drácula.”
Quando ele disse o nome Drácula, outro vento varreu a rua, desta vez numa direção diferente, fazendo ir para o outro lado todas as folhas e sacolas plásticas que tinham sido revolvidas antes de se moverem rapidamente. Meena tremeu e segurou o cardigã fechado com uma das mãos. David parecia notá-la pela primeira vez desde quando acordou.
“Oh”, disse ele, numa voz um pouco menos truculenta. Ele começou a se inclinar para longe de Lucien e em direção dela. “Eu lembro agora. Acho que alguém te mencionou. Mas eles disseram que você estava morto…”
“Como você pode ver”, disse Lucien, estendendo a mão para agarrar o peito da camisa de David e puxá-lo para mais perto, “eles estavam mal informados. Agora, quem são eles?”
O olhar de David correu de volta para Meena. “Hei,” ele disse a ela. “Você não vai me ajudar aqui?”
Ela, com o pedaço de madeira que Lucien tinha lhe entregado, apontou para o lenço enrolado no pescoço.
“Desculpe-me”, disse ela. “Lembra-se disto? Você fez isto. Entre outras coisas que eu poderia mencionar, mas não mencionarei.”
David, para surpresa dela, começou a chorar.
“Sinto muito”, ele gritou. “Eu não queria. Juro que não queria. Eu não podia parar. Não sei o que está acontecendo comigo ultimamente. Acho que estou doente ou algo assim. Meena, você pode pôr a mão na minha testa? Acho que tenho febre.”
Meena ergueu as sobrancelhas. “Uh,” ela disse. “Eu tenho certeza de que não é febre.”
Lucien não estava tolerando nenhum teatro de David. Ele levantou o homem menor, pelo peito da camisa, do capô do carro.
“Diga-me quem te transformou em vampiro”, disse ele, “e quem te mandou encontrar esta garota, ou desta vez eu vou partir a sua cabeça.”
“Eu não sei”, David insistiu com um soluço. “Eu não sei do que você está falando. Por favor, desça-me. Sinto muito pelo que fiz a Meena. Eu já disse que não posso ajudar.”
Lucien apertou a garganta de David, sufocando o resto de suas palavras. Embora, de fato, os vampiros não pudessem respirar, os ruídos que David começou a fazer foram insuportáveis para Meena. Ele estava, obviamente, sofrendo terrivelmente.
“Lucien”, ela disse, com seu coração dolorido. “Pare com isso. Você o está machucando. Ele já disse que não sabe de nada.”
“Ele está mentindo”, disse Lucien, friamente. Ele sequer olhou na direção dela. “Ele é um espírito maligno, feroz.”
“Há pessoas que eu conheço que diriam a mesma coisa sobre você”, disse ela. “Como vou convencê-los de que eles estão enganados, e te dar uma segunda chance, quando você não vai fazer absolutamente nada para provar que eles estão errados?”
Lucien lançou um olhar surpreso para ela, com desdém. “Do que você está falando?”
“Eu sei que há bondade em você, Lucien”, disse ela. “E eu estou tentando convencer as pessoas com quem trabalho de que estou certa. Mas você realmente torna isso difícil quando sai por aí torturando as pessoas. Mesmo as pessoas que possam merecer isso.”
Ele olhou para ela como se ela fosse louca.
“Como você pode, dentre todas as pessoas, me pedir para ser misericordioso com ele?” perguntou ele.
“Especialmente depois do que ele tentou fazer com você? Como é possível você ter pena dele? Não ficou nenhum vestígio de humanidade nele.”
“Isso pode ser verdadeiro com respeito a David”, disse Meena. “Mas eu me recuso a acreditar nisso com respeito a você. Como eu poderia, depois do que vivemos juntos? Mas se é nisso em que você realmente acredita,” ela continuou, metendo a mão no bolso, “tudo bem”.
“O que você está fazendo?” ele perguntou, olhando atônito quando ela tirou do bolso seu celular.
“Meu trabalho”, disse ela. Ela não conhecia outra forma de fazê-lo entender. “Você é um espírito maligno, feroz. E ele também. Eu estou telefonando para a Palatina para relatar que vi a ambos.”
Os olhares deles (de Meena e Lucien) se encontraram quando ela aproximou o celular do ouvido. E, por um momento, tudo parecia desaparecer… A rua escura, deserta; o vampiro choramingando, o parabrisa estilhaçado, o carro destruído. Tudo. Eram só os dois agora, da forma como tinha sido antes — antes que ela descobrisse que ele era um vampiro, antes que ele tivesse descoberto que ela foi amaldiçoada com um terrível dom — quando eles estavam muito apaixonados, e cheios de muita esperança no futuro.
Um futuro que havia sido frustrado quando Alaric Wulf tinha chegado à porta de Meena com informações sobre a verdadeira identidade de Lucien.
Foi nesse exato momento — quando ela e Lucien estavam distraídos, olhando um nos olhos escuros do outro — que David provou que realmente não tinha nenhum vestígio de humanidade, e que o demônio dentro dele o havia completamente possuído. Ele atacou Lucien, golpeando-o com tanta força, que Lucien cambaleou surpreso para trás alguns passos, soltando-o totalmente.
Isso deu a David o tempo exato… Não de fugir, como qualquer outro demônio poderia ter feito, mas de se lançar diretamente sobre Meena, com o rosto contorcido numa máscara de raiva e ódio, com a boca escancarada, com presas afiadíssimas prontas para cravar no pescoço dela.
Lucien surgiu em seguida, mas já era tarde demais. Infelizmente para David.
Porque Meena estava mais que pronta para ele desta vez. Ela apenas segurou o pedaço de perna de cadeira pontiagudo que Lucien tinha lhe dado. Foi o próprio movimento de David — e o pulso firma dela — que levou a madeira até o centro do peito dele.
Ele olhou para ela com admiração.
“Meena”, ele disse, com uma voz ligeiramente magoada.
Um segundo depois, ele sumiu, numa nuvem de ossos e pó que explodiam.
  
