Título: E Se Tocássemos O Céu?
Autores: Leo Oliveira
Editora: Autopublicação
Número de Páginas: 127
Ano de Publicação: 2019
Skoob: Adicione
Compre: Amazon
Joaquim tem 18 anos, é apaixonado por música e o primeiro e maior fã do Chris Hemsworth. Entre uma composição e outra, ele tenta reencontrar a sua verdadeira voz enquanto escreve e-mails que nunca serão enviados para o seu Thor. Mas, às vezes, é difícil deixar o passado de lado — até mesmo quando o seu ator favorito vai participar do evento mais incrível do planeta.
Na tentativa de encontrar um espaço no mundo e amar o que há de mais puro dentro de si, Joaquim irá descobrir que o céu não é o limite quando se trata de viver um dia após o outro.
Conheci a escrita de Leo Oliveira com a novela Todos Nós Vemos Estrelas, assinada em parceria com Larissa Siriani. Agora, o autor, que também faz parte da antologia O maior espetáculo da Terra, lançou seu primeiro trabalho solo, E Se Tocássemos o Céu?, autopublicado em eBook na plataforma KDP da Amazon.
A narrativa nos traz Joaquim, jovem de 18 anos apaixonado por música e pelo Chris Hemsworth. Apesar do apoio dos pais e de viver em um lar estável e cheio de amor, o garoto muitas vezes sente a insegurança aflorar e não tem certeza de ter assumido sua própria voz perante ao mundo. Então, duas coisas acontecem: ele conhece um garoto em um supermercado e descobre que seu maior ídolo virá para a Comic Con. Ambos acontecimentos movimentarão sentimentos diversos em Joaquim e o colocarão mais perto de se tornar quem ele de fato é.
Acredito que “sensibilidade” seja o melhor adjetivo para descrever a narrativa de Leo Oliveira, algo perceptível desde seu outro trabalho que tive a oportunidade de ler. Com suavidade, o autor transborda sentimentos em palavras e nos conecta de maneira muito rápida ao protagonista. Ao mesmo tempo, E Se Tocássemos o Céu? entrega também uma leitura divertida e bem-humorada, repleta de referências da cultura pop, que se contrapõe às passagens mais sensíveis criando um equilíbrio entre os dois aspectos.
Sendo uma novela, E Se Tocássemos o Céu? assume as características do gênero e proporciona uma leitura rápida, centrada no protagonista e com um número reduzido de conflitos — no caso, ligados principalmente ao processo de amadurecimento de Joaquim. É muito gostoso poder acompanhá-lo nessa caminhada, especialmente porque ela ocorre de maneira muito fluida e natural. Em cerca de uma hora, concluí a leitura com um sorriso no rosto e satisfeita pelas descobertas de Joaquim sobre si mesmo.
E é claro que o romance não fica de fora. Trabalhado de maneira delicada, proporciona o gostinho de um amor que está começando e passamos com o personagem por todas as fases do início de um relacionamento, das incertezas e frios na barriga à consolidação do tão esperado primeiro beijo. E por mais que esse aspecto da história agrade pelo que é e pelo que representa — considerando que esse é um romance LGBTQ+ —, é interessante pensar, também, em como o par de Joaquim funciona para ele como um espelho, mostrando a ele as características que nem sempre consegue enxergar sobre si.
Em linhas gerais, adorei E Se Tocássemos o Céu?. Leo Oliveira me divertiu e me emocionou, além de ter me possibilitado, sem querer, viver uma experiência única: fiz a leitura rumo à Comic Con, convenção que é um dos cenários da novela. Enquanto andava pelo pavilhão, não pude deixar de ver Joaquim pelos corredores e de ouvir a melodia suave de sua voz recém-descoberta, me contando sua história com orgulho e alegria.
Ah que gracinha de resenha! Leitura nacional, leitura de qualidade. Não somente por trazer esse lance do LGBTQ+,mas também por apresentar isso do frio na barriga, das emoções, do misto de sentimentos que este primeiro traz a quem o sente!
E para quem curte o evento, pode ligar tudo isso de uma forma ímpar!
Adorei e gostei também de ver esse lado poético de um todo!
Se tiver oportunidade, claro que quero muito ler!
Beijo