Copacabana, Rio de Janeiro. Três policiais são executados em curto espaço de tempo. Eram tiras medíocres, e suas mortes têm muito em comum. Foram eliminados por um assassino frio, que não deixa rastro e costuma disparar à queima-roupa.
De imediato, o mundo policial entra em rebuliço. Quem estaria disposto a correr o risco de sair matando tiras, ainda que inexpressivos? À própria polícia? E por quê?
Em meio às confusões de seu cotidiano de livros sem estantes e mulheres fugidias, o delegado Espinosa, titular do 12º DP, tem poucos elementos para desvendar o caso. Ele e sua equipe enfrentam olhares temerosos e desconfiados dos colegas, muitos deles comprometidos com a corrupção. Percorrendo as ruas de sua geografia predileta, entre os bairros do Leme e de Copacabana, o delegado irá deparar-se com outras mortes e com os mistérios da insinuante esposa de um membro do primeiro escalão do governo federal.
Ficha Técnica
Título: Uma janela em Copacabana
Autor: Luiz Alfredo Garcia-Roza
Editora: Companhia das Letras
Número de Páginas: 224
Ano de Publicação: 2010
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Resenha: Uma Janela Em Copacabana
Uma janela em Copacabana do brasileiro Luiz Alfredo Garcia-Roza é uma das muitas obras em que o detetive Espinosa, criação literária do autor, aparece para desvendar algum caso policial. Escolhi adiantar a leitura dessa obra por ouvir falar muito bem da escrita do autor, além, é claro, do seu desenvolvimento de aspectos nacionais ao abordar a paisagem do Rio de Janeiro.
No cenário de Copacabana, dois policiais são executados em sequência. As mortes possuem muita coisa em comum. Vítimas eram tiras de segundo escalão, com carreiras medíocres e nada relevantes. Eliminados pelo mesmo homem e da mesma forma, sem deixas rastros. Com o mundo policial em rebuliço, Espinosa tem poucos elementos para desvendar o caso, mas acredita que a pessoa que cometeu os crimes tem uma motivação forte. Uma questão de estrita necessidade, onde dos riscos, matar é o menor. Percorrendo as ruas do Rio de Janeiro, o delegado vai se deparar com uma mulher enigmática e insinuante, casada com um figurão do setor econômico do governo federal.
Com um típico livro de suspense policial, Luiz Alfredo Garcia Roza traz para a literatura um sopro de nacionalidade, pelo fato de que o ambiente é familiar para leitores brasileiros. Com música, comidas e vestimentas no melhor estilo tropical, Espinosa tem muitas características típicas de um brasileiro, sendo a principal delas: não desistir nunca.
Foi um personagem motivador para mim como escritora. Com sua psique dividida o personagem vai além dos limites nessa trama de tirar o fôlego. Enquanto o emprego suga toda a sua energia, o relacionamento com Irene, uma mulher independente e determinada a viver a vida e não se casar, lhe deixa em meio a sentimentos turbulentos, visto que Espinosa anseia ter mais do que apenas algumas noites com a amada. Esses aspectos de sua vida pessoal, sobressaindo em meio aos casos, deram uma pitada ainda mais interessante para toda a trajetória do personagem.
Outro ponto importante que ressalto dentro da trama foram as motivações do assassino, aspectos que também retratam paisagens brasileiras e remontam costumes dentro da nossa cultura. Não pretendo dar spoiler sobre isso, mas acredito que Garcia Roza pegou referências de alguns casos reais que envolveram não apenas o Rio de Janeiro, mas todo Brasil. Essa questão histórica nas nuances de Uma janela em Copacabana foi abordada de forma impecável. Fui levada até o fim por descobertas chocantes e rumos imprevisíveis.
Não me arrependi de ter lido Uma janela em Copacabana primeiro, sem dúvida é um tesouro dentro da nossa literatura e que deve ser lido por todos os amantes do gênero de suspense.
Francine!
Fico tão orgulhosa de ver mais um autor nacional se sobressair no estilo policial, ainda mais trazendo referências bem nacionais, onde nós leitores podemos reconhecer e nos identificar.
As reviravoltas também são primordiais para o estilo do livro e confesso que já estou bem curiosa.
cheirinhos
Rudy