***
Confira o capítulo original em inglês no site da autora:




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22 Respostas para "Especial Overbite #3 – Terceiro Capítulo Traduzido"

Lariane - 10, janeiro 2012 às (20:51)

Aione,

que pena que acabou hehehehe Agora só na metade do ano.

Parabéns por esta iniciativa.

Beijocas,
Lariane – Leituras & Devaneios

Lady Marinah - 10, janeiro 2012 às (20:59)

Olá, tudo bem?
Fazia muito tempo que não vinha aqui no seu blog.
Estou voltando ao mundo literário hoje, depois de muito tempo.
Obrigada por visitar meu blog, mesmo quando estava fora ;D
Aqui esta mais lindo que antes xD

Harlan é sempre bom, vale a pena ler CILADA.
Adorei a idéia de capítulos tarduzidos no blog, vou pesquisar os outros aqui no seu.

Abraços,
Marinah Barcelos
c: marysbarcelos@hotmail.com

“Deus nos concede, a cada dia, uma página de vida nova no livro do tempo. Aquilo que colocamos nela, corre por nossa conta.” – Chico Xavier

Lu Piras - 10, janeiro 2012 às (21:57)

Eu adorei.
Fiquei com vontade de ler mais e quando isso acontece, já era. Só de pensar que terei que esperar até julhoooo!

Muito obrigada por ter feito esse especial, Mi.

Beijocas,

Lu
http://www.equinocioaprimavera.blogspot.com

✿ Nessa✿ - 10, janeiro 2012 às (22:18)

Oi Mi!
Te parabenizo por estes posts maravilhosos que você tem feito!!

Bjinhs
http://diariodeincentivoaleitura.blogspot.com/

Lucas Martins - 10, janeiro 2012 às (22:37)

Acredita que eu vi o livro por 25 reais e não comprei???
Deixei para comprar algo que estava em maior prioridade…
Pretendo comprar e ler em breve, apesar do tamanho, rsrs
Bjão, Mi!

Van Castro - 11, janeiro 2012 às (01:27)

Ainda não li os capítulos, mas eles sempre deixam a gente querendo mais, né?
Hehe

The Nice Age - 11, janeiro 2012 às (03:17)

Aione,

que pena que acabou hehehehe Agora só na metade do ano. Eu adorei.
Fiquei com vontade de ler mais e quando penso que NEM TÃO CEDO ¬¬
Adorei a iniciativa!

Beijos

Cintia
The Nice Age
http://www.theniceage.blogspot.com

Entre Fatos & Livros - 11, janeiro 2012 às (04:19)

Miiiiiii!

Vc me perdoa por eu ter te abandonado por tanto tempo? Juro q tenho andado em uma maré, q vou te contar! hahaha

Aos poucos eu vou comentando tdos os posts q eu perdi, tá…

Ah, e q covardia, heiN! Eu li Insaciável e gostei bastante. Estava super cansada do tema, mas a Meg levou as coisas de uma maneira tão leve e engraçada. Eu gostei e estou ansiosa por Overbite. Vc só está me colocando mais ansiosa! haha

BjoO
Pri
Entre Fatos e Livros

Fernanda Faria - 11, janeiro 2012 às (12:32)

Bem legal essa iniciativa de publicar os primeiros capítulos. Não li nenhum livro da Meg, mas quero muito começar a ler. Vejo muitos elogios a ela e você é muito fã também , né?

