Título: Na Escuridão da Mente
Autor: Paul Tremblay
Editora: Bertrand Brasil
Número de Páginas: 266
Ano de Publicação: 2017
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Um dos livros mais assustadores do ano, vencedor do prêmio Bram Stoker Award. A vida dos Barrett é virada do avesso quando Marjorie, de 14 anos, começa a demonstrar sinais de esquizofrenia aguda. Depois que os médicos se mostram incapazes de deter os acessos bizarros e o declínio de sua sanidade, o lar se transforma em um circo de horrores, e a família se vê recorrendo a um padre da região. Acreditando que seja um caso de possessão demoníaca, o padre Wanderly sugere um exorcismo e entra em contato com uma produtora que está ávida para documentar tudo. Com o pai de Marjorie desempregado e as dívidas se acumulando, a família hesitantemente aceita, sem imaginar que A Possessão se tornaria um sucesso imediato. Quinze anos depois, uma autora best-seller entrevista Merry, a irmã mais nova de Marjorie. Ao se recordar dos acontecimentos de sua infância, uma narrativa alucinante de terror psicológico é desencadeada, levantando questões sobre memória e realidade, ciência e religião… e sobre a real natureza do mal.
Na Escuridão da Mente é o livro de Paul Tremblay publicado recentemente pela Bertrand Brasil. Foi traduzido em sete idiomas e venceu os prêmios Bram Stoker Award (2015) e Massachusetts Book Award (2016).
A família Barrett têm suas vidas modificadas desde que a filha mais velha, Marjorie, de 14 anos, inicia um ciclo muito difícil em sua vida, o qual inclui sinais de esquizofrenia aguda, e que se transforma em algo que os médicos já não conseguem explicar. É quando a família recorre a um padre, acreditando ser um caso de possessão.
Como se não bastasse o cenário dificultoso em questão, por estar desempregado, o pai de Marjorie concorda junto ao padre em documentar o dia-a-dia da filha para a TV. O Reality Show A Possessão vira sucesso imediato e tem seu auge com o episódio referente ao exorcismo. No entanto, os episódios são interrompidos por um terrível desfecho.
O simples fato dos pais dessa garota terem permitido que a mídia tornasse tudo isso um “espetáculo” expondo a menina para o mundo todo já foi algo que me incomodou bastante. A partir desse ponto, fui prestando um pouco mais de atenção nas personagens e em suas personalidades no decorrer da história. Antes do ocorrido, Marjorie era uma inspiração para sua irmã mais nova, vivia contando histórias para Merry e lhe dava muita atenção; mas, depois, tudo mudou e criou-se um abismo entre elas. Na minha percepção, no decorrer da narrativa, os fatos vão ficando um pouco confusos, sobretudo por serem narrados por Merry, que é uma criança de 8 anos. Ao mesmo tempo em que ela demonstra ter uma percepção muito apurada do que está ocorrendo com a irmã, atenta aos mínimos detalhes que nem mesmo seus pais se dão conta, em outros ficamos em dúvida acerca da validade desse discernimento da garota.
Acredito que esse tenha sido um recurso proposital utilizado pelo autor, visto que o enredo parte das memórias de Merry, vividas há 15 anos. Em outros momentos no livro temos também o ponto de vista de uma blogueira chamada Karen, a qual questiona a veracidade dos fatos e escreve longas postagens no seu blog sobre o caso, o que também é muito interessante, já que essa personagem traz muitas referências de filmes e livros sobre a temática e a discute com fervor em seu blog.
Temos, portanto, uma narrativa que nos envereda ao terror psicológico presente na história desde os primeiros relatos de Merry sobre a irmã até o último parágrafo do livro, sendo um de seus pontos mais interessantes a habilidade que precisamos ter para distinguir o que é real do que não é. Entretanto, mesmo que a tenhamos, ainda assim podem restar algumas dúvidas.
Oi Clivia!
Arrasou na resenha!
Esse lado psicológico do livro foi o que mais me prendeu e me fez ficar curiosa pra conhecer o enredo,
não vejo a hora de conseguir uma oportunidade d e ler.
Bjs!!