Um dos temas mais frequentes na obra de Rupi Kaur é a importância que há em crescer e estar sempre em movimento. Em Meu corpo minha casa, ela leva leitoras e leitores a uma jornada de reflexão através da intimidade e dos sentimentos mais fortes, visitando o passado, o presente e o potencial que existe em nós. Os poemas dessa coletânea, ilustrada pela autora, inspiram uma conversa interna em cada um, lembrando que precisamos nos preencher de amor, de aceitação e de confiança em nossas relações familiares e de comunidade. E, sempre precisamos estar de braços abertos para as mudanças em nossas vidas.
Ficha Técnica
Título: Meu Corpo Minha Casa
Título original: Home Body
Autor: Rupi Kaur
Tradução: Ana Guadalupe
Editora: Planeta
Número de Páginas: 192
Ano de Publicação: 2020
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Resenha: Meu Corpo Minha Casa
Meu Corpo Minha Casa é a terceira coletânea de poemas de Rupi Kaur, que ficou famosa com a publicação de Outros Jeitos de Usar a Boca. No Brasil, a autora é traduzida por Ana Guadalupe e publicada pela editora Planeta.
Assim como em suas outras obras, Meu Corpo Minha Casa se divide em quatro partes, que englobam textos de uma mesma temática: Mente, Coração, Repouso e Despertar. Apesar da divisão em partes, todos estão conectados por ideias convergentes, que passam por amor próprio e transformação, em uma perspectiva de subjetividade, além do cunho político, em uma perspectiva social.
Aliás, dos livros de Rupi Kaur, esse foi o que mais me soou declaradamente político, embora todos o sejam. A lógica capitalista é abertamente explorada e criticada, sendo intrinsecamente relacionada às questões individuais, como nossa perspectiva de valor próprio sendo atrelada à produtividade, o afastamento das relações pessoais provocado pela cobrança excessiva de trabalho, além do desgaste mental e físico resultantes desse excesso. Em nível comunitário, a autora aborda a exploração da classe trabalhadora, questiona direitos sociais, retrata os preconceitos sofridos por imigrantes e toca na exploração dos recursos naturais ao levantar a importância da conexão com o meio-ambiente, em uma perspectiva que é, também, espiritual.
Os versos de Rupi Kaur são livres e muito próximos da oralidade. Os poemas, no geral, são curtos, por vezes de até quatro versos, e carregam tanto um tom de denúncia, quanto de desabafo e reivindicação. Ao falar de suas dores, a autora nos permite olhar as nossas e abraçar aquelas que não nos dizem respeito. É uma leitura ao mesmo tempo interna e externa, sobre nós e sobre o outro. Acima de tudo, é uma leitura de comunhão, que clama por conexão, seja interpessoal, seja intrapessoal, seja com o planeta em que habitamos.
Embora não tenham sido todos os poemas que me agradaram — alguns me soavam como pensamentos muito soltos ou mesmo lugares-comum —, gosto muito do trabalho de Rupi Kaur, especialmente pelas temáticas tratadas pela autora. Há sensibilidade em sua escrita, além de gentileza em seu tom que nos instiga a abraçar quem somos, a nos permitir crescer em nossas jornadas. Vale dizer que, como nas demais coletâneas, Meu Corpo Minha Casa é também ilustrado pela autora, em ilustrações que complementam muito bem os escritos.
Eu ainda não li nada da autora, mas já tive contato com trechos de seus poemas soltos pelo mundo literário, por isso, adorei ao ler o nome dela em mais esse trabalho!!
Pena que não funcionou assim, tão bem,mas mesmo assim, adorei o título e se puder, quero conferir!!!
Beijo