Beijos

Jovens Leitoras - 11, janeiro 2012 às (13:41)

Eu não li os capítulos porque ainda nem li o primeiro livro )= HAUHAA. Mas adorei o especial e espero que você traga de outros livros!

Beijos, Bárbara.
Sobre Meus Livros.

Esmalte de Morango - 11, janeiro 2012 às (16:36)

Que pena que esta chegando ao fim. 🙁
Assim como disse nos outros posts tenho quero muito ler a série Insaciável. 🙂
Mi gostei da ideia da Barbara, faz mais posts assim com outros livros. *-*

Beijos
Mania Literária

Anonymous - 11, janeiro 2012 às (16:37)

SEN-SA-CIO-NAL…DE-MAIS…SUR-RE-AL…Parabéns pelo especial e pelo blog!
Se não fosse você estaria subindo pelas paredes pra saber a continuação de Insaciável…esperava ver o Alaric (deus grego) no começo da história BUÁÁÁ…mas tudo bem, terei o livro inteiro.

Se não for pedir demais: essa data de lançamento, JULHO é o lançamento AMERICANO ou BRASILEIRO??? POR FAVOR SE PODER RESPONDER EU AGRADEÇO.

Obrigada!Parabéns, seu blog é um dos melhores que já vi!!!

Aione Simões - 11, janeiro 2012 às (16:40)

Anônimo,
Muito obrigada!
A data de lançamento em julho é a brasileira, pela Galera Record!

Volte sempre que quiser e se identifique da próxima vez pra ficar mais fácil o contato ok? ^^

Beijos!

Anonymous - 11, janeiro 2012 às (18:08)

OBRIGADA POR RESPONDER!!!Você é DEMAIS!Minha salvação…
Volto a dizer que seu blog é um dos melhores que já vi…
Sobre minha identificação…toda vez que seleciono o perfil aqui em baixo só aceita o modo anonimo mas posso dizer que meu nome é Adriana e sempre estou de olho no seu blog pra saber das novidades.
BJS!!

Aione Simões - 11, janeiro 2012 às (18:11)

Imagina, Adriana!

Sempre que quiser deixar um comentário, só coloque seu nome então pra eu saber que é você!
Se tiver twitter, pode deixar também que ai posso te responder por lá, fica mais fácil!

Beijão e obrigada pelas visitas!

Vanessa - 11, janeiro 2012 às (18:31)

Hey querida o/
Poxa, eu não li nem o primeiro livro ainda UAHSUAHUSAS Eu sou atrasada com séries, ok? Sempre fui assim .-. UAHSUAHUSHAS

Beijos, Vanessa.
This Adorable Thing

Anonymous - 11, janeiro 2012 às (18:56)

Oi é a Adriana de novo…andei pesquisando e queria saber se você tem informações se Insaciável será uma TRILOGIA???
Não tenho twitter ainda mas assim que tiver eu deixo pra você…aliás você tem twitter?Passa aí.
Beijos!Até logo.

Aione Simões - 11, janeiro 2012 às (18:59)

Oi Adriana!
Até onde eu saiba, são dois livros, mas eu não sei te informar com certeza!
Meu twitter é @mi_simoes 😀
Beijão!

Ni - 12, janeiro 2012 às (02:05)

Não gostei muito do primeiro livro, mas o segundo até que… É, até que está legalzinho. O começo u_u Mas ainda não tenho tanta curiosidade de lê-lo, sabe? Mas ainda assim, gostei da iniciativa! *-*

Beijão!

Sora Seishin - 12, janeiro 2012 às (16:22)

Oi Mi!!
Você sabe quando o livro será publicado por aqui? Eu adorei Insaciável, quero ler!
Beijos,
Sora – Meu Jardim de Livros

Anonymous - 12, janeiro 2012 às (18:02)

Oi,Aione é a Adriana de novo te enchendo o saco! Você tem alguma informação de quando sai aqui o livro Rapture da Lauren Kate? Meu twitter é @drikaferreira11, me segue lá..
Beijão!!!

Anonymous - 29, janeiro 2012 às (18:18)

Ammei! Terminei de ler o primeiro hoje…e sai loucamente atras de informaçao sobre o segundo!
Bjuh! Maari! (=

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