[Livros Na Telona] Delírios de Consumo de Becky Bloom – Sophie Kinsella

Oi gente!

O “Livros na Telona” de hoje vai ser de um livro que já resenhei aqui no blog e, por isso, não vou me ater a muitos detalhes sobre a história. Farei um resumo do que disse na resenha para não ficar muito repetitiva e focarei mais na análise do filme!

Espero que gostem!

Como já disse anteriormente, o livro já foi resenhado e a resenha pode ser conferida aqui.
No primeiro livro da série escrita por Sophie Kinsella, conhecemos Rebeca Bloomwood, repórter de uma revista financeira de Londres e viciada em compras. Sabe aquele prazer que sei que vocês compartilham comigo a cada novo livro comprado? Imagine sentir esse prazer com qualquer compra.  Se apenas o mundo literário já nos leva a falência, como seria se esse mundo fosse muito mais abrangente?

Sou suspeita para falar das obras de Sophie Kinsella, pois, para mim, ela é a rainha dos chick-lits (mil perdões, Meg!). Sophie escreve com maestria as diversas situações em que Becky se envolve, soube criar uma personagem cativante e, ao mesmo tempo, tão alienada em seu próprio mundo que nos dá vontade de acordá-la para a realidade, conforme aumenta o nervosismo pelas dívidas crescentes dessa londrina shopaholic.

O livro é divertidíssimo! Narrado em primeira pessoa, fica possivel acompanhar os pensamentos e divagações de Becky, sempre muito criativos. Quanto a história, ela é desenvolvida de maneira agradável e fluida, permitindo um bom fluxo de leitura.

O que mais amei em todo o livro foi o final. Sabe quando você se empolga, torce pela protagonista e vibra com os acontecimentos? Comigo foi assim e, ao fechar a última página, fiquei com aquela sensação de ter lido algo que me agradou e muito. Becky sem dúvida alguma me conquistou ao provar que as aparências, de fato, enganam e que podemos nos surpreender (e muito) inclusive com nós mesmos!

Talvez por ter gostado demais do livro, a adaptação cinematográfica não me agradou.

Dando créditos merecidos: o filme é sim divertido e Isla Fisher deu vida à Becky de maneira belíssima! A atriz é espirituosa, fofa, linda e conseguiu captar exatamente a essência da Becky do livro!

Entretanto, o que me desagradou na adaptação foi a história.

Até ler a continuação de “Os Delírios de Consumo de Becky Bloom”, eu não conseguia entender como o filme e o livro poderiam ser tão diferentes entre si. Somente após ler “Delírios de Consumo na 5ª Aveninda”, também resenhado aqui, é que entendi que o filme, na verdade, mixa os dois primeiros volumes da série.

Para aqueles que não leram os livros, o filme certamente agrada, afinal, é realmente divertido e uma boa escolha para lazer. Mas aos que leram, o filme pode ser decepcionante. Muitos fatos foram modificados, já que acontecimentos do primeiro livro são misturados aos do segundo, além de que o final, que tanto me agradou, não existe no filme. Aliás, o filme se inicia no primeiro livro, durante seu desenvolvimento integra fatos dos dois primeiros e termina como o segundo volume, mesmo assim com algumas modificações.

É claro, sei que filmes nunca são cópias exatas dos livros, mas quando há tantas alterações, sempre fico com a pergunta: por que fazer uma adaptação cinematográfica homônima ao livro e modificar tanto de seu desenvolvimento?

Um palpite, aqui, para que essa integração entre os dois livros tenha acontecido para originar o filme foi que, como dito nas resenhas, o verdadeiro amadurecimento de Becky não acontece em “Os Delírios de Consumo de Becky Bloom”, apenas em sua continuação. E amadurecimento é um fator importante na história, as personagens precisam evoluir. Acredito que não havia o interesse em adaptar toda a série, assim os livros foram mixados para originar um filme único. Pensando por esse lado, o trabalho foi muito bem feito, pois há encadeamento lógico dos fatos e a história não ficou falha.

Dessa maneira, recomendo o filme principalmente aos que não leram o livro. Certamente será divertido e valerá a pena assisti-lo! Ademais, o figurino do filme merece destaque: é tudo tão colorido e cheio de vida! Outro ponto que super vale a pena é ver o Hugh Dancy como Luke (suspiros).

Já aos que leram, o filme também é recomendado, afinal, acho sempre válido que cada um assista e tire suas próprias conclusões! Mas não vá assistir esperando ver o livro nas telas, aqui é realmente um caso de adaptação: a idéia serve de base para uma terceira história, oriunda da junção das duas histórias dos dois primeiros livros acrescida de detalhes inexistentes na obra de Sophie Kinsella.

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