Estava ansiosa pela leitura de Bruxos e Bruxas. Contudo, ter criado expectativas foi certamente algo negativo a ser feito, principalmente porque o estilo de história que encontrei foi bastante diferente do que eu imaginava.
A estrutura da obra é típica de James Patterson: capítulos curtos, narrativa em primeira pessoa bastante ágil e fluida, e muitos momentos de ação ao longo da história, características que conferem boa velocidade à leitura. Porém, da mesma maneira que já havia acontecido comigo em outro livro do autor, toda essa velocidade não foi positiva para mim, uma vez que dificultou meu envolvimento com a história.
Outro ponto que contribuiu com essa dificuldade foi a ausência de um maior aprofundamento das emoções das personagens, senti falta de maiores questionamentos. Muito do que acontece é novidade para eles e não consegui sentir a surpresa de Wisty e Whit, nem a tentativa de tentarem compreender o que estavam vivenciando. E acredito que essa característica esteja ligada ao próximo tópico que comentarei.
Provavelmente, o maior problema foi eu ter me enganado por completo quanto ao público alvo de Bruxos e Bruxas. Eu sabia que esse era um livro protagonizado por adolescentes, mas eu não sabia que era um livro para adolescentes e pré-adolescentes. Eu esperava uma história eletrizante, cheia de conspirações, e o que encontrei foi algo muito mais ameno nesses aspectos e recheado de uma narrativa bem humorada, a qual, infelizmente, não funcionou para mim.
Por conta da diferença entre a minha expectativa e a realidade do livro, eu simplesmente não consegui levar a história a sério, ela não me convenceu em momento algum e todas as aflições passadas pelas personagens acabaram soando artificiais para mim, inclusive por causa da quebra dos momentos de tensão causada pela inserção do humor. E o fato de o livro ser voltado para um público mais jovem justifica, em partes, não ter um aprofundamento tão grande da parte emocional, uma vez que isso reduz um pouco o ritmo da história e não costuma ser o foco de livros para esse público.
O apêndice com obras proibidas pela Nova Ordem foi o que mais me agradou em todo o livro: o autor se utilizou de livros reais, modificando comicamente seus títulos, e explicando o porquê de terem sido proibidos. Fica o exemplo:
“SAGA ‘AURORA’: Mistura bizarra de folclore, que promove relações amorosas ‘secretas’ entre humanos e não humanos, já deu origem a cultos maníacos em massa de mulheres que adoram esse tipo de criatura.”
Sendo esse o primeiro livro de uma série, achei que cumpriu bem o papel de volume introdutor, com um final aberto o suficiente para uma continuação, mas não a ponto de deixar muito sem explicação. Acredito que minha leitura teria sido mais bem aproveitada caso eu tivesse uma melhor noção de como Bruxos e Bruxas de fato é, embora alguns dos pontos que me desagradaram não tenham sido relacionados à minha expectativa em si, como o enredo não ter me convencido e o humor não ter me divertido. Ainda assim, indico a leitura aos que gostam de livros rápidos, cheios de ação, e com uma dose considerável de fantasia – outro ponto inesperado por mim, apesar do título ser claro – e humor.
Olá Mi!
Que chato o livro não ter te agradado! Eu estou ansiosa para ler, não sabia que era um livro voltado para adolescentes. Só tive oportunidade de ler um livro do autor. Estou curiosa para ler, a capa está muito linda!
Beijos,
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