Título: Aristóteles E Dante Descobrem Os Segredos Do Universo
Autor: Benjamin Alire Sáenz
Editora: Seguinte
Número de Páginas: 392
Ano de Publicação: 2014
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“Dante sabe nadar. Ari não. Dante é articulado e confiante. Ari tem dificuldade com as palavras e duvida de si mesmo. Dante é apaixonado por poesia e arte. Ari se perde em pensamentos sobre seu irmão mais velho, que está na prisão. Um garoto como Dante, com um jeito tão único de ver o mundo, deveria ser a última pessoa capaz de romper as barreiras que Ari construiu em volta de si. Mas quando os dois se conhecem, logo surge uma forte ligação. Eles compartilham livros, pensamentos, sonhos, risadas – e começam a redefinir seus próprios mundos. Assim, descobrem que o amor e a amizade talvez sejam a chave para desvendar os segredos do Universo.”
“Eu era praticamente invisível. Acho que gostava de ser assim.
Até que surgiu Dante.”.
página 33
A primeira coisa a chamar minha atenção em Aristóteles E Dante Descobrem Os Segredos Do Universo foi o próprio Aristóteles, quem narra a trama em primeira pessoa. Sua clara melancolia aliada aos confusos sentimentos da adolescência, quando o conhecimento da auto-identidade é ainda mais ambíguo, foram as características que mais chamaram minha atenção, principalmente pela maneira de como o autor conseguiu transmiti-las em sua completamente fluida e envolvente narrativa, impregnada das mais diversas emoções. Ainda que Aristóteles tenha dificuldade em compreender a si mesmo, não foi difícil compreendê-lo e compreender o mundo que o habita. Também, o relacionamento desenvolvido com Dante é mais do que atrativo: Dante me conquistou, assim como conquistou Aristóteles, não apenas pelo seu jeito de ser, mas, especialmente, pela maneira de como causa uma transformação em Aristóteles.
“Embora os verões fossem quase totalmente feitos de sol e calor, para mim os verões eram as tempestades que iam e vinham. E ficava o sentimento de solidão.
Será que todos os garotos se sentiam sozinhos?
O verão não era feito para garotos como eu. Garotos como eu pertenciam à chuva.”
página 322
“Minha mãe e meu pai deram as mãos. Imaginei como era – como era segurar a mão de alguém. Aposto que às vezes é possível desvendar todos os mistérios do Universo na mão de uma pessoa.”
página 156
Nossa, Mi. Eu nem sabia muito o que esperar de um título para lá de estranho e uma capa tão bonito.
Fiquei encantada e curiosa. Porque esses temas de (re)conhecer a si mesmo é muito bonito e instigante.
Beijocas
liliescreve.blogspot.com