[Resenha] O pequeno café de Copenhague — Julie Caplin - Minha Vida Literária
Minha Vida Literária
10

mar
2023

[Resenha] O pequeno café de Copenhague — Julie Caplin

Em Londres, a assessora de imprensa Kate Sinclair tem tudo que sempre achou que quisesse: sucesso, glamour e um namorado irresistível. Até que esse namorado a apunhala pelas costas e
consegue a promoção profissional com que ela tanto sonhava. Com o coração partido e questionando tudo, Kate decide aproveitar uma oportunidade de trabalho para se afastar do ex.
Quando topa ciceronear um grupo de jornalistas e influenciadores pela linda Copenhague para atender ao pedido de um cliente importante, Kate não imagina os desafios que terá que enfrentar para conciliar tantos egos e exigências.
Ao mesmo tempo, enquanto conhece a capital do “país mais feliz do mundo”, ela descobre as maravilhas da vida à moda dinamarquesa. Do costume de acender velas até os vikings simpáticos, altos e charmosos, passando pela experiência de comer o próprio peso em doces, a cidade ensina Kate a apreciar o significado das pequenas coisas. Agora só depende dela retomar as rédeas do próprio caminho e seguir em direção a seu final feliz.

 

Ficha Técnica

Título: O pequeno café de Copenhague
Título original: The Little Café in Copenhagen
Autor: Julie Caplin
Tradução: Carolina Rodrigues
Editora: Arqueiro
Número de Páginas: 352
Ano de Publicação: 2022
Skoob: Adicione
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Resenha: O pequeno café de Copenhague

O pequeno café de Copenhague é o romance de Julie Caplin traduzido por Carolina Rodrigues e publicado pela editora Arqueiro. É o primeiro da série Destinos Românticos, na qual cada livro tem uma protagonista e uma ambientação diferentes. O 10º volume está previsto para ser lançado ainda esse ano lá fora.

Aqui, acompanhamos a assessora de imprensa Kate, que termina o namoro quando descobre que o ex a apunhalou pelas costas e foi promovido em seu lugar na empresa em que trabalham juntos. É quando ela aceita assumir uma viagem a trabalho para a Dinamarca junto de um grupo de jornalistas e influenciadores, a fim de promover uma marca dinamarquesa que será lançada na Inglaterra, onde ela vive.

Não esperava gostar tanto da leitura. Ao mesmo tempo em que o livro foi o que eu esperava — um romance leve e fofo sobre uma mulher revendo seus conceitos ao entrar em contato com uma nova cultura — ele foi além. Em primeira pessoa, O pequeno café de Copenhague é narrado por Kate de maneira divertida, o que me proporcionou gostosas risadas pela leitura. O foco da história está na trajetória da protagonista, mais do que no romance, e também dá uma pincelada na vida dos demais personagens, que ela acompanha ao longo da viagem.

“Isso tem a ver com melhorar a qualidade de vida através das pequenas coisas”, diz uma passagem que resume muito da essência da história. Julie Caplin exemplifica como num país como a Dinamarca, com um inverno rigoroso, é primordial que cada residência seja um lar. Pensar em elementos de decoração e conforto transforma os ambientes e melhora o bem-estar de quem é obrigado a encarar dias cinzentos e curtos — e esse estilo de vida se expande para outras áreas, como a relação com trabalho e carreira.

É claro que, em nível coletivo, é difícil dizer para não priorizarmos tanto o trabalho ou investirmos nosso tempo em outros aspectos da vida quando não há outra saída senão enfrentar longas jornadas no trabalho, no transporte público e em afazeres domésticos para garantir o próprio sustento. Também, em um sistema capitalista no qual “valor” e “produtividade” estão atrelados, fica difícil quebrar conceitos a todo momento cobrados de nós e por nós. Por isso, foi também muito positivo que a autora tenha relacionado o estilo de vida dinamarquês à estrutura sócio-política do país, tão diferente da nossa e da Inglaterra. Achei fantástico como Kate dedica tanta atenção ao trabalho que até mesmo seu namoro, extremamente questionável, foi fruto daquele ambiente.

E tudo isso vindo em uma história gostosa de ler, que me fez dar boas risadas e me deixou de coração quentinho. Finalizei a leitura querendo acender velas aromáticas em cada cômodo da casa, com vontade de abrir uma cafeteria aconchegante e repensando se meu dia-a-dia é mesmo tão corrido a ponto de eu não poder parar, por alguns instantes, e só contemplar: o nada, meus pensamentos, o céu, uma árvore na praça. Mais do que isso, O pequeno café de Copenhague reforça a importância das relações que estabelecemos e o quanto os momentos compartilhados com quem amamos estão entre as coisas mais valiosas que temos na vida.





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